quarta-feira, 8 de julho de 2020

Pandemia encurta caminho do Cedeba para a Telemedicina

O deslocamento da residência, do bairro de Sete de Abril para o Cedeba, exige grande sacrifício para Maria da Paixão Barbosa, 53 anos, diabética, há 23. Ela tem mobilidade reduzida por problemas de visão e na coluna. Hoje, ao fazer sua primeira teleconsulta com o endocrinologista Luiz Américo, ficou muito satisfeita porque "fui bem atendida e o médico resolveu meus problemas, tirando até minhas dúvidas sobre a COVID".
A satisfação de Maria da Paixão Barbosa é comum aos pacientes do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia - Cedeba - pela garantia da assistência por meio de teleconsulta, desde que o atendimento presencial nos ambulatórios precisou ser suspenso, em março, em virtude da pandemia da COVID 19.
Em três meses foram realizados 6.619 atendimentos médicos, sendo 6.146 remotos. Do total de pacientes, 69% são da capital e 30,4%, do interior. Também foram realizadas, de forma remota, 3.857 atendimentos pela equipe multidisciplinar.
Os usuários do Cedeba, em sua maioria, têm diabetes e obesidade, fatores de risco para a COVID, daí a necessidade de protegê-los", justifica a diretora do Cedeba, Reine Chaves.

UM NOVO CAMINHO
Desde 2019, o Cedeba, em articulação com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), vinha discutindo a implantação do Projeto de Telessaúde. Com a pandemia, o caminho foi encurtado com a autorização da teleconsulta pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para garantir a assistência, explica a endocrinologista Flávia Resedá, que coordena o novo modelo assistencial.
Segundo Flávia Resedá, a experiência tem sinalizado a importância da telemedicina com boa resolutividade e satisfação dos usuários.
No caso dos pacientes com diabetes tipo 1, por exemplo, em que predominam jovens, grupo com maior familiaridade com as mídias sociais, o controle da glicemia ficou mais eficaz. O paciente encaminha para seu médico os níveis de glicemia, permitindo fazer ajustes da insulina com mais rapidez.
Com os pacientes mais idosos, o que mais funciona é a chamada de voz.
WHATSAPP, EMAIL, TELEFONE
Mas o Cedeba disponibiliza para seus usuários, além do
whatsapp (71) 98608-4142), e Busines, o Zoom app e email
O trabalho do Cedeba para a teleconsulta começa com o contato prévio com o usuário, observando o agendamento das consultas. Ele é avisado que seu médico fará contato telefônico no dia consulta.
FOCO NA EDUCAÇÃO
Durante o isolamento social o Cedeba buscou ampliar a assistência aos seus usuários com o foco na educação. Foram produzidos nove vídeos abordando os temas de nutrição, exercícios físicos, aspectos psicológicos e orientações quanto à teleorientação.
Em parceria com a Escola de Saúde Pública, foram produzidos seis vídeos educativos. O trabalho de fortalecimento da Atenção Primária, que conta com Programa de Educação Permanente, também foi contemplado com ações remotas com a Teleconsultoria Especializada, por meio da plataforma de Telessaúde da Sesab. Foram implantados seis protocolos: Diabetes Mellitus tipo 2, Obesidade; Nódulos de tireoide; Hipertireoidismo, Hipotireoidismo e Manual de orientações para pacientes com doenças endócrinas durante a pandemia Covid.
ATENÇÃO ESPECIAL
Embora o atendimento presencial tenha sido suspenso com a pandemia, há situações em que esse atendimento é feito, como no caso do pé diabético, quando o médico faz triagem por meio de fotos das lesões enviadas pelo paciente. Para o pé diabético há um telefone especial (71) 98364.2114.
Também o ambulatório de Oftalmologia faz encaminhamento para procedimentos especializados para pacientes que tenham o quadro de retinopatia diabética agravado.
SATISFAÇÃO
A diretora do Cedeba destaca que "a equipe, com a crise gerada pela pandemia, ratifica seu compromisso com o SUS,na busca de soluções inovadoras para continuar garantindo saúde de qualidade".
 Ascom Cedeba

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