O badalar do sino tem um enorme significado para pacientes que concluem o tratamento nas unidades de Quimioterapia e Radioterapia da Santa Casa de Itabuna. Para quase todas as pessoas que vivem a experiência e vencem a batalha contra o câncer, a sensação é de vitória, conquista e superação física e emocional. Este foi o caso da comerciante Ariadina Oliveira Lima.
Nesta quinta-feira (31), a moradora de Olivença, em Ilhéus, teve a experiência de tocar o sino e relembrar um pouco da sua história desde a descoberta de que estava com câncer de mama e até a conclusão do tratamento. Ela descobriu o nódulo no autoexame e, imediatamente, procurou um médico para saber quais seriam as orientações.
A comerciante relata que, além da descoberta precoce e o ambiente que encontrou nas unidades de Quimioterapia e Radioterapia, a maneira como decidiu enfrentar a doença ajudou no tratamento. “Estava preparada até para um processo mais doloroso, mas o carinho e acolhimento da equipe fizeram com que o tratamento ficasse mais leve. Tenho muito a agradecer a Deus e aos profissionais, desde médicos aos recepcionistas. São pessoas maravilhosas. Humanas que nos tratam com todo amor e carinho”, agradece.
TRATAMENTO
Ariadina Oliveira Lima foi submetida a uma cirurgia para remover o tumor e linfonodos (mastectomia radical), passou por sessões de quimioterapia para eliminar células cancerígenas restantes e concluiu o tratamento adjuvante com medicamentos (trastuzumabe) para prevenir recorrência. Nesta quinta-feira, ela concluiu a etapa de acompanhamento pós-tratamento, com foco em completar o tratamento adjuvante e monitorar a evolução da doença.
De acordo com o coordenador de enfermagem do Serviço de Oncologia da Santa Casa de Itabuna, enfermeiro Alexandre Melo, o badalar do sino é um ritual indicando a vitória não somente de quem está concluindo o tratamento, mas também dos pacientes que se motivam com o exemplo positivo. “O tocar do sino tem muitos significados. Tem um enorme impacto terapêutico. O som, neste caso, tem o sentido de despertar da vida e serve de inspiração e motivação para as pessoas que estão lutando contra a doença”, avalia Melo.
Alexandre afirma que, como quem badala o sino torna-se protagonista do processo de tratamento, os demais pacientes sonham com roteiro parecido para o filme que passa em suas cabeças. “Percebo isso nas conversas diárias com os nossos pacientes. O ritual de tocar o sino tem uma influência muito forte em quem continua na batalha contra a doença”, conta.
O enfermeiro destaca que o ritual é sempre marcado por muita emoção tanto dos pacientes, como também dos profissionais de saúde. “O badalar do sino indica que um novo ciclo, uma batalha vencida e uma fase nova na vida da pessoa. É um momento de celebração não somente deles, mas de todos nós que convivemos e criamos laços durante a fase de tratamento”.
Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente entre as mulheres, atrás somente do câncer de pele. A estimativa é que neste ano sejam registrados 73, 6 mil novos casos, com risco de 66,54 casos a cada grupo de 100 mil mulheres. A incidência é maior nas mulheres acima dos 35 anos. Segundo o Ministério da Saúde, 17% dos casos podem ser evitados com hábitos de vida saudáveis. Ascom
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