Em entrevista à rádio CBN, o presidente do PL negou que o Jair Bolsonaro tenha relação com os atos: "zero responsabilidade"
Do - Diario do Poder - O presidente do PL, Valdemar Costa Neto disse nesta sexta-feira, 20, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve “zero responsabilidade” com os atos terroristas ocorridos em Brasília, no dia 8 de janeiro. Para ele, “a culpa é do governo atual”.
“A culpa de tudo isso é do governo atual. São eles quem mandam no Exército, nas policias e isso aconteceu. Não tinha policial suficiente para defender os prédios federais”, disse Valdemar durante entrevista à rádio CBN. “A responsabilidade é do ministro da Justiça [Flávio Dino] que fez uma portaria que dizia que a Força Nacional iria defender os blocos federais e não tinha um cidadão da Guarda Nacional lá. Ninguém incentivou nada. O silêncio de Bolsonaro vem desde a derrota nas eleições”, disse.
O dirigente do PL disse ainda que os apoiadores de Bolsonaro não participaram das cenas de destruição registradas no Congresso Nacional, no Supremo e no Palácio do Planalto.
“O bolsonarista de verdade é família. Não gosta disso. Ficou lá pedindo para que não se quebrasse nada. Havia extremistas infiltrados”, afirmou.
Ele também afirmou à CBN que ficou surpreso com a minuta golpista encontrada com o ex-ministro Anderson Torres, e disse que várias propostas do tipo circularam antes da posse do presidente Lula. Valdemar chegou a dizer ter recebido algumas propostas que mandou direto para o moedor de papel sem ler.
Ainda durante a entrevista à rádio CBN, Costa Neto disse que estava preocupado com a saúde de Bolsonaro após a derrota do político para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última eleição presidencial.
“Quando acabou a eleição, eu fiquei surpreso. No dia seguinte, eu não quis ir vê-lo. Ele mandou me chamar, eu fui e fiquei impressionado com como ele estava abatido. Na semana seguinte, cheguei a pensar que o Bolsonaro fosse morrer, ao ver o estado que ele estava. Passadas algumas semanas, ele melhorou”, declarou.
Valdemar reforçou sua preocupação e afirmou que o temor pela saúde de Bolsonaro era real: “Ele explicou que estava sem comer. Ficava quatro, cinco dias sem comer. Cheguei a avisar o assessor dele: ‘O Bolsonaro vai morrer’.”
O presidente do PL confirmou que Bolsonaro combinou a volta ao Brasil até o fim de janeiro e que sua intenção é pagar um salário “de ministro” tanto para Bolsonaro quanto para Michele, para que eles trabalhem para o partido.
“Michelle iria correr o Brasil, fazendo eventos e trazendo as mulheres para a política do Brasil”, afirmou.
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