sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Livro de Waldeny Andrade indicado para o Prêmio Machado de Assis.

Waldeny Andrade

A  “Serra do Padeiro – A saga dos Tupinambás”, do jornalista e escritor Waldeny Andrade foi indicado ao Premio Machado de Assis, pela Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, que será realizado no próximo mês de Setembro. O escritor feliz pela indicação acredita em um desfecho positivo.
O livro a “Serra do Padeiro – A saga dos Tupinambás” que foi lançado recentemente é o mais novo livro do jornalista e escritor Waldeny Andrade foi editado pela Via Litterarum,a obra conta a trajetória percorrida pelos índios no Sul da Bahia em busca do reconhecimento pelos direitos imemoriais à terra dos seus ancestrais. Tem  288 páginas e traz a história de vida de uma família constituída por um sobrevivente da 1ª Guerra Mundial e uma índia, tendo como pano de fundo a heroica saga dos Tupinambás, desde suas raízes na nação Tupi, que habitava o litoral brasileiro na época do descobrimento.

Por sua trajetória profissional reconhecida, em determinados momentos, o autor assume sua condição de jornalista profissional opinativo para enfocar uma realidade incontestável sobre a discriminação e sofrimento que resta aos indígenas que habitam uma área, cuja demarcação oficial esperam há séculos.
Também narra fatos históricos envolvendo os Tupinambás como a Batalha dos Nadadores, em 1559, quando a praia do Cururupe, extremo norte da Terra Indígena Tupinambá de Olivença, foi cenário da sangrenta guerra comandada pelo governador-geral Mem de Sá. Ainda evoca aspectos da colonização jesuítica dos índios, tendo à frente o padre Manoel da Nóbrega, cujo marco foi a construção da Igreja de Nossa Senhora da Escada, em 1680.
Os Tupinambás de Olivença reivindicam uma área de 47 mil hectares, que se situa a 10 quilômetros ao sul de Ilhéus e se estende da costa marítima da vila de Olivença até as serras das Trempes e a do Padeiro. E envolve ainda, áreas dos municípios de Una e Buerarema. No território há vários cursos d’água, entre os quais se destacam os rios Acuípe, Pixixica, Santaninha e Una.
O livro aborda de forma surpreendente a conquista e o desbravamento das terras no sul do Estado para a implantação da lavoura cacaueira que formou uma pujante economia regional, geradora de receita tributária. Entre as décadas de 1930 e 1980, foi a responsável pelo custeio e investimentos do Estado da Bahia.
Este é o terceiro livro de Waldeny Andrade um expoente do jornalismo radiofônico e impresso nas duas mais importantes cidades da Região Cacaueira baiana, a partir da década de 60. Primeiro em Ilhéus, onde chegou como adolescente e atuou até o final da década de 1960, na Rádio Cultura. A partir de 1968 se transferiu para Itabuna, tendo dirigido a Rádio Jornal e o extinto Diário de Itabuna.
Por sua moderna visão de mundo, inteligência e perspicácia foi um dos principais formadores de opinião seja no rádio, seja no jornalismo impresso conquistando o respeito fiel do público. Também se notabilizou por abrir espaços generosos a jovens aprendizes do radiojornalismo ou do jornalismo propriamente dito sem perder o interesse público, a visão ética da profissão e a responsabilidade profissional.
Sua estreia na moderna ficção, com pinceladas da realidade histórica, se deu com os livros Vidas Cruzadas, lançado na Bienal do Livro de 2013, em Salvador, e A Ilha de Aramys, nas festividades da Semana da Cidade em Itabuna, em 2015. As duas obras também editadas pela Via Litterarum tiveram suas edições esgotadas.

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