QUEM DIRIA
QUE A BÍBLIA TEM LIVROS MEDIÚNICOS OU ESPÍRITAS? II
Por
Aos caros leitores
comunico que esta matéria republica a de igual título, de 2-4-2018, tendo em
vista que o assunto de possessão divide alguns autores espíritas, e sobre o
qual afirmo que o espírito, de acordo com Kardec, na Revista Espírita, entra no
corpo do possesso.
Uma lei de Moisés, não de Deus, proibiu o
contato com os espíritos (Deuteronômio capítulo 18). Isso porque o povo era
muito ignorante a respeito da mediunidade. Mas se Moisés proibiu esse contato, é porque ele existe
mesmo!
A mediunidade é uma
faculdade inata. São Paulo a chama de dom espiritual. Todos nós a temos. Frequentemente,
ela se manifesta em forma de intuição. E há pessoas que a possuem em grau elevado.
Por exemplo, aquelas que incorporam espíritos, ou seja, a já referida
possessão.
O cristianismo atacou
muito a mediunidade. E, na Idade Média, milhares de médiuns, principalmente
mulheres, morreram nas fogueiras da Inquisição. As autoridades religiosas cristãs
ensinavam egoisticamente, que somente o papa e os bispos, em concílios
ecumênicos, é que recebiam espírito, que era para elas o Espírito do próprio
Deus ou o Espírito Trinitário. Que presunção de grandeza! Santa Joana D’Arc era
uma grande médium. Isso contribuiu muito para que ela morresse na fogueira da
Inquisição. E muitos outros santos da Igreja como também os profetas bíblicos
eram médiuns.
Até há pouco tempo, os médiuns eram
considerados doentes mentais pelo clero católico, os pastores protestantes e
evangélicos e até pelos médicos não espíritas. Hoje, porém, a mediunidade está
consolidada, sendo estudada em várias universidades.
Quando são Paulo fala
em dons espirituais, ele está se referindo aos dons espirituais do espírito
santo (alma) de cada pessoa (1 Coríntios 6: 19). Ele não conheceu o Espírito
Santo Trinitário, que só foi criado pelos teólogos no Concílio Ecumênico de
Constantinopla (381), iniciando assim a instituição do dogma trinitário.
Para o escritor e
pastor presbiteriano Nehemias Marien, a Bíblia é um manual de psicografia. E
dizemos que ela o é também de psicofonia, isto é, quando o espírito fala pela
boca do médium.
Coelet ou ‘Eclesiastes’ significa profissão de ‘pregador’
e não o nome do pregador. Ele pregava para uma comunidade ou “Eclesia” (Igreja
em grego). E ‘Eclesiastes’ é da mesma raiz de “Eclesia”. Segundo a opinião mais
aceita, ele foi escrito por volta do ano 280, a.C. Para outros, em 580, a.C. E
outros dizem que ele tem vários autores.
Ora, diante de tantas opiniões diferentes, ousamos apresentar mais uma: O rei
Salomão, filho de Davi, segundo a História Bíblica, viveu no ano mil, a. C. Por
que, então, não se admitir também a hipótese do fenômeno mediúnico de
psicofonia, ou seja, o espírito de Salomão pregando, vários séculos depois de
sua morte, por meio do médium pregador (‘Coélet’ ou ‘Eclesiastes’), e cuja
pregação foi depois escrita por um de seus ouvintes?
Realmente, hoje se
sabe que os espíritos podem pregar através de médiuns de psicofonia, a qual
pode se transformar em escrita por quem ouve o médium. E esse fenômeno
mediúnico se teria tornado tão importante com o pregador (‘Coelet’ ou ‘Eclesiastes’),
que ele até deu nome a um dos livros da Bíblia: o ‘Eclesiastes’. Além disso,
torna-se compreensível por que o ‘Eclesiastes’ teria sido escrito por Salomão,
em espírito, somente em 280 ou 580, e não no ano mil, a.C. E isso só pode ser
psicografia!
PS: “Presença
Espírita na Bíblia”, com este colunista, na TV Mundo Maior.