Discussões avançam entre Governo do Estado e Prefeitura de Itabuna sobre o futuro do saneamento no município
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| Foto arquivo |
Criada no final dos anos 1980, durante a gestão do então prefeito Fernando Gomes, a EMASA surgiu da necessidade de municipalizar o serviço, diante das críticas à atuação da EMBASA na época. A intenção era garantir mais agilidade, autonomia e proximidade com a população itabunense.
Ao longo dos anos, porém, a empresa municipal enfrentou desafios administrativos e financeiros, além de críticas relacionadas ao uso político de cargos e à dificuldade de manter investimentos em infraestrutura.
Com as mudanças no marco legal do saneamento básico e as novas exigências de eficiência e cobertura dos serviços, o município iniciou tratativas para retornar a gestão ao Estado.
Segundo informações preliminares, a proposta está sendo discutida entre o prefeito Augusto Castro e o governador Jerônimo Rodrigues, mas os detalhes da negociação ainda não foram oficialmente divulgados.
A possível mudança tem gerado expectativas e questionamentos na sociedade. Parte da população teme perda de autonomia municipal e aumento de tarifas; outra parte acredita que a EMBASA poderá oferecer maior capacidade técnica e investimento no setor.
Até o momento, não há estudos públicos detalhados sobre os impactos da transição nem sobre como ficará a situação dos servidores da EMASA e das tarifas de água.
O tema deve continuar em debate nas próximas semanas, e a expectativa é que a Prefeitura e o Governo do Estado se manifestem de forma oficial, esclarecendo os termos do acordo e as garantias para os consumidores.
Adeus, EMASA!
Joselito dos Reis

Uma decisão silenciosa que pode custar caro a Itabuna
No final dos anos 1980, o saudoso prefeito Fernando Gomes criou a EMASA, desvinculando-a do Estado — ou melhor, da EMBASA —, já que esta não atendia mais aos anseios da população itabunense. Agora falam do retorno ao Estado.
Com o passar dos anos, entretanto, a empresa acabou se tornando um “cabide de empregos políticos”, prática comum entre os diversos gestores que passaram por ela. Ainda assim, a EMASA foi, por muito tempo, lucrativa e estratégica para o município.
Agora, depois de quase cinco décadas de funcionamento, surge a grande pergunta: será que a EMBASA conseguirá atender aos anseios do povo itabunense? Existem estudos técnicos ou garantias concretas de que isso realmente acontecerá?
A realidade é que a “negociação” para o retorno da EMASA ao controle da EMBASA — ou seja, ao domínio do Estado — está sendo conduzida pelo prefeito Augusto Castro e pelo governador Jerônimo Rodrigues, ambos integrantes da mesma “panelinha” política, e sem a transparência que o tema exige.
As decisões, ao que tudo indica, estão sendo tomadas na calada da noite, sem amplo debate público, sem consulta popular e sem o devido esclarecimento à sociedade.
É triste!
O povo de Itabuna, mais uma vez, pode estar sendo deixado de fora de uma decisão que afeta diretamente o seu presente e o seu futuro.
De Joselito dos Reis- Jornalista e editor do Expressaounica (Expressaounica Jornalismo & Comunicação).

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