O
empresário Marcos Valério já teve o seu destino traçado no Mensalão. Ele já foi condenado semana passada, por lavagem
de dinheiro. Ele tem uma série de atenuantes que podem agravar a sua pena.
Diante do desespero, o Marcos Valério já começou a dizer segredos, do sujo esquema
de corrupção.
Diante
da amargura, Marcos Valério vem repetindo sempre que pode que “Lula é o chefe”,
e diz ainda que para proteger os poderosos, ele assumiu as responsabilidades
por crimes que não praticou sozinho. Em troca do silêncio ele recebeu garantias
de impunidade, depois, garantias de penas mais brandas.
O
Ministério Público Federal sustenta a acusação de que o mensalão foi abastecido
com 55 milhões de reais tomados por empréstimo por Marcos Valério junto aos
bancos Rural e BMG, que se somaram a 74 milhões desviados pelo Visanet, fundo
abastecido com dinheiro público e controlado pelo Banco do Brasil. Marcos
Valério conta que o caixa real do mensalão era o triplo do valor descoberto
pela polícia.
De
acordo com Marcos Valério, Lula teria se empenhado na coleta de dinheiro, cujos
contribuintes tinham algum interesse no governo federal, tudo acontecia às
escuras, sem registro formal, sem “rastros”. No esquema, as pessoas se reuniam
com Lula, combinavam a contribuição e depois colocavam o dinheiro no cofre
secreto do PT. Outro réu do esquema é Delúbio Soares, que era o tesoureiro
responsável pela contabilidade desse dinheiro. Delúbio além de administrar, também
escolhia os nomes dos políticos que deveriam receber os pagamentos determinados
pela cúpula do PT.
Todo
o esquema, tinha o aval do ex- ministro da Casa Civil, o José Dirceu, acusado
como o chefe da quadrilha do mensalão "Dirceu era o braço direito do Lula, um braço
que comandava". Valério diz que, graças a sua proximidade com a cúpula
petista no auge do esquema, em 2003 e 2004, teve acesso à contabilidade real.