segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Morre Antonio Carlos Sapateiro e sepultamento acontece hoje a tarde

O corpo do senhor Antonio Carlos, sapateiro, mais conhecido carinhosamente por "Shandainha!", que por muitos anos trabalho, ao lado de seu Pai Sr. Dedé, na Avenida Inácio Tosta Filho, vizinho ao Salão João Paulo ll, será sepultado às 16 horas de hoje, no Cemitério do Campo Santo, da Santa Casa de Misericórdia, em Itabuna.

Antonio Carlos (Shandainha) que vinha fazendo fisioterapia, devido a um derrame, acontecido a cerca de seis anos, morreu na noite deste dia 11, o que trouxe muita tristeza aos seus amigos e parentes, por ser uma pessoa de fino trato e um dos grande ouvintes do radio AM, em nossa cidade e amigo de todos os nossos comunicadores. Ultimamente residia no Condomínio Pedro Fontes.Deixa esposa e filho.

O seu corpo está sendo velado no antigo Valório Santo Antonio subida  do Hospital Calixto Midlej Filho.   Que Deus, nosso Pai lhe conceda um bom lugar, em seu Santo Reino da Glória. 

Veja a sua história, que tivemos o privilégio de escrevermos em 2008

“Seu Dedé Sapateiro” uma história de vida
Antonio Carlos e seu pai, Sr. Dedé Sapateiro. 




Conhecida como uma profissão secular, a exemplo da de carpinteiro, do interior do Riachão do Dantas, estado de Sergipe, chegou a Itabuna o cidadão José Calixto de Oliveira (Deda Sapateiro – Sapataria Popular). Como mais um Sergipano que viu sua família, atraída pela fama da riqueza do cacau. A família chegou á região cacaueira nos anos 40 e se aportou em Itajuipe, na época conhecida como Pirangi.
Escolha da profissão...Com apenas oito anos de idade, o então menino, hoje um cidadão que fez prestação de serviço á comunidade da região, “Dedé Sapateiro” foi encaminhado á escola, pelos seus país... Irrequieto por não ter uma profissão definida, ainda na escola, com apenas 12 anos de idade, escolheu a função de sapateiro por ser naquela época um oficio atraente.
Os primeiros passos em Itajuipe
Em Itajuipe, terra do escritor Adonias Filho, ou melhor, em Pirangi, deu os seus primeiros passos na sua nova profissão até se estabelecer em Itabuna em busca de novos horizontes. “Dedé Sapateiro” hoje com 80 anos de idade e contando com a simplicidade dos homens sábios, gosta de enfatizar que o sapateiro, defende uma grande profissão por ser ela histórica.
No ofício há 68 anosCom 68 anos no oficio, enfatiza com muito orgulho de que como sapateiro garantiu criar e formar todos os seus filhos. Passou a profissão de pai para filho, referindo-se ao seu filho Antonio Carlos que trabalha ao seu lado, apesar dos estudos, abraçou a mesma profissão com muita dedicação. Informando ainda que essa profissão levou todos seus filhos ao banco da escola e formando todos eles; - três mulheres (Rita, Sônia e Conceição Mendes de Oliveira) com o diploma de professoras e dois homens; um em contabilidade (já falecido) e o meu companheiro Antonio Carlos Mendes de Oliveira (Shapatinho) que já como disse antes, apesar de ter estudado, resolveu seguir a minha profissão, exerce também a função de Guarda Municipal. - “o que me orgulho muito em atender a sociedade”.
Muita satisfação...
Todas essas realizações deixam transparecer no semblante do velho sapateiro, muita satisfação dentro de um largo sorriso, resultado de uma missão cumprida. Neste momento, deixando transparecer saudade e tristeza lembra do falecimento de sua esposa/ companheira, madalena Mendes de Oliveira com quem constituiu sua família.
Primeira sapataria
Novamente ressalta com muita satisfação, que a profissão de sapateiro “que muitos falam estar em extinção, não passa de uma falsa informação, pois ainda vejo como uma profissão rentável, boa e ótima para ganhar dinheiro!”. Com essa expressão de vitória “Seu Dedé” informa que instalou sua primeira Sapataria na Rua Rufo Galvão (naquela época Benjamim Constante), e hoje com mais de 50 anos na Avenida Inácio Tosta Filho, 242/b, ao lado do cabeleireiro Carlão (Salão João Paulo Segundo) em alojamento simples, o sapateiro ressalta que já teve centenas de clientes – entre eles - as tradicionais famílias de Itabuna e, com orgulho cita – de acordo o que permite a sua lúcida memória - as famílias: Lessa, Porto Sena, Freire, Menezes, Barros, Pinheiro e, especialmente, como ele gosta de frisar, a família Araújo e Dona Zumira, através de Antonio, que lhe permitiu o local de sua sapataria, até os dias de hoje.
Vê Itabuna como uma grande cidade
“Seu Dedé” demonstra seu amor por Itabuna, vendo-a, como uma grande cidade sem limites para o crescimento e o seu desenvolvimento. Para ele falta tão somente consolidar esse progresso, tendo mais atenção dos seus governantes. “Afinal de contas foi neste chão que constituir minha família e dei formação escolar a todos os meus filhos, na minha árdua e boa profissão de sapateiro” ressaltou.
Titulo de cidadão para “Seu Dedé
Daqui queremos chamar á atenção dos vereadores, pois seu Dedé ainda não tem o titulo de cidadão Itabunense, e ele merece! O seu filho Antonio Carlos “Shapatinho” ao seu lado, afiando uma sovela, concordando com todas as colocações de seu pai, disse que, além de trabalhar como sapateiro, um oficio que ele aprendeu a amar por obras de seu Dedé, enfatiza que as indústrias calçadistas sempre deixam a desejar na confecção de um sapato, o que sobra para o sapateiro “dar um trato!” e ganhar o seu dinheirinho; “como disse meu pai ainda é uma profissão que ganha dinheiro!”...
Seu filho Diretor do Itabuna Esporte ClubeFalou também do seu grande ciclo de amizades, realizadas através do seu oficio, o que lhe respaldo ingressar no social, e ser hoje diretor do Itabuna Esporte Clube, enfatizando que chulé não lhe mete medo e nem nojo... E, em nome do “Seu Dedé” agradeceu toda a sociedade itabunense, especialmente aos que conseguem manter a Sapataria Popular, o que atraiu um grande sorriso de ‘Seu Dedé!que no momento afiava uma faquinha para dar continuidade ao seu trabalho.

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