terça-feira, 1 de maio de 2018

INCÊNDIO: SP TEM MAIS 70 PRÉDIOS EM SITUAÇÃO DE RISCO

TRAGÉDIA ANUNCIADA
SP TEM 70 PRÉDIOS EM SITUAÇÃO SIMILAR À DO QUE DESABOU, DIZ PREFEITO
BRUNO COVAS DIZ QUE PREFEITURA DEBATEU RISCOS COM INVASORES
EDIFÍCIO ALVO DE OCUPAÇÃO INCENDIOU E DESABOU NO CENTRO, MAS NÃO É O ÚNICO EM RISCO EM SÃO PAULO (FOTO: ROVENA ROSA/ABR)

Do - Diário do Poder - O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse hoje (1º) que a capital paulista tem atualmente 70 prédios ocupados, em situação similar ao edifício que desabou nesta madrugada após ser atingido por um incêndio. De acordo com ele, a prefeitura chegou a fazer seis reuniões com os moradores do local, alertando-os sobre os riscos. 
“Nós temos 70 prédios em situação semelhante a esse. São 200 áreas invadidas na cidade de São Paulo, uma situação preocupante. Mas hoje a preocupação zero da prefeitura de São Paulo é o bom atendimento a essas famílias”, disse.
As reuniões, segundo Covas, foram feitas pela Secretaria de Habitação de fevereiro a abril. “O núcleo de intermediação da Secretaria da Habitação para áreas invadidas fez seis reuniões com eles, alertando desses riscos. A gente tinha uma ação em andamento com o governo federal para receber essa propriedade. A prefeitura não pode ser acusada de se furtar da responsabilidade”, disse.

PREFEITO DISSE PRIORIZAR BOM ATENDIMENTO DAS FAMÍLIAS (IMAGEM: FACEBOOK)
O prefeito ressaltou ainda que o governo do estado irá fornecer um auxílio-aluguel para os moradores do prédio. Até a liberação dos recursos, os moradores poderão ficar em albergues da prefeitura. A orientação, segundo Covas, é que as famílias permaneçam juntas. Na manhã de hoje, a prefeitura verificou que 92 famílias - ou 248 pessoas - estavam morando no prédio.

Segundo o Corpo de Bombeiros, na última vistoria foi identificada uma série de problemas no edifício em relação ao acúmulo de lixo, a materiais combustíveis, e ao impedimento de rota de fuga. “Isso foi relatado [às autoridades], o Corpo de Bombeiros não tem o poder de vir aqui e fechar o prédio”, disse o capitão Marcos Palumbo, porta-voz dos Bombeiros.
De acordo com ele, cães farejadores estão ajudando nas buscas. Os bombeiros não confirmam o número de desaparecidos. Os bombeiros chegaram a confirmar a morte de uma pessoa que estava sendo resgatada no momento do desabamento, mas segundo o capitão, um “milagre” pode acontecer.
“Os escombros estão em alta temperatura, estamos resfriando. Os cães estão fazendo buscas tentado localizar vítimas. Não vamos usar máquinas para remoção dos escombros para não atingir possíveis sobreviventes”, disse o capitão Marcos Palumbo. (ABR)

TEMER FOI XINGADO DE GOLPISTA
 DURANTE ENTREVISTA
(REPRODUÇÃO GLOBONEWS)
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Presidente solidário

O presidente Michel Temer (MDB) foi alvo de protesto, ao visitar o local do desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, que incendiou na madrugada de hoje (1º), no Centro de São Paulo (SP). O presidente demonstrou solidariedade às 50 famílias e se colocou à disposição para atendê-las. Mas deixou o local apressadamente, sendo xingado de “golpista” pelos sobreviventes, após dar uma breve entrevista à imprensa.
Ao descrever a situação do prédio como “dramática”, Temer confirmou que o prédio alvo de ocupação irregular de famílias sem teto pertencia à União e não foi alvo de pedido de reintegração de posse, porque os ocupantes eram muito pobres.
"A situação era uma situação dramática, tanto que aconteceu o que aconteceu. Nós vamos exatamente providenciar assistência àqueles que foram vítimas daquele desastre. Eu não poderia deixar de vir aqui, sem embargo dessas manifestações. Porque, afinal, eu estava em São Paulo, e ficaria muito mal eu não comparecer aqui para dar apoio aqueles que perderam suas casas. O prédio era da União, e nós não pudemos pedir a reintegração, porque, afinal, gente muito pobre, naturalmente, uma situação um pouco difícil. Mas agora serão tomadas providências para dar assistência", declarou o presidente.
A reportagem da GloboNews fez imagens do momento de tentativa de resgate de um homem que seria içado por uma corda, quando o prédio desabou, levando a vítima junto. O Corpo de Bombeiros de São Paulo tenta localizar o homem, sem descartar a hipótese de estar vivo, apesar de a temperatura no prédio ter alcançado 700º C. Há pelo menos três desaparecidos. E uma faixa da avenida Rio Branco foi tomada pelos escombros do edifício que desabou. 
Moradores afirmam que o fogo começou por volta da 1h30, no 5º andar e se espalhou rapidamente pela estrutura.


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