Enquanto a investigação não sai as pessoas morrem!
Após dois acidentes ocorridos em menos de um mês na travessia Mar-Grande-Salvador – um com 19 vítimas – e os contantes problemas operacionais e de qualidade de serviços deficiente do Sistema Ferryboat, os deputados da bancada de oposição na Assembleia Legislativa decidiram por requerer a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), de forma a buscar respostas e soluções das autoridades envolvidas com brevidade.
De acordo com o deputado estadual, Hildécio Meireles (PMDB), a decisão foi tomada após os parlamentares chegarem ao consenso que o Grupo de Trabalho instalado para investigar o transporte marítimo na comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo, a qual Meireles preside, não daria o resultado que a sociedade quer. O sistema ferry-boat também será alvo do colegiado, conforme destacou o parlamentar.
“Afinal, mesmo após termos uma tragédia com 19 mortos tudo continuou inalterado e, por pouco, dias depois um novo acidente não aconteceu com o princípio de incêndio na embarcação Costa do Sol 2, o que somente reforça a necessidade de investimentos no setor e de um olhar mais atento por parte das autoridades baianas para o setor. Por isso, vamos recolher assinaturas, de forma a tirar a CPI o quanto antes do papel”, frisou.
O Caos do Ferryboat – As travessias Salvador-Itaparica (Sistema Ferryboat) e Salvador-Mar Grande (travessia operada por lanchas) funcionam mediante concessão do Estado da Bahia. O órgão do governo encarregado de fiscalizar os serviços é a Agerba (Agência Estadual de Transportes), que é acusada de negligenciar e se omitir, deixando de cumprir com suas atribuições de agência reguladora.
No caso específico do Sistema Ferryboat, a Agerba age quase como entidade de defesa da empresa que ela deveria fiscalizar, no caso a Internacional Marítima, que continua prestando péssimos serviços à população, como aconteceu agora no feriadão, quando os usuários tiveram que enfrentar filas quilométricas para atravessar para a Ilha de Itaparica. As embarcações operadas pela Internacional Marítima, todas pertencentes ao patrimônio público, estão cada vez mais decadentes, revelando a falta completa de de manutenção.
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