domingo, 7 de julho de 2019

Mensagens atribuídas a Moro não afetam apoio da maioria dos brasileiros à Lava Jato

Pesquisa da XP conclui que 51% dos brasileiros não mudam opinião e 43% não veem excessos

Do - Diário do Poder - Pesquisa de opinião da XP Investimentos constatou que 51% dos brasileiros afirmam que vazamentos de supostas conversas entre o então juiz Sérgio Moro e procuradores da República não alteram a opinião das pessoas sobre a Operação Lava Jato. Tal posição sobre o conceito da operação julgada pelo agora ministro da Justiça cresceu quatro pontos percentuais, desde junho, enquanto a opinião de que a exposição dos diálogos altera para pior a visão sobre a Lava Jato é de apenas 27%. E ainda há 14% acreditando que as conversas obtidas de forma criminosa podem alterar para melhor a imagem da operação.
O levantamento realizado por telefone com mil entrevistados de 1º a 3 de julho, em todo o Brasil, ainda expôs que 43% dos brasileiros concluem que a Lava Jato não cometeu excessos ao combater a corrupção. Enquanto 33% apontam excessos e a necessidade de alguma decisões tomadas serem revistas, e 15% veem excessos, mas afirmam ter valido a pena cometê-los. Somente 16% dos entrevistados não haviam tomado conhecimento da suposta troca de mensagens.

Sobre a avaliação do governo, 35% dos brasileiros acham a gestão de Bolsonaro ruim ou péssima, apenas um ponto percentual a mais que aqueles 34% que veem o governo como ótimo e bom. E outros 28% avaliam como regular o governo do PSL.
Crença no futuro
A expectativa para o restante do mandato de Bolsonaro segue em alta, com 47% acreditando que o presidente fará um governo ótimo ou bom. Enquanto 29% têm perspectiva de um governo ruim ou péssimo e 18% regular.
Tanto os brasileiros que reprovam o governo Bolsonaro, quanto os que condenam a Lava Jato, representam percentuais bem distantes dos 44,7% dos eleitores que votaram no candidato Fernando Haddad, do PT, no segundo turno das eleições presidenciais de 2018.
E 47% acreditam que os governos de Lula e Dilma Rousseff são os maiores responsáveis pela atual crise econômica, sendo os governos de Lula com o maior percentual, de 33% dos brasileiros apontando o petista como causador da crise. E apenas 8% atribuindo os tempos difíceis ao governo de Bolsonaro.
Dos entrevistados, 43% acreditam que as notícias sobre o governo Bolsonaro foram mais desfavoráveis; 30% neutras, e 20% mais favoráveis.
Para 65% a reforma da Previdência é necessária, enquanto 29% acham a medida desnecessária. Sendo 56% com opinião a favor da proposta do governo para a nova Previdência e 39% contra. Sobre a perspectiva de aprovação da matéria, 80% esperam vê-la aprovada, sendo 47% com algumas alterações, 25% com muitas alterações e 8% integralmente. Só 15% não acreditam que a medida passe pelo Congresso Nacional.
A maior influência externa no governo é liderada pelas redes sociais, com 60% de muita influência reconhecida; seguida da classe política, com 57%; dos militares e empresários, empatados com 53%; da mídia, com 48%, e das igrejas evangélicas, com 41%.
Congresso mal avaliado e corrupção caindo
A maioria dos entrevistados avaliaram negativamente o desempenho do Congresso Nacional. Para 45% dos brasileiros, o Congresso tem atuação ruim ou péssima, 39% regular e 12% ótima ou boa.
Já as perspectivas sobre a evolução da corrupção é positiva para os próximos seis meses, com 39% acreditando que a roubalheira do dinheiro público terá diminuído ou diminuído muito; 30% que terá permanecido no nível atual, e 28% creem que terá aumentado ou aumentado muito.

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