Editorial
Cidade descartável
urante os 64 anos que residimos na cidade de Itabuna, comparando esta metrópole com muitas outras, nunca vimos tanta instabilidade e descartabilidade. O município tem de tudo para crescer, ser grande, mas seus governantes, nunca optaram neste caminho, com aquiescência de uma população que nunca aprendeu a votar nos candidatos da terra, visando uma bancada forte.
Por exemplo tivemos
uma grande economia; a economia do cacau, a maior do Estado, mas os cacauicultores,
devido ao luxo exacerbado, exibicionismo, vaidade, não pensaram no amanhã, não
entrando no campo tecnológico, jogaram tudo fora!
Os coronéis do
cacau, como eram conhecidos, na época, anos 30, aos 90, viviam esbanjando! Até que chegou a praga exterminadora “a
vassoura de bruxa”, devido a questões políticas - conforme processo arquivado -, e a principal
economia acabou de vez.
Tudo isso,
cegos pela ganância, se esqueceram do Instituto de Cacau da Bahia (ICB);
Conselho Nacional dos Produtores do Cacau (CNPC) e da própria Comissão
Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), órgão esses, governamentais
que defendiam a lavoura, mas deixando a desejar, por falta de liderança desta
terra. Faltou garra do povo grapiúna, que entregou tudo de mão beijada.
Itabuna,
reflexo de tudo isso, passou a viver de prestação de serviços e comércio, “a
duras penas”, o que acontece até os dias de hoje. Também por falta de repristinações
fortes de suas entidades representativas, como a Associação Comercial e Empresarial
de Itabuna-ACI, completando 115 anos ( dia 14 deste mês) de existências e esta cidade
113 anos (no próximo dia 28 de Julho) de progresso ou não.
Com a queda
da economia do cacau, Itabuna poderia muito bem ser transformada, além do
comercio e serviços, numa cidade industrializada, ou mesmo, em um centro do Turismo,
da Costa do Cacau, principalmente através da história dos próprios coronéis do
cacau, narradas pelo seu filho mais ilustre, nascido na Vila de Ferradas, o
escritor internacional Jorge Amado.
Para o
turismo acontecer, o então e saudoso, prefeito Fernando Gomes deixou sem oficializar:
“o Carnaval Antecipado, o Primeiro Carnaval
do Brasil”; o segundo o São João, ou o Ita-Pedro. Eventos que já são marcas e,
que, através da Câmara Municipal poderiam ser oficializados, antecipando ou prorrogando,
inserindo-os, no Calendário Turístico Nacional. Com os festejos juninos tendo
uma extensão na terra do escritor Jorge Amado, no Bairro de Ferradas, onde já
ficou provado que os eventos por lá, deram certos.
Vamos oficializar
as nossas marcas, no calendário nacional e internacional e atrair renda e
emprego para Itabuna. Vamos levar a
sério! Não podemos andar sempre com “a cuia na mão!” Vamos deixar de ser uma
cidade descartável.
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