quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

CEPLAC completa 68 anos sem nada a comemorar

CEPLAC e a instituição que até agora mais fez pela região cacsueira do Sul da Bahia. Merecia ser tratada com mais atenção.

Recepção da instituição km 22, Ilhéus/ Itabuna   
Da redação do Expressaunica - Nesta quinta-feira, 20 de fevereiro, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) completa 68 anos de existência, tendo prestado relevantes serviços à região cacaueira do sul da Bahia e a todo o Brasil.

A CEPLAC, enquanto possuía autonomia, foi uma das instituições que mais contribuíram para o desenvolvimento da região. Entre suas grandes realizações, destacam-se a construção de diversas rodovias regionais para o escoamento do cacau e de outros produtos do campo, além da edificação do campus da então Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna, hoje Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Com sua Patrulha Mecânica, a CEPLAC ajudou no desenvolvimento de vários

municípios, vilas e distritos da região cacaueira da Bahia.

Destacam-se também nomes importantes como José Aroldo Castro Vieira, ex-diretor geral, e o cientista Paulo de Tarso Alvim, que foram fundamentais para os avanços da instituição. No entanto, o verdadeiro ponto forte da CEPLAC sempre esteve em sua área de pesquisa, sobretudo no combate às doenças que afetam o cacaueiro. Uma das grandes campanhas promovidas pela entidade foi a luta contra a "podridão parda" nos anos 70, antes da chegada da devastadora "vassoura-de-bruxa". Graças aos avanços científicos da CEPLAC, a convivência com essa praga foi amenizada com a introdução de novos clones, embora a erradicação definitiva da doença nunca tenha sido alcançada. Estudos indicam que a "vassoura-de-bruxa" foi introduzida na região de forma criminosa, conforme apontou uma investigação da Polícia Federal.
Universidade Federal do Sul da Bahia,
 já ocupa uma área na Ceplac, onde funciona
 o campus Jorge Amado, além de
uma parte dos laboratórios do
 Centro de Pesquisas do Cacau-CEPEC
. Uma decisão do governo Luls.

Infelizmente, apesar de sua história e importância, a CEPLAC encontra-se em situação de abandono. Depois de perder sua autonomia, a instituição foi esquecida pelas autoridades federais. Hoje, os poucos cacauicultores que ainda acreditam na lavoura do cacau fazem um apelo ao governo para que reestruture e fortaleça essa entidade tão essencial para o desenvolvimento da região. Vinculada ao Ministério da Agricultura, a CEPLAC possui dependências sucateadas e carece de investimentos..

Apesar do descaso, a região cacaueira do sul da Bahia reconhece a relevância da CEPLAC e presta sua homenagem pelos serviços prestados. Que seu legado não seja esquecido e que sua reestruturação se torne uma realidade. Parabéns, CEPLAC! O sul da Bahia agradece.

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