quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

China e Estados Unidos assinam ‘primeira fase’ do acordo comercial








Após 18 meses de disputa comercial, as duas maiores economias do mundo assinam 'fase 1' do acordo

Do - Diário do Poder - A China e os Estados Unidos assinaram há pouco a primeira etapa de um acordo comercial para ultrapassar os desentendimentos entre os dois países, após 18 meses de uma disputa que abalou a economia mundial.
O documento, chamado de “acordo de primeira fase”, foi assinado durante cerimônia na Casa Branca, realizada neste momento com discurso do presidente Donald Trump e presença do vice-primeiro-ministro da China, Liu He, e é o resultado de um compromisso entre Washington e Pequim.
Segundo o acordo, a China se compromete a importar um total de US$ 200 bilhões (180 bilhões de euros) em bens dos Estados Unidos, incluindo produtos agrícolas, para reduzir o déficit comercial entre os dois países.

Ao mesmo tempo, Pequim se compromete a não manipular o valor da moeda ou a proteger a propriedade intelectual das empresas norte-americanas, em troca de uma suspensão parcial das taxas alfandegárias impostas por Washington sobre bens importados da China.
No entanto, o acordo não anula a maior parte das taxas punitivas impostas pelos EUA sobre US$ 360 bilhões de produtos importados da China e exclui reformas profundas no sistema econômico chinês, incluindo a atribuição de subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.
Os Estados Unidos vão assim manter taxas alfandegárias adicionais de 25% sobre US$ 250 bilhões de bens importados da China e de 7,5% sobre mais US$ 120 bilhões.
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“A assinatura dessa trégua, apesar de ser bem-vinda, não muda a realidade de que os dois países estão em posições cada vez mais antagônicas”, observou a analista da unidade de investigação Rand Corporation Ali Wyne, citada pelo jornal Financial Times.
“Washington considera a ascensão econômica de Pequim uma ameaça à segurança do país e à dos aliados e parceiros. Enquanto isso, Pequim considera como fundamentais a aceleração da inovação local e a abertura de mercados de exportação alternativos”, afirmou.
Na pauta está o plano “Made in China 2025”, que visa a transformar as empresas estatais chinesas em potências tecnológicas, com capacidade em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos. Washington considera que o plano viola os compromissos assumidos por Pequim na abertura do mercado.
O governo chinês quer uma eliminação mais rápida das taxas alfandegárias após o acordo, mas a administração norte-americana resistiu, numa tentativa de garantir que a China respeitará os compromissos. Trump sugeriu que uma segunda fase das negociações seja deixada para depois das eleições presidenciais nos EUA, em novembro de 2020.
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Na véspera da assinatura do acordo, o Departamento do Tesouro norte-americano retirou a designação da China como país manipulador de moeda, implementada quando as tensões aumentaram em agosto passado.
O anúncio foi feito exatamente quando o vice-primeiro-ministro, chinês Liu He, encarregado dos assuntos econômicos, desembarcou em Washington.
O encarregado de negociar o acordo com a China, Robert Lighthizer, disse, em entrevista, que o objetivo não é dissociar as duas economias, mas reescrever “as regras”, para que funcionem para ambos os países.
“As pessoas podem falar à vontade, que não me incomodam. Eu acho que o presidente tem uma visão. Ele nos fez trabalhar arduamente e demos um grande passo”, garantiu. (Agência Brasil/RTP)
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