terça-feira, 19 de abril de 2011

Pesquisadora da UESC publica livro sobre plantio de espécies nativas da Mata Atlântica

Visando auxiliar na identificação de espécies de árvores freqüentes na Mata Atlântica da Região Sul da Bahia, a pesquisadora Michaele Pessoa com apoio do Instituto Cabruca, Instituto Biofábrica de Cacau, Conservação Internacional do Brasil e CEPLAC, a partir de pesquisas desenvolvidas pelo Jardim Zoológico de Antwerp - Bélgica em parceria com o IESB, está lançando o Livro Calendário Fenológico: Uma ferramenta para auxiliar no cultivo de espécies arbóreas nativas da Floresta Atlântica do Sul da Bahia, editado pela Editus, gráfica da UESC.  O mesmo contém informações e ilustrações do período reprodutivo de espécies nativas, além da indicação de seus períodos de floração e frutificação.
Na forma de guia de campo, o calendário, permite uma consulta rápida e objetiva, essencial ao cultivo dessas espécies, pois ele orienta na coleta eficiente de sementes, na produção de mudas e na utilidade ecológica e econômica das espécies, podendo ser utilizada em programas de reflorestamento e de silvicultura.
Segundo o Diretor Geral da Biofábrica, Henrique Almeida, o livro será de suma importância para auxiliar produtores e técnicos no cultivo de espécies nativas que serão utilizadas pela Biofábrica, CEPLAC e Instituto Cabruca para serem consorciadas com cacaueiros na implantação de programas de fomento florestal, como já ocorre com o Pau Brasil. A idéia é criarmos a estrutura necessária para estruturar programas em torno da linha de financiamento 'FNE Verde” e fazer do Sul da Bahia um grande pólo moveleiro de alto valor agregado e de baixo impacto ambiental, concluiu o Diretor.
Quem se interessar em adquirir a publicação poderá entrar em contato com o Instituto Cabruca nos telefones (73) 3633 6899 com Erick Cota, ou na Livraria da UESC no Centro de Arte e Cultura Paulo Souto.

Comitiva do Governo visita indústria de cacau em Ibicaraí


 Acompanhado do vice-prefeito Lula Sampaio, de secretários e assessores, o prefeito de Ibicaraí, Lenildo Santana, recebeu o  secretário de Desenvolvimento e Integração Regional, Wilson Brito, o superintendente do Sebrae-Bahia,  Edval Passos, prefeitos regionais, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Itabuna (ACEI), Dr. Eduardo Fontes, vereadores e presidente de entidades regionais para visitar a Cooperativa de Agricultura Familiar da Bahia (COOAFBA), a primeira cooperativa familiar do Brasil, localizada na BR-415, em Ibicaraí.

O objetivo da visita foi observar o mecanismo de produção da fábrica para que além do aperfeiçoamento através do Sebrae que vai fornecer toda ajuda técnica para que o chocolate produzido seja comercializado nos mercados regional, da Bahia e do Brasil e possa também ser conhecido internacionalmente. 

O secretário de Desenvolvimento e Integração Regional do Estado da Bahia, Wilson Brito, disse que a fábrica de chocolate é importante para a região cacaueira. Afirmou que o governador Jaques Wagner tem interesse na sua consolidação. “Vamos viabilizar esse projeto no sentido de que o produto alcance o sucesso na comercialização regional, estadual, nacional e internacional. A partir do êxito do projeto vamos construir outras unidades no sul da Bahia”.

O diretor executivo da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), José Vivaldo Mendonça observou que Ibicaraí é um município importante no cenário regional e que está no caminho certo, procurando alternativas no momento de crise. “A fábrica de chocolate é uma ação que agrega valor ao cacau em amêndoa. O secretário, o governador, têm interesse no seu crescimento para que sirva de exemplo e que outras unidades sejam implantadas em outros municípios produtores de cacau”.

O superintendente do Sebrae na Bahia, Edval Passos alerta, que, embora faltem algumas ações para que o projeto seja consolidado o Sebrae está pronto para oferecer toda a cobertura no sentido que o produto seja certificado e com isso possa ser internacionalizado.

O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Itabuna (ACEI), Dr. Eduardo Fontes parabenizou o prefeito Lenildo Santana pelo trabalho que vem sendo realizado junto à diretoria da cooperativa, incentivando, ajudando, procurando mecanismos para que o a seja agregado ao valor ao cacau e com isso outras cooperativas sejam implantadas na região cacaueira. “A ACEI está antenada com o que acontece na região”.

Por: jvc

 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A grande confusão

Por Miriam Leitão

A infraestrutura brasileira está perto do colapso. Falta tudo, inclusive o básico, o simples. As operadoras de celular prestam serviço cada vez pior. Os aeroportos entupidos e o descaso das companhias irritam brasileiros e desorientam os estrangeiros. O trânsito nas cidades é indescritível. Portos não funcionam. O governo investe errado. Basta sair de casa para ver.

Não é necessário mais um estudo do Ipea para saber que os aeroportos não ficarão prontos a tempo, basta circular. Eles permanecem congelados no tempo e nos problemas. Nem é pela Copa. É por nós e agora que eles precisam avançar. Joseph Blatter irritou as autoridades mas estava certo, e o governo agora usará o atraso como álibi para não cumprir os procedimentos em obras públicas. O PAC não era um supersistema gerencial que permitia ter o controle do andamento dos projetos?

Num país onde falta tudo, a maior obra de infraestrutura, que vai consumir mais da metade do orçamento para ferrovias dos próximos anos, é o polêmico trem-bala. Ele foi aprovado no Senado esta semana depois de um debate entre especialistas de diversas áreas. Foram desde o BNDES até especialistas independentes, com análises técnicas do projeto.

Ótimo momento para que os senadores entendessem em que estavam votando. Lá, foi dito que não há estudo de engenharia detalhado, portanto, não se sabe quanto a obra custará, de fato. O governo defende o absurdo de o Tesouro ser o garantidor de R$ 20 bilhões emprestados pelo BNDES. O Estado empresta, o Estado avaliza se o executor der o calote, o Estado será sócio, o Estado dará ainda um subsídio direto de R$ 5 bilhões. Tudo com o nosso dinheiro.

A ideia em si de uma ligação por trem-bala entre Rio e São Paulo é sedutora. O diabo está nos detalhes, principalmente nos que nós não conhecemos porque fazer uma obra em que haverá escavações de rocha e indenizações sem um estudo detalhado é uma insensatez. Mesmo assim, a relatora Marta Suplicy (PT-SP) apresentou um parecer favorável à obra no dia seguinte desse debate em que foram apresentadas tantas dúvidas técnicas.

Um detalhe revelador: a relatora não acompanhou o debate e a apresentação dos técnicos. Não se deu sequer ao trabalho de ouvir os riscos mostrados pelos especialistas sobre o assunto que relatou favoravelmente no dia seguinte.Comportamento diferente teve a oposição e certos senadores da base do governo que acompanharam com atenção o debate. Ricardo Ferraço (PMDB-ES) é um desses que faz parte da base do governo, mas que ouviu tudo e fez uma comparação interessante: com uma fração, não mais que 10% do preço atual do trem-bala, poderia ser feito no seu estado o que se quer há décadas: a dragagem do porto de Vitória.

Há oito anos, no começo do período Paulo Hartung, o governo estadual tentou fazer a dragagem e foi impedido porque tinha que ser uma obra federal. O governo federal disse que faria e não fez. Lá, só podem entrar navios pequenos, e na maré cheia. Isso num estado que quer tirar o melhor proveito de sua vocação logística.

Fiz um programa sobre turismo na Globonews tentando entender o que mais — além do câmbio desfavorável — atrapalha o turismo brasileiro, porque o país no ano passado teve déficit de US$ 10 bilhões na balança de turismo e nos primeiros dois meses deste ano o déficit está aumentando. Um país com tantas belezas e com atrações para todo o tipo de turismo, o que nos atrapalha?

André Coelho contou que a pesquisa de conjuntura de turismo que a Fundação Getulio Vargas faz com 80 presidentes de operadores de turismo acaba de mostrar aumento de faturamento no setor. Ele cresce puxado pelo aumento da classe C. Mário Moysés, da Embratur, disse que falta “conectividade”, poucos vôos ligam o Brasil aos países dos quais podemos atrair turistas. Há poucos aeroportos de chegada e os grandes estão superlotados. Numa pesquisa feita pela FIPE, turistas que deixavam o país reclamaram, entre outras coisas, da falta de algo fácil de resolver: falta sinalização que eles possam entender. O turista se sente perdido no Brasil.

Quinta-feira tive um dia desses típicos de qualquer brasileiro quando precisa circular pelas cidades em horas de pico e pegar voos de ida e volta. Saí muito mais cedo de casa, contando com o trânsito caótico. No caminho, fui trocando de celular porque a TIM e a Vivo têm cada vez mais pontos cegos na cidade e a ligação caia. O celular de Alvaro Gribel, que é da Oi, também não pegava ontem na casa dele. A internet banda larga cai com frequência. Tenho reclamado com a TIM há um mês, sem solução, porque para falar no celular eu tenho que sair de casa; dentro de casa não há cobertura. O motorista de taxi me disse que ouve o mesmo de todas operadoras.

Estamos retrocedendo.

No aeroporto, meu voo não aparecia na visor, o que me obrigou a ir duas vezes ao balcão de informação. Lá, soube de duas trocas de portão. Um estrangeiro se perderia, pensei. Quando cheguei à aeronave, um estrangeiro estava sentado no meu lugar. Fui conferir o bilhete dele e o assento estava certo mas ele estava num voo para Vitória, quando seu ticket era para Guarulhos.

Na volta, encontrei filas gigantes para táxi no aeroporto Santos Dumont. Fui salva por uma carona do professor Antônio Barros de Castro, que definiu tudo numa frase brilhante: “A China não sabe não crescer, e nós não sabemos crescer.”

Assim, cada vez mais caótico, tomando decisões insensatas e negligenciando tarefas simples, o Brasil aguarda os grandes eventos internacionais.

A herança maldita de Dilma

Carlos Alberto Sardenberg - O Estado de S.Paulo
 
Considerem os problemas com os quais o governo Dilma lida neste momento: inflação e juros altos; aeroportos e infraestrutura da Copa, tudo atrasado; entrada excessiva de dólares e real muito valorizado; comércio desequilibrado com a China. São heranças do governo Lula.

Claro que toda administração deixa coisas inacabadas para seu sucessor, mas trata-se aqui de algo mais. Em seu mandato, Lula não avançou um passo sequer no aperfeiçoamento do modelo econômico. E não foi capaz de ou não teve interesse em alterar as regras institucionais e o modelo de gestão que emperram as obras públicas no País. Curioso: Lula não aceitou as propostas econômicas mais à esquerda, mas também não embarcou totalmente na ortodoxia. Foi tocando uma coisa mista, deixando correr.

Poderia ter avançado - este é o ponto. Nos momentos de crescimento e com sua popularidade, o ex-presidente poderia ter ido à luta. Daria problema, é claro. Precisaria enfrentar interesses, mas deixaria um legado precioso. Preferiu, porém, apenas surfar na onda fácil.

Tome-se o modelo econômico. Lula tocou com o que recebeu de FHC, regime de metas, superávit primário, câmbio flutuante. O sistema funcionou para domar a inflação e trazer os juros reais para algo entre 5% e 6% ao ano. Considerando que vieram de níveis absurdos (20%), o resultado é mais do que positivo.

Mas já passou da hora de avançar e houve condições para isso. Poderia ter sido iniciado um processo de redução de meta de inflação, que Lula recebeu com 4,5% ao ano e entregou assim mesmo.

Nos países emergentes, essa meta está em torno de 3% e o Brasil precisa caminhar para lá. Só assim se poderia fazer uma reforma para eliminar o que resta de indexação na economia brasileira, aquele processo de correção automática de preços que joga para o futuro a inflação do passado.

Aliás, a presidente Dilma queixou-se dessa indexação algumas vezes. Mas o que fez? Endossou a regra definida na gestão Lula que indexa o salário mínimo, um fator dominante na economia, à inflação e ao crescimento passados. Essa indexação do mínimo, de sua vez, indexa outros salários e preços, tornando rígida a inflação.

Também há uma queixa generalizada com a dobradinha juros altos e dólar barato. Aqui houve uma mudança. No governo Lula, o Banco Central (BC) iniciou o processo de compra de dólares - no que seguiu os passos dos principais países emergentes.

Mas não foi uma providência que, digamos, antecipa mudanças estruturais. Foi inevitável. Havia sobra de dólares na praça, de modo que ou o BC os compraria ou a cotação da moeda americana cairia abaixo de R$ 1. E houve sobra de dólares por causa da explosão do comércio mundial e, em especial, da China, que se tornou nossa principal freguesa.

De novo, isso não resultou de uma ação deliberada da diplomacia brasileira. Simplesmente a China precisou de minério de ferro, soja e petróleo e foi atrás disso em diversos países. E o Brasil tinha em abundância.

Em resumo, acompanhamos a linha dos emergentes. Mas esses emergentes já ostentam metas de inflação e taxas de juros menores do que as nossas. Assim como investem mais. À exceção da China, todos têm moedas valorizadas, mas o real brasileiro é mais valorizado por causa dos juros altos.

Nada foi feito para atacar esse problema. Na turma de Lula, o pessoal mais à esquerda sempre pediu controle de capitais e uma espécie de comando para o BC baixar os juros na vontade. Lula não quis correr esse risco.

Mas também não fez nada na direção dos caminhos ortodoxos. Por exemplo: deixar o dólar flutuar para baixo, o que derrubaria a inflação e permitiria uma redução forte na taxa básica de juros.

No caso das contas públicas, Lula também não definiu lado. Muitos companheiros pediam para ele jogar fora essa coisa neoliberal de superávit primário e acelerar sempre o gasto público. Lula não se arriscou, de novo. Manteve a Lei de Responsabilidade Fiscal (que define o sistema de superávit), mas aceitou uma série de quebra-galhos e manobras contábeis para aumentar o gasto e apresentar um superávit falso, de valor menor que o anunciado.

Tudo considerado, o governo Lula não tomou qualquer providência substancial no caminho que é agora a prioridade máxima: como reduzir de modo consistente a taxa de juros. Reduzir a meta de inflação e desindexar são complementos.

E no que se refere ao bloqueio a investimentos? O ex-presidente chegou a identificar problemas. Reclamou dos bagres que atrasaram as usinas do Rio Madeira, do chimpanzé que bloqueou estradas. Mas não tomou nenhuma medida para aperfeiçoar o sistema de concessão de licenças ambientais. Ficou no quebra-galho, no caso a caso. Forçou, por exemplo, as licenças das Usinas de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte, inclusive demitindo funcionários, mas o sistema que trava o processo está aí, parando milhares de obras pelo País afora.
E, mesmo naqueles casos em que o governo "arrancou" as licenças, pode escrever: ainda vai dar rolo na Justiça.

O ex-presidente reclamou do Tribunal de Contas. E aí? Procurou acertar um ou outro caso, mas sem mudar o modo de licitação, realização e fiscalização das obras públicas, que está notoriamente atrasado.

Ministros e outros funcionários disseram a Lula que, sem concessões privadas, as obras dos aeroportos não andariam. O ex-presidente não quis se arriscar com essa "privatização", optou por mudanças administrativas na Infraero, que simplesmente não aconteceram.

Dilma está começando do zero.

Pode-se dizer que ela tem parte da culpa, porque estava na gestão anterior, em posição de mando. É verdade. Mas quem mandava era Lula, dele dependia a tomada de qualquer medida substancial. E ele não tomou. Foi na onda. Agora, está tudo aí, mais complicado.
JORNALISTA
E-MAIL: SARDENBERG@CBN.COM.BR

Continuam as questões da revisão dos limites entre Itabuna e Ilhéus



Durante audiência pública realizada na última sexta-feira (15), em Itabuna, que marcou a presença do deputado estadual João Bonfim (PDT) e outros membros da Comissão Especial de Assuntos Territoriais e Emancipação da Assembleia Legislativa da Bahia, o prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, pregou pelo bom senso e o entendimento entre itabunenses e ilheenses para realizar a revisão de limites entre as duas cidades.
Com o objetivo de verificar in loco os pontos de divergência que separam as cidades de Itabuna e Ilhéus, localizados entre os supermercados Makro e Atacadão, o deputado João Bonfim ouviu e analisou as proposições expostas pelos prefeitos, secretários e deputados representantes de Itabuna e Ilhéus, com base na lei 12.057, de 11 de janeiro de 2011, proposta pelo presidente da comissão, que versa sobre a redefinição dos limites dos municípios do Estado da Bahia. Também acompanhou os trabalhos da Comissão o representante da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Antônio Cunha.

Atualizações de divisas
“A lei nº 628/1953, que definiu os limites do Estado da Bahia, é quem valida os limites dos municípios de Itabuna e Ilhéus. Essa lei prevê uma revisão ites a cada cinco anos, porém, nesses 58 anos, nenhuma revisão foi feita. Por conta disso, essa lei [12.057, de 11 de janeiro de 2011] visa, exatamente, a corrigir as divergências que existem, dando uma visão diferente na questão da disputa de território”, destaca o deputado. E acrescenta: “Muitas das dúvidas são em função da imprecisão das leis, que foram elaboradas há muitos anos, onde os pontos são imprecisos ou não existem mais”.
O prefeito de Itabuna ressaltou a importância do papel da Assembleia Legislativa em solucionar os problemas que envolvem a população. De acordo com ele, o interesse maior na revisão dos limites territoriais recai sobre a comunidade. “O interesse maior, que não é do prefeito nem dos vereadores e de deputados, mas da população. Por isso, eu louvo essa lei, que o deputado vem conduzindo na Assembleia. Não vejo dificuldade da solução dos problemas entre Itabuna e Ilhéus, porque, até o momento, eu vejo a boa vontade de ambas as partes”, declarou Azevedo.

Proposições
Além do prefeito de Itabuna, os secretários da Administração, Maurício Athayde; e da Indústria, Comércio e Turismo, Carlos Leahy, destacaram algumas dificuldades afetadas pela divisão territorial, como os problemas enfrentados por funcionários e consumidores na prestação de transporte público urbano até os empreendimentos – Makro e Atacadão. Além disso, foram destacados os serviços de limpeza pública, saneamento básico e assistência em geral, que são prestados aos empreendimentos e à população residente além dos limites territoriais traçados.
“Os dois empreendimentos são atendidos com água fornecida [eventualmente] pela Emasa, a coleta de resíduos é terceirizada por empresas aqui, segurança, se ligar para o 190, cai no 15º Batalhão, 192 é o Samu de Itabuna. Além do problema maior, que é o acesso da população, as praças de táxis, os ônibus, pois tem outra divisa, que é do Derba e que prejudica muito. Todos esses problemas nós fizeram sair em busca da marcação oficial”, revelou Maurício Athayde.
O prefeito de Ilhéus, Newton Lima, acompanhado do chefe de Gabinete, José Nazal, do secretário de Planejamento, Alisson Mendonça, e dos deputados estaduais Ângela Sousa (PSC) e Pedro Tavares (PMDB), fizeram algumas explanações em torno das conjecturas apresentadas pelos representantes de Itabuna, com a finalidade de reafirmar o compromisso de Ilhéus com o pertencimento, de que, segundo o prefeito ilheense, a lei favorece e estão fixados na história os limites entre Ilhéus e Itabuna.
Newton Lima ressaltou que o debate em torno do assunto está se dando de forma civilizada e que Ilhéus e Itabuna são duas cidades que possuem pontos em comum. “Não podemos falar em desenvolvimento excluindo uma cidade da outra, pois muito da economia de uma complementa a outra. Vamos concordar no que nos une e debater até o consenso no que nos separa”, opinou.

Amurc
Em paralelo às discussões, o diretor executivo da Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste do Bahia (Amurc), Luciano Robson, revelou que praticamente todas as cidades baianas encontram-se na mesma situação de revisão dos limites territoriais. Pensando nisso, o órgão tem se colocado à disposição das prefeituras e seus representantes na condição da neutralidade, ou seja, no sentido de disponibilizar a sua infraestrutura para o fomento das discussões.
“O presidente [da Amurc], Cláudio Dourado, tem se preocupado em verificar a possibilidade um plano de ação que vai destacar toda essa operação de delimitação técnica, que vai ser passada para a Assembleia Legislativa para que haja uma discussão sócio-econômica e política sobre a delimitação das áreas dos municípios. Então, a preocupação nossa é estar acompanhando isso para que o tom seja de forma assertiva e positiva, e não tornar um debate negativo”, concluiu Luciano.

Visita      
Após a reunião realizada em um espaço público de Itabuna, as lideranças políticas realizaram uma visita ao bairro Nova Califórnia, local onde está fincado um dos marcos territoriais. O deputado estadual João Bonfim tomou conhecimento da divisa naquela localidade e sugeriu, juntamente com o prefeito de Itabuna, uma visita dos técnicos dos dois municípios para efetuar uma nova demarcação territorial, com o objetivo de eliminar as divergências.
Uma próxima reunião será agendada para os próximos dias, envolvendo os dois municípios, além da Comissão Especial e os técnicos da SEI.

Por: Viviane Cabral / Fotos: Vinicius Borges – 18/04/11

Prefeitura de Ibicaraí distribui peixe aos carentres

A Secretaria de Assistência Social da Prefeitura Municipal de  Ibicaraí, vai distribuir na próxima quarta-feira, 20, a partir das 9 horas, sete toneladas de peixe (sete mil quilos) para as famílias carentes do município, atendendo 5.690 famílias que em média têm três pessoas. O objetivo é atender aproximadamente 18 mil pessoas. 

Segundo a secretária de Assistência Social, Ângela Santana mais de 60 pessoas vão participar da entrega do peixe que será feita nos seguintes colégios e localidades: Ressurgir (centro e zona rural), José Tito de Lima (Bela Vista), Natércia Kauark (Duque de Caxias), Coraci Ally (Corina Bahista), Léa Galrão (Delfino Guedes), Rotary (Agripino Monteiro e Sempre Viva), Yêda Barradas (Luxo), Novo Horizonte, Paraguaçu e Caxingó), Ramiro Berbert 9Saloméa), Municipal de Ibicaraí (Vila Santa Isabel) e Olavo Bilac (Cajueiro –Velho e Novo). 


Curso de Capacitação Neonatal

A Secretaria de Saúde de Ibicaraí, através da Coordenadoria de Atenção Básica e da Supervisão de Atenção Básica, também na próxima quarta-feira, 20, promove a partir de 9 horas, na Câmara Municipal de Ibicaraí o Curso de capacitação em Triagem Neonatal.
O curso que será o primeiro de uma série, segundo a coordenadora da Atenção Básica, Luamar Nascimento Assis, será ministrado pela enfermeira Liciana Nunes, graduada pela Faculdade de Tecnologia e Ciências, FTC e pós-graduada em Enfermagem de Emergência Pré-Hospitalar pela Faculdade madre Thais, de ilhéus.

Noventa pessoas da Secretaria Municipal de Saúde e do Hospital regional Arlete Magalhães,  enfermeiros e técnico de enfermagem estarão participando do curso.

O objetivo é  que os participantes aprendam na prática detectar algumas doenças como  anemia falsiforme, hipotiroidismo congênito, fenilcetonuria e aminoádicospatias. Todo material áudio-visual e prático será disponibilizado.
Ascom/Ibicaraí
Por: Juarez Vicente
18.04.11

LULLA, O DESTRUIDOR DE INSTITUIÇÕES

Os métodos da companheirada atingiram o Supremo Tribunal Federal, corte que, infelizmente, já não está imune a certos exotismos teóricos e filosóficos, em desserviço do direito e da Constituição. 

Nem poderia ser diferente quando sabemos que o tribunal estava exposto à ação de Luiz Inácio Lula da Silva, o Apedeuta diluidor de instituições. 

A VEJA desta semana traz uma história escabrosa, cabeluda mesmo, relatada por Policarpo Junior. E quem confirma que a sujeira existiu é a personagem central do  imbróglio: Cesar Asfor Rocha, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além de Lula, há outro protagonista na tramóia, figura soturna da República, que, volta e meia aparece, como “consultor” de grandes negócios. 

Leiam os detalhes da reportagem na revista. Faço aqui uma síntese. Vejam o grau de delinqüência intelectual, moral e política a que ficou submetida nada menos do que a escolha de um dos 11 membros de nossa corte suprema.

Em fevereiro do ano passado, o então presidente Lula convidou Asfor Rocha, à época presidente do STJ, para uma audiência no Palácio do Planalto. Conversaram sobre isso e aquilo, e o Babalorixá de Banânia informou ao magistrado que o indicaria para a vaga no Supremo, que seria aberta com a aposentadoria do ministro Eros Grau, que faria 70 anos em agosto. 

Em novembro, numa reunião na casa de José Sarney (PMDB-AP), Asfor pediu que o senador enviasse uma mensagem a Lula: não aceitava mais a nomeação porque se sentia atingido em sua honra. Que diabo havia acontecido?  Policarpo joga luzes numa história escandalosa. 

Lula, o próprio, passou a alardear aos quatro ventos que Asfor havia pedido dinheiro para dar um voto numa causa, teria recebido a grana — R$ 500 mil —, mas não teria votado conforme o prometido. Contou a mesma história a um ministro, a um ex-ministro, a um governador e a um advogado muito influente de Brasília. Todos ficaram estarrecidos. Terá sido mesmo assim? E como o presidente teria sabido da história? Ela lhe fora relatada por Roberto Teixeira — sim, ele mesmo, o primeiro-compadre, que atuara no caso como “consultor da empresa”.

Prestem atenção! Teixeira — amigo de Lula, seu compadre e seu advogado — lhe teria relatado, então, que atuara para comprar o voto de um ministro do STJ. Pior: teria conseguido. Fosse verdade, o presidente da República estava conversando, então, com um corruptor ativo, que se declarava ali, na sua frente. Sua obrigação era chamar a Polícia. Ainda fazendo de conta que a história é verdadeira, o presidente houve por bem não nomear Asfor Rocha. O resto, então, ele teria considerado normal. 

Inverossimilhanças e verdades
A história de que Asfor pediu propina ao primeiro-compadre, recebeu o dinheiro, mas não entregou o prometido é, para dizer o mínimo, inverossímil. Ainda que Asfor fosse um larápio, burro ele não é. Saberia que estava se fazendo refém de Teixeira e, obviamente, de Lula. Se algum juiz quiser se comportar como um safado, há personagens menos “perigosas” na República com que se envolver. Mas há alguma sombra de verdade na possível mentira? Há, sim. E é aí que as coisas pioram bastante.

Teixeira esteve, sim, com Asfor Rocha. O encontro aconteceu no dia 3 de agosto do ano passado. Apresentou-se como defensor da Fertilizantes Heringer S/A, embora não fosse o advogado legalmente constituído da empresa — segunda a direção da dita-cuja, ele era um “consultor”. De quê? Teixeira, diga-se, costuma aparecer nesse estranho papel. Nessa condição, a Ordem dos Advogados do Brasil não pode lhe censurar os métodos — se é que censuraria, né?. A OAB foi OAB um dia… 

Uma unidade da Heringer tinha sido impedida de funcionar porque jogava poluentes no meio ambiente. Teixeira informou ao ministro que havia entrado com um recurso no tribunal para suspender um julgamento contrário à empresa. Pois bem: um mês depois, relator do caso, Asfor negou o recurso, sendo seguido pelos outros dez da corte especial do STJ.

E pronto! Foi assim que se tornou um quase-ministro do STF. 

O magistrado confirma tudo. Disse que tomou conhecimento da acusação por intermédio de um colega da magistratura: “Ele me disse que soubera de amigos do Palácio do Planalto que o presidente estava falando coisas absurdas a meu respeito.”

Veja tentou ouvir Teixeira. Ele reagiu assim, por escrito:
“Nossa atuação como advogados está submetida exclusivamente à Ordem dos Advogados do Brasil, não cabendo à revista VEJA ou a qualquer outra entidade exercer o controle, avaliar ou censurar a nossa atuação profissional, inclusive através de perguntas tendenciosas, objetivando cizânia, e que, ademais, nenhuma conexão mantêm com o caso específico utilizado para a veiculação das mesmas.”

Certo! Como advogado, Teixeira é um portento; como crítico de jornalismo, um fiasco. Que vá tomar satisfação com o seu compadre. O leitor mais atento já notou que uma coisa é inquestionável, pouco importa qual seja a verdade: Asfor não votou como queria o amigo de Lula — que, segundo muita gente, é o próprio Lula em outro corpo. O resto é história. O ministro do STJ ficou fora do Supremo, e a vaga foi preenchida por Luiz Fux.

Mais de 80% das pastagens do Sul da Bahia podem ser convertidas em Sistemas Agroflorestais com cacau

Alerta de chuvas em Ilhéus

Alerta de chuvas: Defesa Civil prevê possibilidade de chuvas de até 93 mm até dia 29 de abril _O alerta chama atenção para os riscos de desl...