Itabuna conta hoje com um presídio, superlotado. Segundo avaliação do Conap,o conjunto penal local enfrenta “vários outros graves problemas que fazem com que ele seja, na verdade – como a imensa maioria dos presídios, um local reprodutor de cultura de violência, contribuindo mais para o aumento da violência do que para diminuição desta”.

O Conap também faz críticas e ao Estado da Bahia. “Como a maioria dos Estados, é negligente na gestão do sistema prisional. Os presídios da Bahia não cumprem a contento nem ao menos a função primária de manter presos aqueles que devem ser custodiados: faltam vagas, pouquíssimos presos trabalham e estudam e é gritante a superlotação nas unidades prisionais”. Os novos membros da diretoria do Conap assinalam ser “ainda mais grave” a situação das mulheres presas.

Na avaliação dos membros do Conselho, falar em ressocialização “é quase um luxo no sistema prisional baiano, assim como em todo o Brasil”. E completam: “O resultado todos sabemos: um alto índice de reincidência e os presídios com forte presença de facções criminosas que sendo assim irradiam violência para fora das unidades prisionais”.

O Conselho, reforçam, tem a difícil tarefa de cobrar com ênfase que o Estado cumpra o papel que lhe compete na área prisional e ele mesmo realizar atividades de políticas públicas para melhoria do sistema prisional que efetivamente ajudem na ressocialização dos apenados e, consequentemente, ajudem na redução da violência.

Os novos membros da diretoria do Conap:

Ivone Gouveia Montenegro Souza – Presidente (Lions Clube Grapiúna)
Ricardo Borges de Santana – Vice-presidente (Associação Grapiúna dos Paraplégicos)
Margarida Maria Alexandre Mangabeira – Diretora financeira (Academia Grapiúna de Letras de Itabuna)

Davi Pedreira – Diretor Jurídico (Pastoral Carcerária)

Maria Eneida F. Nascimento – 1ª Secretária (Igreja Adventista do 7º Dia)
Moacir Borges Dias – 2º Secretário (Centro Espirita Casa de Guará)