Greve dos vigilantes afeta agências bancárias, colégios e INSS.
Luiz Alves: querem gozar com a cara dos trabalhadores.
Luiz Alves: querem gozar com a cara dos trabalhadores.
Do - Pimenta - A greve dos vigilantes baianos chega ao terceiro dia e afeta o funcionamento das agências bancárias, que não estão abrindo por falta de segurança, além de atendimento no INSS e funcionamento de escolas. De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Itabuna e Região, Luiz Alves dos Reis, a categoria pede reajuste de 15% e tíquete refeição de R$ 25,00, dentre outros itens da pauta.
A pauta da campanha salarial foi entregue em novembro do ano passado, segundo Luiz Alves, e as negociações começaram em janeiro deste ano. “As empresas só ofereceram 1% de reajuste. Nós queremos a reposição da inflação e aumento real de salário”, afirmou ao PIMENTA.


A data-base dos vigilantes é fevereiro, porém nada avançou nas quatro rodadas de negociação. A expectativa é de que as empresas de vigilância, via sindicato patronal, melhorem a proposta de apenas 1% de reajuste. Uma reunião na Delegacia do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Salvador, está marcada para esta sexta (26), às 9h.

RETIRADA DE DIREITOS
O sindicalista afirma que as empresas, além de só concederem 1% de reajuste, querem retirar direitos da categoria, como tirar escala de 12 horas de trabalho por 36 horas de folga, intrajornada e o adicional de boa-permanência. “Após quatro rodadas e, depois, com a intermediação da Delegacia do Trabalho, mantiveram a proposta de 1%, que a gente vê como uma forma de gozar com a cara dos trabalhadores, achando que somos bestas”.

Conforme Luiz Alves, a Bahia tem cerca de 15 mil vigilantes. “Todos estão parados e a adesão aumentou nesta quinta”, comemorou. Somente em Itabuna, são 700 vigilantes, dos quais 280 fazem a segurança das 14 agências bancárias instaladas no município e que se encontram fechadas por causa da greve da categoria.