sexta-feira, 26 de maio de 2017

Coluna espírita:



UMA VIDA NOS FOI DADA, PORÉM, NÓS MESMOS É QUEM NOS SALVAMOS

 Por – José Reis Chaves - Vamos aos assuntos dos comentários sobre esta coluna no Portal de O TEMPO (www.otempo.com.br). Aliás, inspiro-me muito nesse espaço dos comentários para fazer as minhas matérias, espaço esse que já foi dito que é o maior fórum de religiões em jornais da América Latina.
  Kardec disse que não há ressurreição, mas reencarnação. É que, no tempo dele, rigorosamente, entendia-se por ressurreição a do espírito junto com o corpo, isto é, a do dogma da ressurreição da carne. E como Kardec não aceitava essa ressurreição, ele completou dizendo que o que existe é a reencarnação.  Mas pela Bíblia, a ressurreição é do espírito com seu corpo espiritual ou períspirito (1 Coríntios 15: 44), sem, pois, o corpo físico. Ressurreição essa que é no ‘mundo espiritual’ como a que aconteceu com Jesus quando disse: “Pai, em vossas mãos entrego meu espírito.” Porém, há também a ressurreição do espírito na carne, num corpo novo que nasce e não no mesmo corpo da vida anterior, ressurreição essa que nós poderíamos até denominar de ‘ressurreição-reencarnação’. E essa ‘ressurreição-reencarnação’ do espírito num corpo novo é exatamente o que se entende por reencarnação tanto na Bíblia como no entendimento de Kardec e de todo o mundo.
  Há divergências na Bíblia. Para o maior biblista atual do mundo e membro do Seminário de Jesus, o americano Bart D. Ehrman, autor de “O Que Jesus Disse? O Que Jesus não Disse? – Quem Mudou a Bíblia e Por Quê”, a Bíblia tem cerca de quatrocentas mil alterações. Tudo isso aconteceu para adaptá-la às doutrinas, às vezes absurdas, surgidas entre os teólogos no decorrer dos séculos, o que é causa da grande divisão existente entre os cristãos. E ainda há pessoas que pensam que até uma vírgula na Bíblia foi ditada por Deus, dizendo que ela é literalmente a palavra de Deus, o que é um dos grandes erros do judaísmo e do cristianismo. A Igreja ensina hoje que a Bíblia é a palavra de Deus, mas escrita por homens, os quais nunca são infalíveis!
  Quando se diz que quem tem ‘fé’ em Jesus Cristo está salvo, a tradução das palavras grega “pistis” e latina “fides” por ‘fé’ em português melhor seria traduzida por ‘fidelidade’, ou seja, fidelidade a Deus e a Jesus, pois ‘fé no sentido de crença’ em Deus e em Jesus até os espíritos maus a têm! Deixando, pois, bem clara essa passagem bíblica, melhor a diríamos assim: Quem tem fidelidade a Jesus e a Deus Pai salva-se.
  Uma das grandes polêmicas entre os cristãos envolve o ensino de Jesus segundo o qual nós mesmos é quem conseguimos a nossa salvação pelas boas obras praticadas por nós: “A cada um será dado de acordo com suas obras” (Mateus 16: 27), enquanto que para são Paulo vale a doutrina de que a salvação é de graça, doutrina essa muito comodista e que foi muito exaltada por Santo Agostinho e Lutero, e que chamaríamos de “doutrina da preguiça”, e que é muito difundida, hoje, entre alguns meios evangélicos.
  Embora admiremos e respeitemos muito o apóstolo dos gentios, preferimos seguir o ensino ou o evangelho do excelso Mestre, pois ele é tão importante para nós que Jesus até deu sua vida para nós, ao decidir vir ao nosso mundo trazê-lo para nós.  É que somente com a vivência desse ensino evangélico é que nós vamos fazer a parte que nos toca fazer, a fim de que seja acelerada a nossa evolução espiritual e a consequente conquista da nossa Salvação!
 PS: Recomendamos “Adeus à Morte Sacrificial – Repensando o Cristianismo”, de Meinrad Limbeck, Ed. Vozes, 2016.

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