terça-feira, 16 de novembro de 2010

AGORA É TARDE PRÁ CHORAR

 

VERDADES OCULTAS

Por Míriam Leitão 

Foi apenas o fechar das urnas, e as verdades começaram a aparecer.
A CPMF reaparece com a presidente eleita e alguns governadores falando dela com uma sinceridade que lhes faltou na campanha.
O governador do Rio entrou no STF dizendo que o sistema de partilha do petróleo prejudica o estado. O sistema é ideia de Dilma Rousseff, a quem Sérgio Cabral deu seu entusiasmado apoio.
Tenham compostura senhores e senhoras da política: nós não somos bobos. Quantas vezes vocês acham que podem nos enganar mudando de tom, discurso e propósitos entre o pré e o pós-urnas?
O banco PanAmericano estava quebrado antes das eleições, mas as informações sobre isso apareceram apenas alguns dias depois. O que torna o caso inegavelmente uma questão de interesse e dinheiro públicos é a compra extemporânea de 49% do banco pela Caixa Econômica Federal e a cegueira coletiva que atingiu comprador e fiscalizadores.
PT e PMDB, os dois maiores partidos da coalizão, começaram a se engalfinhar em público pelos cargos, como se fosse uma disputa do butim de uma batalha que eles venceram.
Fica-se sabendo que o consumidor — e não as empresas como Itaipu e Furnas — é que pagará pelo custo do apagão que em 2009 deixou 18 estados sem luz. Nove empresas receberam multas de R$ 61,9 milhões e recorreram. Ainda nenhum tostão saiu do caixa delas. Mas o distinto público que ficou sem luz pagará R$ 850 milhões a mais em suas contas em 2011.
O TCU informa que 32 obras de investimento do governo, 18 delas do PAC, deveriam ser paralisadas porque têm graves irregularidades e sobrepreço.
Entre elas, algumas que foram exibidas na propaganda eleitoral da presidente eleita, como a Refinaria Abreu e Lima. O financiamento do trem-bala não terá apenas dinheiro subsidiado, terá subsídio direto de R$ 5 bi nos primeiros anos.
A lista das más notícias neste breve período pós-eleitoral é grande e está em várias áreas; em comum o fato de terem sido dadas em momento muito conveniente para o governo.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, não pode alegar que desconhecia que o sistema de partilha, as mudanças na Lei do Petróleo e as condições da capitalização da Petrobras prejudicam frontalmente o estado que governa. Ele até chorou por isso, em público, meses antes das eleições. Depois, tratou a questão como resolvida. O prejuízo teria sido evitado por um suposto e mal explicado acordo entre ele e seus aliados do governo Federal. A nova regulação do petróleo, que foi toda formatada no gabinete da então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff — hoje presidente eleita —, prejudica o Rio. O estado que produz 80% do petróleo que se extrai no Brasil e que será também grande no pré-sal perde porque no sistema de concessão o estado recebe royalties e participação especial. No novo sistema não há participação especial e ainda há o risco de se perder parte dos royalties. Perde também porque a União fez a transferência para a Petrobras, na chamada cessão onerosa, de bilhões de barris de petróleo do pré-sal que também não pagarão participação especial ao Rio.
Disso tudo o governador Sérgio Cabral sabia antes e durante o processo eleitoral. Por que nunca disse isso ao eleitor? Por que deixa para entrar no Supremo Tribunal Federal depois das eleições? Um governador tem que ter como primeira lealdade a defesa dos interesses do estado que administra e não a coalizão política da qual participa. O advogado-geral da União, Luís Adams, disse que vai contestar a Ação Direta de Inconstitucionalidade do Rio. "Não vejo futuro nessa Adin", disse Adams. Pois é. O que ela tem é passado: o tempo em que o governo do Rio esperou para entrar com a ação.
A declaração da presidente Dilma em sua primeira entrevista de que não poderia ignorar a pressão dos governadores pela CPMF — assim, docemente constrangida a defender o imposto — foi espantosa. Primeiro, porque ela nunca deu ciência aos eleitores de que estava sendo pressionada; segundo, porque os governadores disputando eleição ou reeleição também não disseram que estavam pressionando quem quer que seja pelo imposto. Terceiro, porque a arrecadação aumentou depois do fim do imposto pelo peso da elevação de outros tributos.
O P da CPMF quer dizer provisório. Foi criada em momento específico e com objetivo limitado. Era para atravessar o período da transição entre a hiperinflação e a estabilidade, quando havia risco de uma queda da arrecadação. Ela cria muitas distorções. Parece prejudicar apenas quem faz transações bancárias mas afeta, em cascata, todos os preços da economia. Por ser cumulativa, vai produzindo um peso enorme sobre as empresas, que o transferem ao consumidor. Aí o imposto fica regressivo, injustamente distribuído.
Os governadores e os presidentes, eleita e em exercício, podem estar sinceramente convencidos de que sem a CPMF não é possível financiar a saúde — ainda que, como se sabe, ela pouco financiou a saúde — mas só poderiam tratar disso agora se tivessem defendido o imposto durante o processo eleitoral.
O Brasil tem um longo histórico de verdades ocultas durante o período em que encantadores candidatos tentam atrair o voto do cidadão pintando o mundo de cor-de-rosa e prometendo só alegrias.
Por isso a CPMF é inaceitável. Só pode propor o imposto agora quem teve a coragem de defendê-lo quando estava no palanque.

Alimentos pressionaram novamente a inflação

Os alimentos puxaram novamente a inflação para cima. Por outro lado, a valorização frente o dólar ajuda a conter a alta dos preços. São sinais contraditórios que deixam mais difíceis as decisões da política monetária.
No acumulado em 12 meses terminados em outubro, a inflação está em 5,2%, acima do centro da meta, de 4,5%. Conforme divulgação no final da semana passado, o IGP-DI de novembro, teve nova alta forte, de 1,03%. No ano, o índice acumula aumento de 9,16%.

LULLA DEIXA PARA DILLMA A OBRIGAÇÃO DE CONTINUAR PAGANDO UM TRILHÃO DE REAIS DE JUROS DE EMPRÉSTIMOS.


 O petismo chega ao fim do segundo mandato de Lula legando ao país um número assombroso e vergonhoso: 52,91% de todas as despesas do país estarão destinadas ao pagamento de juros da dívida ou a outros custos financeiros. É mais de um trilhão de reais. É mais de cinco vezes a folha de pagamento. É três vezes mais dos que os gastos com a previdência.É seis vezes mais o que o Tesouro repassa para estados e municípios., segundo matéria publicada hoje pelo jornal O GLOBO.

O PeTismo é um saco de mentiras, mas uma das maiores mentiras do PT, que o PSDB e também o resto da oposição não teve competência de esclarecer ao país, é que Lula pagou a dívida externa. 

Os analfabeto eleitores do PT, e os desdentados que estão comendo um pouco, mas morrendo de caganeira na fila do SUS, acreditaram e elegeram a terrorista.

Na verdade a dívida externa cresceu, e muito. Pelo  andar da carruagem, hoje, a dívida externa do Brasil já deve ter passado ou está muito, muito perto de U$ 250 bilhões (DUZENTOS E CINQUENTA BILHÕES DE DÓLARES). 

Pior prá todos nós.

TRIBUNAL MILITAR DECIDE HOJE SE PUBLICA FICHA POLICIAL DE DILLMA


 Segundo informações do Jornal Folha de São Paulo, será retomado hoje, no Superior Tribunal Militar, o julgamento do mandado de segurança protocolado pela Folha para tentar acessar o processo que levou a TERRORISTA eleita presidente Dillma Rousseff à prisão. 
O julgamento, suspenso por duas vezes, foi interrompido no dia 19 de outubro, após pedido da  Advocacia-Geral da União, para se manifestar no processo.

A intervenção da AGU, considerada inapropriada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), impediu que a ação fosse julgada antes do segundo turno das eleições, como solicitava a Folha no mandado de segurança.

O jornal tenta há três meses, na Justiça, ter respeitado o direito constitucional de poder acessar os autos do processo que levou Dillma à prisão. Os documentos, não são sigilosos.

Em agosto, reportagem da Folha revelou que o processo de Dillma Rousseff foi trancado em um cofre do tribunal, em março deste ano, por decisão do presidente do STM, Carlos Alberto Soares. O jornal requereu acesso, mas Soares disse que iria mantê-lo sob sigilo por temer uso político do material.

O julgamento, que está empatado (2 a 2), será retomado com o voto da ministra Maria Elizabeth Rocha, responsável por um dos pedidos de vista (mais tempo para analisar o caso). Ela assessorou Dilma na Casa Civil, mas diz não ver nisso impedimento para julgar a ação.

Por causa do adiamento do julgamento, a Folha protocolou, no final de outubro, ação cautelar no Supremo Tribunal Federal para tentar acessar os dados. A ministra do Supremo Cármen Lúcia disse que é possível ver "censura prévia" na atitude do STM. Ela, porém, negou acesso, alegando não poder suprimir "instância judicial".

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Navio brasileiro com 1 tonelada de cocaína é preso na Itália

Segunda-feira, 15 de novembro de 2010 - 19h49 Última atualização, 15/11/2010 - 20h41


A polícia da Itália apreendeu uma tonelada de cocaína em um navio brasileiro que atracou no sul do país. A droga avaliada em 250 milhões de euros estava dentro de máquinas agrícolas.

Imagens feitas pela polícia mostram a cocaína pura que estava dividida em mil pacotes de um quilo. A droga foi encontrada depois que aparelhos de scanner mostraram falhas na solda dos equipamentos agrícolas. A maior apreensão do tipo feita no país nos últimos 15 anos foi destaque nos jornais italianos.

O navio, que levava o contêiner carregado de droga, havia saído do porto de Santos, no Brasil, com destino à região da Calábria, no sul da Itália. A cocaína teria sido produzida na Colômbia. O carregamento seria distribuído em vários países da Europa.

Ninguém foi preso na operação.
 Do Jornal da Band

O que significa o 15 de Novembro!

(Brasileiro fique atento à sua história para que este Pais orgulhe-se dos seus filhos de raizes)

Proclamação da República Brasileira é o evento, na História do Brasil, que instaurou o regime republicano no país, derrubando a Monarquia. Ocorreu dia 15 de novembro de 1889 no Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, na praça da Aclamação (hoje Praça da República), quando um grupo de militares do Exército brasileiro, liderados pelo comandante marechal Deodoro da Fonseca, deu um golpe de estado e depôs o imperador D. Pedro II. Institui-se então a República, sendo nessa data que o jurista Rui Barbosa assinou o primeiro decreto do novo regime, instituindo um governo provisório.


Na tentativa de reduzir a oposição, cada vez maior, o ministro Afonso Celso de Assis Figueiredo, o Visconde de Ouro Preto, elaborou em meados de 1889 um programa de reformas, que incluía: liberdade de culto, autonomia para as províncias, mandatos limitados (não-vitalícios) no Senado, liberdade de ensino, redução das prerrogativas do Conselho de Estado, entre outras medidas. As propostas de Ouro Preto visavam preservar a Monarquia, mas foram vetadas pela maioria conservadora que constituía a Câmara dos Deputados.


O governo do Império tinha perdido suas bases econômicas, militares e sociais. Porém, as idéias republicanas não tinham ainda grande penetração popular, mesmo às vésperas da proclamação do novo regime. O povo estava descrente da Monarquia, mas não havia, na época, uma crença generalizada na República, como assinala o historiador Oliveira Viana. Por isso, o movimento de 15 de novembro de 1889 não teve participação popular. O povo assistiu, sem tomar parte, à proclamação da república.


No Rio de Janeiro, os republicanos insistiram com o marechal Deodoro da Fonseca, para que ele chefiasse o movimento revolucionário que substituiria a monarquia pela república. Depois de muita insistência dos revolucionários, Deodoro concordou em liderar o movimento.


O golpe militar que estava prevista para 20 de novembro de 1889, teve de ser antecipado. No dia 14, divulgou-se a notícia (que posteriormente revelou-se falsa) de que era iminente a prisão de Benjamin Constant Botelho de Magalhães e Deodoro da Fonseca. Por isso, na manhã do dia 15 de novembro, Deodoro iniciou o movimento que pôs fim ao regime imperial.


Os revoltosos ocuparam o quartel-general do Rio de Janeiro e depois o Ministério da Guerra. Depuseram o Ministério e prenderam seu presidente, Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto. Na tarde do mesmo dia 15, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi solenemente proclamada a República.


Dom Pedro II, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio. Pensando que o objetivo dos revolucionários era apenas substituir o Ministério, o imperador tentou ainda organizar outro, sob a presidência do conselheiro José Antônio Saraiva. No dia seguinte, o major Frederico Sólon Sampaio Ribeiro entregou a Dom Pedro II uma comunicação, cientificando-o da proclamação do novo regime e solicitando sua partida para o estrangeiro.

Por: Yahoo Brasil - Maninha

Ontem (12) estreou em Itabuna mais um novo programa da TV Cabrália, trata-se do NBLOG. Portanto a emissora está de parabéns! Veja aqui o vídeo (Pimenta na Muqueca) com a participação dos blogueiros: Walmir Rosário, Domingos Mattos, Ricardo Ribeiro e Mateus Simões.
  

A paranoia contra a imprensa

por Ethevaldo Siqueira - Estadão


Em companhia de uma dúzia de experientes jornalistas brasileiros, participei há poucas semanas do mesmo júri que tem julgado ao longo dos últimos 12 anos as reportagens e outros trabalhos do jornalismo impresso, do rádio e da televisão, que concorrem a cada edição do Prêmio Embratel de Jornalismo – atualmente a mais prestigiosa e independente láurea da imprensa brasileira.


Gostaria que um ministro como Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social (Secom), pudesse participar conosco desse trabalho. É como se mergulhássemos durante alguns dias no que a mídia brasileira produziu de melhor nos últimos 12 meses.


Tenho certeza de que o ministro não seria tão arrogante no julgamento dessa imprensa – especialmente quando diz que a “imprensa brasileira é totalmente livre, o que não quer dizer que seja uma boa imprensa.” Martins reivindica o direito de criticar a mídia. Ninguém jamais lhe negaria esse direito.


O que nos preocupa não é a crítica nem mesmo uma regulação democrática, mas as ameaças e os riscos indisfarçáveis do chamado “controle social” da mídia, mero eufemismo para novas formas de censura.


Gostaria ainda que Franklin Martins e seus seguidores – especialmente aqueles pobres de espírito que lançam sobre toda a mídia brasileira o apodo estúpido de PIG (Partido da Imprensa Golpista) – lessem o comentário que o jornalista Geneton Moraes Neto, um dos vencedores este ano do 12º Prêmio Embratel de Jornalismo, postou em seu blog, no dia 11-11-2010. O depoimento simples, espontâneo e comovente de Geneton tem o título de Pausa para um refresco. Ou: pequena carta aos que gastam sola de sapato fazendo Jornalismo.

Eis o texto de Geneton

Uma das máximas das redações diz que “jornalista não é notícia”. Mas, uma vez por ano, quando são anunciados os vencedores de prêmios jornalísticos, jornalistas mudam de lado por breves instantes: viram “notícia”. O locutor-que-vos-fala teve a honra de ser premiado, nesta quarta-feira, com o Prêmio Embratel de Jornalismo (na categoria TV), pelas entrevistas com os generais Newton Cruz e Leônidas Pires Gonçalves sobre os bastidores do regime militar.


Sou dos que acreditam que jornalista pode ser, também, uma espécie de arqueólogo – que revira o passado em busca de novidades. A contradição é apenas aparente: o passado pode nos surpreender com novidades, sim. Por que não?


Um detalhe me chamou atenção e me deixou feliz ao inspecionar a lista de finalistas do Prêmio Embratel: o júri selecionou para a grande final, em várias categorias, uma série de reportagens que mergulhavam no passado em busca de luzes. Lá estavam reportagens sobre A guerrilha do Araguaia (O Estado de S. Paulo), uma série sobre ”Como a censura calou a música brasileira” (Correio Brasiliense), os arquivos do ex-governador Miguel Arraes (Diário de Pernambuco), “Os espiões que viveram nas sombras dos anos de chumbo” (Zero Hora).


Fiquei feliz ao ver, premiadas, reportagens que envolveram obviamente um grande esforço de investigação, como os “diários secretos” – uma equipe da Gazeta do Povo e da RPCTV denunciou um caminhão de irregularidades na Assembleia Legislativa do Paraná (os repórteres: James Alberti, Kátia Brembatti, Karlos Kohlbach, Gabriel Tabatcheik).


Ou a denúncia do jornal O Estado de S. Paulo sobre os atos secretos baixados pelo Senado Federal – esta, a grande vencedora da noite. Os autores: Rosa Costa, Leandro Colon, Rodrigo Rangel. Ou a reportagem que provocou o cancelamento da prova do Enem (autores: Renata Cafardo e Sérgio Pompeu).


Quando vi autores de reportagens deste calibre vibrando como se fossem iniciantes, pensei, aqui, com meus velhos botões: minha tribo é esta. Sou insuspeito para falar porque tenho, obviamente, meus momentos de desilusão com o jornalismo (e de abatimento profissional).


Sempre me lembro de uma história que meu guru Joel Silveira, tido como o maior repórter brasileiro, gostava de contar. Uma vez, estava datilografando furiosamente um texto numa máquina de escrever, na redação. De repente, Nélson Rodrigues estacionou diante de Joel e ficou contemplando a cena em silêncio durante um bom tempo: lá estava um jornalista escrevendo um mero texto de jornal como se fosse mudar o destino da humanidade.


Nélson Rodrigues limitou-se a suspirar uma palavra, antes de seguir adiante: “Patético!”. Joel – com quem tive o privilégio de conviver durante vinte anos que valeram por cinquenta de aprendizado – ria ao descrever esta cena. Poderia até concordar com o que Nélson Rodrigues dizia – em última instância, somos todos “patéticos” -, mas continuava a teclar devotadamente um texto que estaria esquecido vinte e quatro horas depois. O que importava, ali, não era a transitoriedade do Jornalismo. Era a devoção – um traço que, aliás, diferencia um jornalista burocrático de um jornalista “de verdade”.


Sou um dos piores oradores que já tiveram a ventura de transitar pelo Cone Sul da América. Ainda assim, arrisquei-me a dizer umas palavras ao receber o Prêmio Embratel de telejornalismo. Como sempre acontece quando me vejo diante de qualquer plateia, terminei me esquecendo de metade do que gostaria de dizer.


Agora, mando às favas todos os escrúpulos da auto-referência. Sou um quase dinossauro. Tenho 54 anos. Comecei a trabalhar em redação aos dezesseis. Posso dizer que aprendi duas ou três coisas. Em homenagem aos colegas que suam a camisa, gastam sola de sapato na rua, atazanam os poderosos, levantam escândalos e, por fim, vibram quando são reconhecidos, publico o que tentei dizer mas não disse totalmente na hora da premiação.


Era algo assim: Toda atividade – seja qual for – precisa de um lema, uma bandeira, um slogan. O meu poderia ser qualquer outro, mas é: “Fazer jornalismo é produzir memória”. O jornalismo pode ser útil, então. Pode jogar luzes sobre o passado. Por que não? É preciso ter convicção. Pois bem: posso estar errado, mas acredito que fazer jornalismo é olhar o mundo, os fatos, os personagens e as histórias com os olhos de uma criança que estivesse vendo tudo pela primeira vez.


Somente assim, o Jornalismo será vívido, interessante, inquieto – não este monstro burocrático, chato e cinzento que nos assusta tanto. Fazer Jornalismo é saber que existirá sempre uma maneira atraente de contar o que se viu e ouviu. Fazer Jornalismo é ter a certeza de que não existe assunto esgotado.


Há fatos a explicar sobre 1964, por exemplo; tudo pode ser revirado: a crucificação de Jesus Cristo merece ser investigada. Por que não? Jornalista não pode se deixar vencer pelo tédio destruidor – nunca. Se um estreante perguntasse, eu diria: deixe o tédio em casa. Traga a vida das ruas pra redação. Porque, em noventa e oito por cento dos casos, o que a gente vê na vida real é mais colorido e mais arrebatador do que o que se publica nos jornais ou o que se vê na TV.


Diria também: não faça jornalismo para jornalista. Faça para o público! Fazer jornalismo é não praticar nunca, jamais, sob hipótese alguma, a patrulhagem ideológica. Ponto. Um general – seja quem for – deve ser ouvido com tanta atenção quanto o mais renitente dos guerrilheiros.


Lugar de votar é na urna. Não é na redação; (eu disse ao general Newton Cruz: não quero parecer bom moço, jornalista vive procurando escândalo e declarações bombásticas, mas, como personagem jornalístico, o senhor me interessa tanto quanto Luís Carlos Prestes, a quem, aliás, entrevistei algumas vezes).


Por fim: fazer jornalismo é desconfiar, sempre, sempre e sempre. A lição de um editor inglês vale para todos: toda vez que estiver ouvindo um personagem – seja ele um delegado de polícia, um praticante de ioga ou um astro da música – pergunte sempre a si mesmo, intimamente: “por que será que estes bastardos estão mentindo para mim?”

Não existe pergunta melhor.

Do blog Lucio Neto

domingo, 14 de novembro de 2010

Empreiteiras irregulares no PAC doaram R$ 70 mi ao PT

Agência Estado-Politica
Empresas responsáveis por obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU) doaram R$ 240,5 milhões para campanhas políticas ao longo do primeiro turno das eleições deste ano.

O partido mais beneficiado pelas contribuições dessas empreiteiras foi o PT, cujas campanhas receberam R$ 70,5 milhões. Somente a direção nacional da legenda foi agraciada com R$ 18,7 milhões.

Com base em processos disponíveis no site do TCU, o jornal O Estado de S. Paulo identificou empresas responsáveis ou integrantes de consórcios de 9 das 18 obras do PAC que apresentaram irregularidades graves e que, portanto, terão de ser paralisadas.

Entram nesse grupo a Camargo Corrêa, integrante do consórcio contratado para realizar melhoramentos no Aeroporto de Vitória (ES). Foi a empreiteira que mais doou no primeiro turno:R$ 91,7 milhões.

Em seguida,vem a Construtora Queiroz Galvão. A empresa é responsável pela construção do Canal do Sertão, em Alagoas, da Adutora Pirapama, em Pernambuco, e faz parte do pool de empreiteiras que deveria reformar e ampliar o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. A construtora contribuiu com R$ 58,2 milhões.

Ainda integram o grupo as construtoras OAS (R$ 41,2 milhões), Egesa (12,3 milhões), Mendes Júnior (R$ 12,2 milhões), Constran (R$ 3,8 milhões), EIT - Empresa Industrial Técnica (R$ 9,7 milhões), Serveng (R$ 9,3 milhões) e Odebrecht (R$ 2,1 milhões). Todos esses montantes deverão ainda ser reajustados.

Depois do PT, a legenda que mais recebeu recursos das empreiteiras das obras irregulares do PAC foi o PMDB,com R$ 38,4 milhões.Logo atrás aparece o PSDB, com R$38,1 milhões.O crescimento do PSB nas urnas se refletiu nas doações às campanhas do partido.

O outro lado

A Odebrecht informou que adota como critério para doações a campanhas eleitorais "uma visão republicana". De acordo com nota enviada ao jornal pela empresa, os recursos repassados aos políticos são"em prol da democracia e do desenvolvimento econômico e social do País, respeitando os limites e condições impostas pela legislação".

A assessoria do Consórcio Pirapama, formado por Queiroz Galvão, Odebrecht e OAS, informou em nota que o contrato que consta do pedido de suspensão do Tribunal de Contas da União(TCU) "é o contrato de fiscalização das obras,(e)não se refere ao contrato da obra de construção do sistema, executada pelo consórcio". As empresas são responsáveis pela construção do sistema de água de Pirapama,em Pernambuco.

A Construtora Camargo Corrêa, por sua vez,informou que deixou de atuar há mais de um ano nas obras de ampliação do Aeroporto de Vitória. "O contrato do consórcio com o aeroporto de Vitória foi rescindido em 2009", explicou a empresa.

A Mendes Júnior, que também integrava o mesmo consórcio liderado pela Camargo Corrêa para as obras do aeroporto, disse que somente a empresa-líder, no caso, a Camargo Corrêa, poderia explicar os problemas relacionados à obra.A companhia alegou também que não comenta doações de campanha.

Da mesma forma, a Camargo Corrêa não se posicionou sobre o assunto.

A Constran informou que "todas as contribuições da empresa (a campanhas eleitorais) estão de acordo com a legislação e estão registradas publicamente no Tribunal Superior Eleitoral". A empreiteira, contudo, não quis se manifestar sobre o relatório do Tribunal de Contas da União.

Procuradas pelo Estado,as assessorias de EIT e Serveng disseram que as construtoras não se manifestariam sobre a reportagem.

A Queiroz Galvão e a Egesa não responderam até o fechamento da reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Promotor quer que Tiririca faça novo teste para provar que é alfabetizado

Redação CORREIO

(Ontem, Maurício Lopes já havia considerado resultado insuficiente)


O promotor que denuciou Tiririca ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), Maurício Antonio Ribeiro Lopes, declarou que vai entrar com um mandado de segurança para que o deputado federal eleito realize um novo exame para comprovar sua alfabetização. Logo após a prova de Tiririca, na quinta-feira, o promotor já havia se declarado insatisfeito com o resultado. Tiririca é acusado de falsidade ideológica, pois teria falseado a declaração de alfabetização entregue.


O presidente do TRE-SP, declarou que Tiririca "leu e escreveu" diante do juiz, mas segundo a assessoria do órgão não é possível dizer que ele foi "aprovado" - esta decisão é do juiz Aloísio Silveira, responsável pelo caso. Mesmo assim, disse que é provável que Tiririca seja diplomado como deputado federal em dezembro.


O promotor também pretende solicitar outro mandado para que o Ministério Público. De acordo com a assessoria do TRE, o juiz pretende decidir sobre o caso antes da diplomação de Tiririca, em 17 de dezembro.
Veja o vídeo:

Dia Mundial do Diabetes: médicos alertam sobre retinopatia

Por: Danielle Silva
14 de Novembro de 2010
Alagoas 24 horas
Mais de 200 milhões de pessoas no mundo têm diabetes e cerca de um milhão morrem a cada ano por causa da doença. Apesar de alarmante o número pode dobrar na próxima década caso não sejam adotadas medidas urgentes de prevenção e tratamento. Os dados apresentados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), que comemora neste domingo, 14, o Dia Mundial do Diabetes.


Em Maceió diversas ações estão sendo realizadas por associações, clínicas, e secretarias Estadual e Municipal de Saúde para marcar tão importante dia de conscientização da doença.

Uma das ações está sendo desenvolvida na área de lazer da praia da Pajuçara desde as 9h da manhã. Médicos e demais profissionais do Iofal realizam uma espécie de mutirão de atendimento em tendas montadas na orla. A ideia, segundo a organização do evento, é chamar atenção dos maceioenses que frequentam o local para a importância de prevenir e tratar o diabetes.


A oftalmologista Rosa Maria Ribeiro explica que o local funcionará até às 14h como um balcão de atendimento para transmitir as principais informações sobre a doença e alertar a população sobre os perigos de quem a possui. “Queremos ratificar que o controle da glicemia é a melhor forma de prevenção ao diabetes”, disse Ribeiro acrescentando que estão sendo oferecidos testes de glicemia capilar e realizado um cadastro de pessoas que apresentaram taxas elevadas.


“Através dos testes podemos detectar pessoas com a doença e a partir daí marcar consultas gratuitas no Iofal, onde farão exames de fundo de olho para detectar outro problema grave que estamos tentando combater: retinopatia”, ressaltou a médica.


A oftalmologista explica que a retinopatia é uma complicação do diabetes, caracterizada pelo nível alto de açúcar no sangue, que provoca lesões definitivas nas paredes dos vasos que nutrem a retina. Em consequência, ocorre vazamento de líquido e sangue no interior do olho, desfocando a visão.

Com o tempo, a doença se agrava e os vasos podem se romper, caracterizando a hemorragia vítrea podendo levar ao descolamento da retina. O diabetes pode ainda causar o surgimento de vasos sanguíneos anormais na íris, ocasionando o glaucoma.


A retinopatia diabética apresenta comportamento mais agressivo, com risco de perda da visão, nos pacientes insulino-dependentes. O controle rigoroso do Diabetes Mellitus, caracterizado pela deficiência da insulina, retarda o aparecimento e reduz a progressão da doença.


Segundo os médicos, a retinopatia diabética atinge 80% dos diabéticos com 25 anos ou mais de doença. “Por isso é preciso que os diabéticos façam exames anualmente de fundo de olho para verificar se há indícios da doença, porque o número de diabéticos com retinopatia aumenta a cada dia”, frisou Rosa Maria Ribeiro.

Hospital de Olhos Beira-Rio

Em Itabuna o movimento foi realizado através do Hospital de Olhos Beira Rio, com um mutirão, já tradicional, com a participação de diversos segmentos da sociedade grapiúna. No mutirão, entre várias ações para o combate da deonça, foi aferido o teste de diabetes, pressão arterial, além de palestras  para uma diétas  sadia e apresentação artística e cultura.

O ponto alto foi a apresentação dos poetas do Clube do Poeta Sul da Bahia, com recital de poesia, na abertura do evento, dia 12, na Praça dos Capuchinhos, bairro da Conceição, sob a liderança do presidente da entidade, poeta Adeildo Marques.    

Mais de 80% das pastagens do Sul da Bahia podem ser convertidas em Sistemas Agroflorestais com cacau

Itaipava Premium volta ao mercado em edição especial

Um dos produtos mais queridos da marca, a Itaipava Premium é relançada com receita original, embalagem retrô e selo comemorativo de 30 anos ...