A Prefeitura Municipal de Itabuna participou
do 4º Fórum das Águas: Integração e Sustentabilidade - Juntos pela Água. O
evento realizado pelo Instituto das Águas, Rotary Club de Itabuna e
Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) teve em sua abertura a participação
do prefeito Fernando Gomes, que ressaltou empenho da sua gestão em se inserir
em todas as atividades que busquem despoluir o Rio Cachoeira ou mesmo minimizar
as ações de impacto ambiental.
Um desses projetos já em andamento e que
tem o apoio do governo municipal é o “Programa de Humanização da Bacia do Rio
Cachoeira”, com foco no projeto piloto “Microbacia Rio Água Branca”. Autor do
projeto, o professor Maurício Moreau, diretor do Departamento de Ciências
Agrárias e Ambientais da Uesc, participou do Fórum e contou que essa iniciativa
se deu devido à necessidade de realizar uma intervenção que compreendesse o Rio
Cachoeira e fosse viável.
“Por conta do tamanho do Cachoeira, o
próprio Fórum decidiu iniciar esse trabalho de revitalização pela Bacia do Rio
Água Branca que compõe a Bacia Rio Cachoeira, compreendendo assim uma área
tanto rural, quanto urbana de Itabuna”, conta Maurício.
O professor ressaltou que o trabalho
de recuperação da bacia é realizado em paralelo ao trabalho de educação
ambiental junto à comunidade, onde já existe um planejamento da prefeitura,
através da Secretaria de Educação, para que escolas recebam oficinas para
conscientização dos alunos e, a partir daí, o projeto alcance também as
famílias.
“Estamos em contato também com presidentes dos
bairros Antique, São Roque, além de representantes dos assentamentos rurais que
compõem o entorno da bacia, para realizarmos intervenções como plantio de
árvores e atividades educacionais”, comenta Maurício, enfatizando a existência
de um diagnóstico referente às nascentes e dos procedimentos para a recuperação
das mesmas.
As ações de revitalização incluem,
além do diagnóstico da situação do Água Branca, a limpeza do canal principal
com 1,7 quilômetros de extensão e a retirada de resíduos sólidos. Para
Maurício, todas essas ações terão maior impacto a partir da participação da
sociedade e da mudança de postura das pessoas. “A palavra chave é metanoia, que
é de origem grega e significa mudança de comportamento. O que queremos é essa
mudança de todos os técnicos, estudantes, do poder público e da comunidade,
para tomarmos consciência da forma adequada de usar a água e assim termos os resultados
desejados”, conclui.
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