Waldeny Andrade |
A “Serra do
Padeiro – A saga dos Tupinambás”, do jornalista e escritor Waldeny Andrade foi indicado
ao Premio Machado de Assis, pela Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, que será realizado
no próximo mês de Setembro. O escritor feliz pela indicação acredita em um
desfecho positivo.
O livro a “Serra do
Padeiro – A saga dos Tupinambás” que foi lançado recentemente é
o mais novo livro do jornalista e escritor Waldeny Andrade foi editado
pela Via Litterarum,a obra conta a trajetória
percorrida pelos índios no Sul da Bahia em busca do reconhecimento pelos
direitos imemoriais à terra dos seus ancestrais. Tem 288 páginas e traz a
história de vida de uma família constituída por um sobrevivente da 1ª Guerra
Mundial e uma índia, tendo como pano de fundo a heroica saga dos
Tupinambás, desde suas raízes na nação Tupi, que habitava o litoral brasileiro
na época do descobrimento.
Por sua trajetória profissional reconhecida, em
determinados momentos, o autor assume sua condição de jornalista profissional
opinativo para enfocar uma realidade incontestável sobre a discriminação e
sofrimento que resta aos indígenas que habitam uma área, cuja demarcação
oficial esperam há séculos.
Também narra fatos históricos envolvendo os
Tupinambás como a Batalha dos Nadadores, em 1559, quando a praia do Cururupe,
extremo norte da Terra Indígena Tupinambá de Olivença, foi cenário da sangrenta
guerra comandada pelo governador-geral Mem de Sá. Ainda evoca aspectos da
colonização jesuítica dos índios, tendo à frente o padre Manoel da Nóbrega,
cujo marco foi a construção da Igreja de Nossa Senhora da Escada, em 1680.
Os Tupinambás de Olivença reivindicam uma área de
47 mil hectares, que se situa a 10 quilômetros ao sul de Ilhéus e se estende da
costa marítima da vila de Olivença até as serras das Trempes e a do Padeiro. E
envolve ainda, áreas dos municípios de Una e Buerarema. No território há vários
cursos d’água, entre os quais se destacam os rios Acuípe, Pixixica, Santaninha
e Una.
O livro aborda de forma surpreendente a conquista e
o desbravamento das terras no sul do Estado para a implantação da lavoura
cacaueira que formou uma pujante economia regional, geradora de receita
tributária. Entre as décadas de 1930 e 1980, foi a responsável pelo custeio e
investimentos do Estado da Bahia.
Este é o terceiro livro de Waldeny Andrade um
expoente do jornalismo radiofônico e impresso nas duas mais importantes cidades
da Região Cacaueira baiana, a partir da década de 60. Primeiro em
Ilhéus, onde chegou como adolescente e atuou até o final da década de
1960, na Rádio Cultura. A partir de 1968 se transferiu para Itabuna, tendo
dirigido a Rádio Jornal e o extinto Diário de Itabuna.
Por sua moderna visão de mundo, inteligência e
perspicácia foi um dos principais formadores de opinião seja no rádio, seja no
jornalismo impresso conquistando o respeito fiel do público. Também se
notabilizou por abrir espaços generosos a jovens aprendizes do radiojornalismo
ou do jornalismo propriamente dito sem perder o interesse público, a visão
ética da profissão e a responsabilidade profissional.
Sua estreia na moderna ficção, com pinceladas da
realidade histórica, se deu com os livros Vidas Cruzadas, lançado na Bienal do Livro de 2013, em Salvador,
e A Ilha de Aramys, nas
festividades da Semana da Cidade em Itabuna, em 2015. As duas obras também
editadas pela Via Litterarum tiveram suas edições esgotadas.
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