Parlamentares criticam projeto de Lei da Dosimetria já aprovado na Câmara
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| Monumento à Terra Mineira, localizado na Praça da Estação e pichado durante o ato. (Foto: Reprodução/Redes Sociais). |
Do Diário do Poder - Uma manifestante foi flagrada pichando uma estátua durante um ato organizado por movimentos de esquerda contra o Projeto de Lei da Dosimetria, realizado na Praça da Estação, região central de Belo Horizonte, capital mineira.
O memorial atingido foi o Monumento à Terra Mineira, patrimônio público localizado na praça.
Nas imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver palavras de ordem pichadas na estátua, como “demarcação” e “Brasil, terra indígena”, frases associadas à defesa dos direitos dos povos indígenas.
O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) reagiu ao episódio, destacando a contradição do ato: a manifestante protestava contra um projeto de lei que reduz a pena de pessoas presas por sujar ou depredar monumentos públicos, justamente enquanto cometia esse tipo de infração.
“Em manifestação em BH contra o PL que reduz as penas dos perseguidos políticos do 8 de janeiro, mulher vestida de indígena vandaliza o monumento principal da praça pichando palavras de ordem. A ironia é escancarada: ela protesta contra um projeto que diminui a pena de pessoas presas por sujar monumentos… fazendo exatamente isso — e de forma ainda mais grave”, escreveu o parlamentar.
O deputado federal André Fernandes (PL-CE) comentou o episódio e fez uma referência indireta ao caso de Débora Rodrigues dos Santos. Em abril deste ano, Débora foi condenada a 14 anos de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023 e por pichar a frase “Perdeu, mané” na estátua A Justiça, localizada em frente ao edifício-sede da Corte.
A condenação incluiu os crimes de deterioração de patrimônio tombado, dano qualificado, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa armada. Ao comentar o caso, Fernandes criticou o que classificou como tratamento desigual em episódios de vandalismo político.
“Como o vandalismo da esquerda foi com tinta, eles vão falar que foi legítimo. Se fosse com um batom, era ataque à democracia”, afirmou o parlamentar.

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