Unidade, José de Magalhães Neto (antigo SESP) |
A Secretaria Municipal de Saúde de Itabuna tem um plano emergencial para recuperar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Saúde da Família (USFs) que integram a Rede de Básica de Atendimento. Segundo, o secretário de Saúde, Vitor Lavinsky, nesta primeira etapa serão recuperadas cinco unidades que precisam de intervenções imediatas: José Maria de Magalhães Neto, no centro; Mário Peixoto, no bairro Jorge Amado; Lourival Sampaio, no São Lourenço; Jacinto Cabral,no Novo Horizonte; e Francisco Benício, em Mutuns. Veja mais informações:
Neste sentido já está sendo realizado o processo licitatório para a compra de materiais de reforma estruturais, que serão feitas por equipes da Prefeitura. De acordo com o relatório da Secretaria de Saúde, a Rede Básica de Atendimento conta com 32 unidades. Deste total, metade está funcionando precariamente e as demais sem funcionar 100%. “As unidades estão abandonadas há oito anos e temos apenas 60 dias de trabalho. Além dos problemas de estrutura física, a falta de pessoal também vem prejudicando o andamento do trabalho das unidades”.
“Porém, para contratar temos que abrir processo seletivo, concurso público, nomear cargo comissionado ou outra contratação legal. Até auxiliar de serviços gerais está em falta na Secretaria”, afirmou Lavinsky. Ele destaca que no concurso público realizado pelo governo passado, eles não colocaram auxiliar de limpeza. O déficit hoje é de 294 funcionários.
“Eu não posso pegar as pessoas inconsequentemente e colocar nos setores. Existe lei e eu tenho que seguir a lei, que não permite fazer contratação direta, principalmente na área da saúde”, elucidou o secretário. Ele adiantou que na próxima semana será lançado o edital para a contratação e dentro de 30 dias eles deverão estar à disposição. As funções dos novos contratos não foram contempladas no último concurso público.
Ele adianta que neste processo será respeitado a Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece um gasto estimado em 54% com pessoal. Nós temos uma demanda reprimida de 294 pessoas, isto não quer dizer que iremos contratar todos. Vitor disse ainda que inicialmente os recursos serão do próprio município e estaremos também indo a Brasília para capitar verbas. Serão investidos cerca de R$ 1 milhão. O secretário revelou que, no governo passado existia um contrato de manutenção das unidades de saúde, com uma empresa, onde o município investia 99 mil por mês. E este trabalho não era efetuado.
Secretaria de Desenvolvimento Urbano intensifica recuperação asfáltica
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) tem intensificado os trabalhos de recuperação asfáltica nos bairros de Itabuna. O secretário da pasta, Francisco França, informou que a operação tapa-buracos que teve início esta semana na Avenida Ilhéus, já avançou pela Avenida Bionor Rebouças e, agora, está centrada entre os bairros Califórnia e Fátima. Ele adianta que algumas ruas dos bairros Pontalzinho, São Judas e Jaçanã também receberam o recapeamento.
França ressaltou que o centro da cidade está completamente restaurado. Ele afirma que o objetivo é reduzir substancialmente os buracos na cidade, muitos deles, advindos das chuvas que caíram nos últimos dias. Segundo o secretário, em torno de 32 quilômetros de ruas e avenidas – considerando a extensão total – já receberam a recuperação asfáltica. Atualmente, o bairro Jardim Vitória está recebendo o serviço de calcetamento da pavimentação a paralelepípedos e o prazo para o término da execução desta etapa é de 15 dias.
Para por em prática a execução do projeto de recuperação asfáltica e calcetamento, garantindo conforto aos moradores e motoristas, além de melhorias para o tráfego de veículos, a Sedur dispõe de uma equipe com 17 profissionais, que utilizam em média 15 toneladas de asfalto por dia; com apoio de uma retroescavadeira; dois tratores e quatro caçambas.
Francisco França reafirmou que a operação tapa-buracos é uma das prioridades do atual governo; e que também está buscando a resolução definitiva do problema de esgotamento sanitário de Itabuna. Hoje, somente 4% do esgotamento do município é tratado.
Itabuna
declara guerra contra o aedes aegypti
Começa neste sábado (18) nos bairros Carlos
Silva - que tem uma infestação predial de 60% nos 1.224 imóveis cadastrados-,
Fonseca (40%) e Novo Fonseca (34%), os mutirões promovidos pela Secretaria
Municipal da Saúde com a mobilização de todos os setores do governo e da comunidade
itabunense para uma verdadeira guerra ao mosquito aedes aegypti. A campanha foi
considerada pelo prefeito Fernando Gomes como uma prioridade de governo e visa
ampliar o combate ao principal vetor de transmissão da dengue - uma doença que pode
matar -; da zika – que provoca microcefalia em bebês – e da chikungunya – que
causa dores nas articulações e nos ossos das vítimas.
O Projeto Itabuna sem Aedes Aegypti se inicia
com a participação de todas as secretarias municipais e deverá chegar a todos
os bairros com um trabalho educativo junto à população e a realização de um grande
faxinaço. A ação leva em conta que o Ministério da Saúde estabelece como limite
de segurança o índice de infestação predial de 1% e Itabuna registra uma
incidência média de 24%, o que representa o risco de um surto epidêmico como o
que ocorreu no ano passado. O governo municipal também acaba de anunciar a
aquisição de cinco carros do tipo fumacê, os quais entrarão em operação ainda
nos próximos dias, ampliando o combate ao mosquito, que também é agente transmissor da febre amarela.
O secretário da Saúde, Vitor Lavinsky, ressalta a importância do projeto que tem
como foco a interdisciplinaridade das ações, com a participação de todas as
secretarias, juntamente com a Emasa, Hospital de Base e a FICC. As ações
começam, agora nos bairros Carlos Silva/ Andaraí, Fonseca e Nova Fonseca, que
tem o mais elevado índice de infestação predial de 60% e vão abranger na sua
primeira etapa aos 18 bairros com maior índice de infestação e que totalizam
44.410 imóveis, mas a ação será estendida a todos as bairros e loteamentos da
cidade.
Ele observa que a
responsabilidade do combate envolve todos os setores do governo através de ações
que visam a eficientização da coleta de lixo, abastecimento de água, limpeza
urbana, o que tem sido intensificado no atual governo e das atenções de
promoção da saúde, bem como passa pela mobilização do conjunto da população,
que deve ter participação ativa e precisa se sensibilizada para o processo.
Situação
Cabe salientar que a dengue
é um dos principais problemas de saúde pública no mundo, e a Organização
Mundial de Saúde (OMS) estima que ela ocorra em 100 países e se espalha por
quatro continentes, com exceção da Europa, afetando anualmente a 80 milhões de
pessoas. O problema também tem afetado duramente à população itabunense que tem
convivido com diversas epidemias ao longo dos últimos anos de dengue, zika e
chykungunya.
O diretor do departamento de
Vigilância à Saúde, Lucas Santana
considera que as perspectivas atuais para Itabuna não são boas em função
do elevado índice de infestação predial e apontam para o risco de surto epidêmico de grandes proporções se nada for
realizado. Por isso mesmo, ele considera o projeto como uma prioridade através
de um conjunto de ações que visam reduzir a proliferação do Aedes Aegypti e assim,
diminuir a incidência das arboviroses transmitidas por esse vetor.
Estratégia
Como estratégia de combate, ele defendeu a promoção de ações
sociais com a mobilização da população e do governo em mutirões, caminhadas,
palestras, faxinaços e panfletagens, com a finalidade de produzir mudanças no
comportamento da comunidade, uma vez que a erradicação do mosquito é uma tarefa
quase impossível em função de fatores climáticos, além de costumes sociais e
hábitos que favorecem a sua reprodução e consequente proliferação.
Santana destacou ainda a
importância do uso dos carros fumacê como uma estratégia complementar à luta
para combate ao aedes aegypti, que deve ser associada a ações de comunicação de massa para que a
população altere seu comportamento e mantenha seus domicílios preservados da
infestação do mosquito transmissor da zika, dengue e chikungunya.
Objetivos
Como objetivo geral do projeto, ele salienta
que o conjunto das atividades realizadas visam não apenas reduzir os níveis de
densidade do aedes aegypti, mas também manter a população em alerta em suas
residências – onde ocorre o maior índice de infestação do mosquito – e
comunidade para a remoção dos possíveis focos, evitando o risco de uma nova
epidemia.
Santana aponta entre os objetivos específicos
a criação de estratégias de massa que gerem impacto e apoio dos recursos, por
parte da mídia disponível e apoio da Diretoria de Comunicação Social. As ações
incluem ainda a participação da comunidade e seus representantes como
mobilizadores e mesmo patrocinadores da saúde, além da formação de parcerias
para ampliar o controle do mosquito.
Ações
Com base nos dados do Levantamento Rápido do
Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de fevereiro deste ano foram
listados os bairros com maior infestação do mosquito para ações como mutirão de
limpeza e sensibilização da comunidade, com destaques para:
BAIRRO
|
Índice de
Infestação %
|
Carlos
Silva
|
60%
|
Jardim
Primavera
|
41,66%
|
Fonseca
|
40,00%
|
Novo
Horizonte
|
38,09%
|
Novo
Fonseca
|
34, 78%
|
Zizo
|
34,78%
|
Ferradas
|
34,48%
|
Sarinha
|
34,04%
|
Antique
|
33,33%
|
Conceição
|
32,95%
|
Em paralelo
a esta ação, o setor de limpeza publica vai atuar na limpeza do bairro
selecionado, juntamente com a equipe de roçagem, eliminando assim os prováveis
criadouros. Uma equipe educativa também vai atuar nas comunidades realizando
panfletagem e ações de conscientização da população, enquanto as equipes de
campo estiverem atuando no tratamento dos reservatórios e removendo fontes de
reprodução do mosquito.
O
que é o LIRAa
Mapeamento rápido dos índices de infestação
por Aedes aegypti.
Critérios:
1. Capitais
e municípios de regiões metropolitanas
2. Municípios
com mais de 100 mil habitantes
3. Municípios
com grande fluxo de turistas e de fronteira
Vantagens:
Identifica
os criadouros predominantes e a situação de infestação do município. Permite o
direcionamento das ações de controle para as áreas mais críticas.
Como é feito: O
município é dividido em grupos de 9 mil a 12 mil imóveis com características
semelhantes. Em cada grupo, também chamado estrato, são pesquisados 450
imóveis.
Os estratos com índices de infestação
predial:
1. Inferiores a 1%: estão em condições
satisfatórias
3. De 1% a 3,9%: estão em situação de alerta
4. Superior a 4%: há
risco de surto de dengue
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