sábado, 4 de março de 2017

DOIS ARTIGOS DE ANTONIO NUNES

Caindo na realidade!
Antonio Nunes de Souza!

Depois de explorar o povo por dezenas de anos, expondo uma discriminação sem precedente, uma enorme quantidade de blocos se viram apertados esse carnaval, em virtude das administrações municipais e estaduais, de comum acordo, resolverem colocar vários trios famosos sem as malditas cordas e seus caros abadás. E, com essa atitude, que já deveria ser tomada há bastante tempo, deu uma oportunidade das pessoas modestas e pobres de também ter direito a se divertir, sem os pesados ônus que jamais suportaram, ou em muitos casos, para saciar seus desejos, se endividavam o ano todo em prestações para terem o direito as tais mordomias de estar dançando atrás dos trios dos seus artistas prediletos!


Essa separação e distinção das classes média e alta, complementada com uma gama enorme de turistas que, através de suas agências de viagens, eram informados que somente teriam segurança se fossem participantes de blocos. Obviamente, esse direcionamento rendiam e rendem comissões dos grandes monopolizadores desse classe de comércio separatista!

Vamos, claro e evidentemente, aguardar para que essa determinação seja ampliada e mantida, dando direitos iguais, já que nosso carnaval é chamado de “carnaval de Rua”. E, assim sendo, as ruas, praças e avenidas pertencem ao povo!

Não sei se vocês já pararam para pensar, mas, essas organizações de blocos carnavalescos, ganham milhões, antes, durante e depois dos festejos, pois, na quarta feira de cinza já estão mercando seus abadás para o próximo ano. Porém, com essa nova e importante interferência política, que tomara que não seja passageira, os “pipocas” serão privilegiados, tenho certeza que se sentirão mais valorizados, não ficando ao lado das cordas recebendo pisadas, empurrões e cotoveladas dos “cordeiros”, que são ousados e não tem nada de cordeiros, são verdadeiros animais no tratamento!

Curiosamente, tivemos um carnaval com menos brigas, acidentes, roubos, etc., que talvez deva-se a isso a valorização dada ao povão, tratando-o com seus direitos respeitados, liberdade para se distrair, sem que se sintam desprezados pela sociedade! Com certeza absoluta, essa atitude separatista, pela restrição da não participação nos blocos, cria uma revolta, que estimula comportamentos arbitrários nos eventos!
Parabéns para os mentores da ideia e vamos pedir a Deus que tudo seja conservado, não tratando-se de mais uma politicagem eventual!
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Volta as aulas!
Antonio Nunes de Souza*
Passei grande parte da minha vida, desfrutando as férias de fim de ano e, quando chegava o final do mês de fevereiro, já estava me preparando para o início das aulas, que normalmente, era no dia primeiro de março!
Ao mesmo tempo em que ficávamos tristes por ter que acordar cedo, ficávamos alegres de voltar a ver nossos colegas e também os novos alunos que sempre aparecem nas nossas escolas, vindo de outras, ou de cidades que moravam antes. Era uma festa ver os calouros e os encontros cheios de saudades com os velhos amigos, sendo que, no geral e pesar das ações, nós ficávamos alegres e felizes, inclusive com a curiosidade aguçada, para saber se vinha alguma professora nova, que era mais generosa nas notas que a antiga!
Voltávamos mais cedo nesse primeiro dia, pois, era dedicado a informação que livrarias seriam encontrados os livros, além dos objetos normais de estudante (canetas, régua, lápis, borrachas, apontador, compasso e cadernos). Lembro-me que quando entregava a grande lista minha família ficava assombrada preocupada com a grana, já que os custos sempre são altos, pois, as livrarias se aproveitam dessa fase onde as compras são prioritárias, e sem o direito de deixar de fazê-las!

Com alguma tristeza, vejo hoje as aulas estarem sempre atrasadas graças as praticamente normais greves exigindo melhorias salariais, ou salários atrasados. Algumas delas com cunhos políticos que, estupidamente, atrapalham a normalidade curricular dos alunos, prejudicando muito a educação em todas as vertentes, quer seja primário, secundária, indo alcançar as universidades e os cursos de mestrados e doutorados!
Essa maneira triste e rude de fazer as suas reivindicações, prejudicam sensivelmente todos os alunos, pois, por tratar-se de uma classe de pessoas com formações privilegiadas, já deviam reconhecer que, mesmo tendo direitos, razões e necessidades, deveriam estudar uma outra maneira de comportamento, inclusive com maiores diálogos, no sentido de não prejudicar a normalidade escolar!
Creio que, com cautela, inteligência e competência, pode-se chegar a um denominador comum bem menos prejudicial e uma maneira mais elegante e respeitosa com o corpo discente!

“O crescimento de um país começa pelos crescimentos dos seus conhecimentos! A educação é a luz que ilumina o caminho da prosperidade!’
Reflitam sobre essas minhas palavras!





*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

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