ESPÍRITO DEMOCRÁTICO E AMOR POR ITABUNA MARCARAM TRAJETÓRIA DE ADERVAN
O jornalista José Adervan faleceu ontem (12), em Itabuna, aos 74 anos. A notícia provocou manifestações de pesar de inúmeras autoridades públicas, lideranças da sociedade civil organizada e meios de comunicação. O conteúdo dessas mensagens é consensual: Adervan foi um grapiúna extremo, um apaixonado por Itabuna.
Bancário aposentado, fundou o Jornal Agora na década de 1980, ao lado do jornalista Ramiro Aquino. Dedicou-se ao jornalismo por amor à profissão. Veja Moção de Pesar da Assembléia Legislativa, através do Deputado Augusto Castro
O jornalista e escritor Antônio Lopes trabalhou no Jornal Agora. Certa vez, em conversa com Emílio Gusmão, editor licenciado deste blog, revelou que Adervan, mesmo como proprietário, sempre dirigiu a redação do jornal com espírito democrático. Fazia questão que a reportagem ouvisse todas as partes envolvidas nos temas em discussão. Também não se fechava numa visão única sobre determinado assunto.
Além de Itabuna, Adervan era um defensor de todo o Sul da Bahia. Acompanhava e cobria os principais eventos e atividades de Ilhéus e outros municípios sulbaianos. Acreditava no potencial da região. Por outro lado, sentia falta de mais peso político do sul do estado na construção das políticas estaduais. Recentemente, também passou a se interessar pelo debate sobre a importância da defesa do meio ambiente.
MOÇÃO nº 19.952/2017
Moção de Pesar pelo falecimento do jornalista José Adervan de Oliveira.
O deputado que esta subscreve se solidariza e vem, na forma regimental, requerer a inserção na Ata dos Trabalhos da Assembleia Legislativa da Bahia, de MOÇÃO DE PESAR pelo falecimento do Jornalista José Adervan de Oliveira.
Exponente figura do cenário político e jornalístico da cidade de Itabuna -BA, Adervan, como era conhecido, nasceu em Boquim - Sergipe eainda jovem se mudou para Itabuna, onde se formou em Economia na antiga Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).
Desde cedo se envolveu com a política e ajudou a fundar o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) na cidade que adotou para viver, chegando a presidir o diretório do partido. Aliás, a política era um assunto que o fascinava e preenchia as rodas de conversas entreseus amigos. Detentor de opiniões fortes e consistentes, Adervan era um dos analistas mais coerentes da região grapiúna.
Responsável pela disseminação do bom jornalismo na cidade, José Adervan foi também fundador do veículo impresso de notícias, Jornal Agora. A trajetória de Adervan se confunde à história do próprio jornal. Mesmo fora do eixo da capital do estado, o noticiário se tornou uma das publicações impressas de maior referência na Bahia. Seu compromisso sempre foi com a sociedade e através de suas edições, a informação com conhecimento factual da realidade vivida pela população contribuiu para o desenvolvimento na educação, na saúde pública, na infraestrutura e na qualidade de vida dos cidadãos.
Sempre destemido, Adervan dirigiu o Jornal com originalidade e contribuiu para a divulgação da região Sul da Bahia como um eixo de potência agrícola e econômica para o estado. Aos 74 anos, Adervan partiu e deixou o legado de competência e compromisso com suas raízes na história da imprensa na Bahia.
José Adervan era casado e tinha três filhas, mulherres guerreiras que honrarão a imagem desse homem de valor que fez a diferença na sociedade grapiúna. Que Deus conforte a toda família.
Que esta Casa dê ciência desta Moção de Pesar à sua família.
Sala das Sessões, 13 de Fevereiro de 2017
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