Caindo
na realidade!
Antonio
Nunes de Souza!
Depois
de explorar o povo por dezenas de anos, expondo uma discriminação sem
precedente, uma enorme quantidade de blocos se viram apertados esse carnaval,
em virtude das administrações municipais e estaduais, de comum acordo, resolverem
colocar vários trios famosos sem as malditas cordas e seus caros abadás. E, com
essa atitude, que já deveria ser tomada há bastante tempo, deu uma oportunidade
das pessoas modestas e pobres de também ter direito a se divertir, sem os
pesados ônus que jamais suportaram, ou em muitos casos, para saciar seus
desejos, se endividavam o ano todo em prestações para terem o direito as tais
mordomias de estar dançando atrás dos trios dos seus artistas prediletos!
Essa
separação e distinção das classes média e alta, complementada com uma gama
enorme de turistas que, através de suas agências de viagens, eram informados
que somente teriam segurança se fossem participantes de blocos. Obviamente,
esse direcionamento rendiam e rendem comissões dos grandes monopolizadores
desse classe de comércio separatista!
Vamos,
claro e evidentemente, aguardar para que essa determinação seja ampliada e
mantida, dando direitos iguais, já que nosso carnaval é chamado de “carnaval de
Rua”. E, assim sendo, as ruas, praças e avenidas pertencem ao povo!
Não
sei se vocês já pararam para pensar, mas, essas organizações de blocos
carnavalescos, ganham milhões, antes, durante e depois dos festejos, pois, na
quarta feira de cinza já estão mercando seus abadás para o próximo ano. Porém,
com essa nova e importante interferência política, que tomara que não seja
passageira, os “pipocas” serão privilegiados, tenho certeza que se sentirão
mais valorizados, não ficando ao lado das cordas recebendo pisadas, empurrões e
cotoveladas dos “cordeiros”, que são ousados e não tem nada de cordeiros, são
verdadeiros animais no tratamento!
Curiosamente,
tivemos um carnaval com menos brigas, acidentes, roubos, etc., que talvez
deva-se a isso a valorização dada ao povão, tratando-o com seus direitos
respeitados, liberdade para se distrair, sem que se sintam desprezados pela
sociedade! Com certeza absoluta, essa atitude separatista, pela restrição da
não participação nos blocos, cria uma revolta, que estimula comportamentos
arbitrários nos eventos!
Parabéns
para os mentores da ideia e vamos pedir a Deus que tudo seja conservado, não
tratando-se de mais uma politicagem eventual!
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Volta
as aulas!
Antonio
Nunes de Souza*
Passei
grande parte da minha vida, desfrutando as férias de fim de ano e, quando
chegava o final do mês de fevereiro, já estava me preparando para o início das
aulas, que normalmente, era no dia primeiro de março!
Ao
mesmo tempo em que ficávamos tristes por ter que acordar cedo, ficávamos
alegres de voltar a ver nossos colegas e também os novos alunos que sempre
aparecem nas nossas escolas, vindo de outras, ou de cidades que moravam antes.
Era uma festa ver os calouros e os encontros cheios de saudades com os velhos
amigos, sendo que, no geral e pesar das ações, nós ficávamos alegres e felizes,
inclusive com a curiosidade aguçada, para saber se vinha alguma professora
nova, que era mais generosa nas notas que a antiga!
Voltávamos
mais cedo nesse primeiro dia, pois, era dedicado a informação que livrarias
seriam encontrados os livros, além dos objetos normais de estudante (canetas,
régua, lápis, borrachas, apontador, compasso e cadernos). Lembro-me que quando
entregava a grande lista minha família ficava assombrada preocupada com a
grana, já que os custos sempre são altos, pois, as livrarias se aproveitam
dessa fase onde as compras são prioritárias, e sem o direito de deixar de
fazê-las!
Com
alguma tristeza, vejo hoje as aulas estarem sempre atrasadas graças as
praticamente normais greves exigindo melhorias salariais, ou salários
atrasados. Algumas delas com cunhos políticos que, estupidamente, atrapalham a
normalidade curricular dos alunos, prejudicando muito a educação em todas as
vertentes, quer seja primário, secundária, indo alcançar as universidades e os
cursos de mestrados e doutorados!
Essa
maneira triste e rude de fazer as suas reivindicações, prejudicam sensivelmente
todos os alunos, pois, por tratar-se de uma classe de pessoas com formações
privilegiadas, já deviam reconhecer que, mesmo tendo direitos, razões e
necessidades, deveriam estudar uma outra maneira de comportamento, inclusive
com maiores diálogos, no sentido de não prejudicar a normalidade escolar!
Creio
que, com cautela, inteligência e competência, pode-se chegar a um denominador
comum bem menos prejudicial e uma maneira mais elegante e respeitosa com o
corpo discente!
“O
crescimento de um país começa pelos crescimentos dos seus conhecimentos! A educação
é a luz que ilumina o caminho da prosperidade!’
Reflitam
sobre essas minhas palavras!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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