Respeite
minha mulher!
Cidade
pequena do interior, todos sabiam que Sheila, mulher do dono da loja Sheila
Modas, a melhor do local, era amante do advogado Jorge Silveira, homem
inteligente, qualificado na sua profissão, considerado o mais astuto e
competente nas suas defesas ou acusações, dependendo de qual lado o contratasse!
Logicamente,
todos sabiam dessa aventura amorosa de Sheila com Jorge, somente sendo o
desconhecedor o pobre do Luiz Alberto que, cuidando do seu magazine, cotidianamente,
nunca percebera essa astuta malandragem da sua mulher e do seu amigo o adv.
Jorge. Como os fuxiqueiros de plantão não queriam se envolver na história, a
coisa ia passando que, curiosamente, já era considerado um comportamento
normal.
Como
tudo de errado que fazemos tem os dias contados, para comemorar os dez anos de
casados Luiz Alberto resolveu fazer uma festa em sua residência, com muitas
bebidas e comidas, completando com um conjunto ao vivo para que houvesse danças
e alegrias. A noite, os convidados começaram a chegar, além de toda sociedade,
ainda tinha alguns convidados funcionários da loja e seus familiares.
Um
buffet vasto a disposição, além de garçons para acompanhar toda movimentação e
servir as mesas das autoridades. Todos comendo, bebendo e, logo em seguida, o
conjunto começou a tocar, o casal dançou uma valsa e, assim que terminou, a
música popular tomou conta do salão. Os casais se movimentaram e Andrezinho,
dono da loja de computação, que já tinha tomado uns bons goles, na animação do
álcool, foi tirar Sheila para dançar. Ela sorridente e feliz, aceitou e foram
os dois para o salão. Porém, chegando no meio, aproveitando-se da multidão, ele
começou a beijar o pescoço de Sheila e meter a língua em seus ouvidos. Ela fez
força para se soltar, mas, bêbado como ele estava, ficou agarrando-a pela
cintura e, na maior loucura, querendo beijar-lhe a boca. Nesse vexame incrível
foi aberta uma roda no salão e Luiz Alberto vendo a movimentação, apenas falou
para André: O que é isso meu amigo, você está tonto vá se sentar. Mas,
Andrezinho no furor do desejo já excitado, continuou segurando Sheila cada vez
mais.
Então
foi aí que aconteceu a desgraça! Jorge, ferozmente, levantou-se e, abotoando
Andrezinho pelo colarinho do paletó, gritou bem alto: Respeite minha mulher,
seu filho da puta! E, ao mesmo tempo, meteu a mão na cara do pobre tarado, que
soltou imediatamente a sua presa. Jorge chamou os empregados e amigos e
colocaram o Andrezinho para fora aos tapas e ponta pés.
Curioso
é que a festa continuou, Luiz Alberto nada falou sobre a atitude de Jorge e,
com isso, todos perceberam que já era de conhecimento a traição da sua mulher e
que ele segurava a barra em função do amor que sentia por ela.
Jorge
foi bastante cumprimentado, por ter defendido a honra da sua amante e, sem
nenhuma cerimônia passou o resto da festa dançando com sua querida e bonita
Sheila!
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As
velhas casas de putas!
Antonio
Nunes de Souza*
Atualmente,
apenas algumas pequenas cidades ainda cultuam poucas casas de putas, geralmente
instaladas numa área, ou bairro um tanto afastado do centro, com a denominação
antiga e que diz tudo: puteiro!
Para
aqueles ou aquelas que, atualmente, estranham e não conheceram tais
comportamentos, trata-se de casas, geralmente com funcionamentos noturnos, onde
são encontradas mulheres, em sua maioria jovens que, por algum dinheiro (muitas
vezes tabelado) praticavam o sexo e, dependendo das suas belezas e variedades
nas posições e ações, tinham seus valores mais bem classificados, como também
eram mais procuradas e cotadas!
Como
ocorre em tudo nessa vida, até nas casas de mulheres da vida (como eram também
chamadas), existiam as majestosas mais tesudas e gostosas que, relativamente,
pertenciam aos homens importantes da cidade e, quando eles chegavam, elas,
imediatamente, largavam quem estivesse em sua companhia, indo atender aos
privilegiados da cidade. Os frequentadores pobres mortais já sabiam e conheciam
que Madalena era a mulher do juiz, Carminha a do médico do posto, Leda a do
dono do mercado, Silvinha do delegado, Tereza do prefeito e, imagine vocês que,
a Dulcinéia era a do padre! Logicamente, estou falando de uma das cidades que
vivi no passado!
Geralmente
tinham uns pequenos salões improvisados nas salas que eram amplas e, tocando
seus boleros e sambas canções (hoje chamados de arrocha), você tirava uma delas
para dançar, acertava o preço, perguntava se seus “coronéis” iriam aparecer e,
caso tudo fosse combinado, ia-se até o caixa, pagava-se e recebia a chave do
quarto, partindo para sua agradável parte sexual, passivo de pegar alguma DST,
sendo a blenorragia a mais comum e muito divulgada nessas casas do prazer
carnal!
Essas
casas eram essenciais para os jovens aprenderem a fazer sexo, ficarem mais
experientes para quando casarem, satisfazendo melhor as suas esposas e
demonstrarem bons desempenhos!
Hoje,
praticamente essas casas desaparecera, uma vez que a moças e rapazes estão
transando por um pedaço de pizza, umas cervejas nos shows artísticos ou um
hambúrguer no Mac Donald. Sendo que muitas vezes, nem precisa de nada disso.
Simplesmente por prazer! Assim como, os coronéis e mais abastados, escolhem suas
secretárias, já combinados com essa parte sexual fazendo parte do trabalho, que
lhe dão ganhos extras, presentes e pagamentos de suas faculdades.
Comportamentos modernos, acompanhando o progresso, até na área da sacanagem.
Hoje,
onde ainda existem algumas velhas e tradicionais “casas de putas”, essas são
consideradas verdadeiras relíquias, dirigidas por velhas raparigas do passado!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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