quinta-feira, 4 de junho de 2020

WALDENY ANDRADE DÁ ADEUS A ESTE MUNDO

Expressaounica: 28 Abril 2013
Eu  e Waldeny (camisa listrada), ele foi meu diretor no Diário de Itabuna por 24 anos! Adeus Waldeny Andrade. Agora os seus caminhos  são guados mais próximo a Deus. 

(A região sul da Bahia perde uma grande lenda do rádio e um revelado escritor)

O escritor e comunicador Waldeny Andrade da Silva após estar internado há cerca de 15 dias, no Hospital Costa do Cacau, na UTI, em Ilhéus, devido a complicações coronárias e pulmonares - nada de coronavírus! - faleceu às 23h, desta quarta-feria 3. Waldeny, como um dos maiores nomes do nosso rádio e jornalismo com 85 anos de idade, deixa esposam três filhos e netos. Foi diretor do Complexo Radio Jornal/Diário de Itabuna, na época áurea do cacau, por muitos anos (1969/2000), que com sua vasta experiencia e ética, colocou muitos profissionais do setor no campo da comunicação.

O seu corpo está sendo velado no SAF, ainda não sendo informado, por seus familiares a hora do sepultamento do seu corpo, o que acontecerá no dia de hoje às 15h, no cemitério do Campo Santo em Itabuna.  

 DESPEDIDA

Ao amigo Waldeny Andrade da Silva (in-memorem)

De tantas

Partidas sem volta
Dores e saudades
Minha alma
Sempre ferida!
Não sei o que é
Chegada ou despedida...
Meu coração
De tanto chorar
Já se afogou
Num mundo do desconhecido
do sofrer
No silêncio
de uma canção de amor.
Joselito dos Reis - 04.06.2020


Suas Obras
   “Noite no Vale do Cotia” foi a obra  mais recente lançada pelo escritor, a mais nova incursão pelo mundo da ficção literária do escritor, Waldeny Andrade, na luta pela preservação do que ainda resta da cobertura nativa no Sul da Bahia. A obra, baseada em fatos reais, foi lançada na Semana do Meio Ambiente, em junho, completando um ano e narra uma história de mistérios, usura, perseverança, crimes e traições tendo como foco o homem.
Neste seu quarto livro editado pela Via Litterarum, ele narra a história de uma família, proveniente do Nordeste brasileiro, que foge da seca e aporta em Itabuna, atraída pela fama do cacau numa época em que a economia cacaueira passa por mais uma de suas renitentes crises econômico-financeiras. A saga dessa gente leva a construir uma fazenda de cacau, onde pretende manter em pé a densa floresta nativa, seus corpos d’água, a fauna e flora então abundantes.  Contudo, tem contra si o desafio imposto por grandes fazendeiros com a alternativa pecuária avançando sobre a região de predominância cacaueira e a consequente a devastação da Mata Atlântica. O thriller se passa na área rural de Palestina, hoje Ibicaraí, município de onde corre o imaginário Ribeirão Cotia, um dos tributários do Rio Salgado que, com o Rio Colônia, forma mais adiante o Rio Cachoeira. Este, atualmente recebe, do mesmo modo que nas cidades da bacia do Rio Almada, quase todo o esgotamento sanitário por falta de infraestrutura e omissão dos governos. 
É certo que depois do sucesso editorial do seu terceiro livro “Serra do Padeiro – A saga dos Tupinambás”, o escritor Waldeny Andrade tenha amadurecido ainda mais na arte de contar estórias e histórias, aprimorado a técnica literária e se apossado de uma narrativa rápida e eletrizante. Na contracapa, embora o ficcionista diga que “Noite no Vale do Cotia” seja um painel real sobre a Região Cacaueira e que qualquer associação de nomes citados seja simples coincidência, o leitor certamente vai tirar suas próprias deduções pela riqueza de elementos trazidos nesta obra. As suas outras obrtas são:  "Ilha de Aramys" e "Vidas Cruzadas", todas com edições esgotadas.
Waldeny Andrade da Silva  nasceu em 1935, no município de Boa Nova, próximo a Poções, mas cresceu no sul do estado. Foi diretor da Rádio Jornal de Itabuna/Diário de Itabuna, desde 1969 até 2000. O Diário de Itabuna, encerrou as suas atividades em 11 de Janeiro de 1995. Já a Radio Jornal, na época, foi vendida  pelo empresário José Oduque Teixeira, ao colega José Moreira Laythener. Depois adquirida pelo empresário Duda Polirodas, seu proprietário atual. Waldeny Andrade foi um dos comunicadores  regionais que mais prestaram serviços ao sul da Bahia.  
Waldeny deixa esposa e quatro filhos Sérgio, Mauro, Marcos e Larissa Andrade.      

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