quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

DELATORES AFIRMAM QUE ODEBRECHT FEZ COMPRA DE IMÓVEL PARA INSTITUTO LULA

DELAÇÃO DO FIM DO MUNDO
DELATORES AFIRMAM QUE ODEBRECHT FEZ COMPRA DE IMÓVEL PARA INSTITUTO LULA
PROPRIEDADE É PONTO CENTRAL DE ÚLTIMA DENÚNCIA CONTRA O PETISTA
Publicado: 21 de dezembro de 2016 às 10:10 - Atualizado às 10:11
SEGUNDO MARCELO ODEBRECHT E OUTROS 2 DELATORES, EMPREITEIRA COMPROU IMÓVEL PARA CONSTRUÇÃO DO INSTITUTO LULA (FOTO: GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO)
Do - Diário do Poder - A Odebrecht comprou, há 6 anos, um imóvel destinado à construção de uma nova sede do Instituto Lula. A afirmação consta da delação premiada de Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo; Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais; e Paulo Melo, ex-diretor-superintendente da Odebrecht Realizações Imobiliárias, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
A compra do imóvel, situado na Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, em São Paulo, é um dos centros da denúncia em que Lula virou réu, na última segunda-feira, 19, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, na Operação Lava Jato.

As delações de Marcelo, Alencar e Melo confirmam que o imóvel, que no papel foi adquirido pela DAG Construtora, foi na verdade pago pela Odebrecht e seria destinado à construção de uma nova sede do instituto.
A ideia, segundo os delatores, era que após a Odebrecht comprar o imóvel outras grandes empresas ajudassem a construir o prédio do Instituto Lula.
Segundo a Folha, na delação, há afirmações de que Lula e Maria Letícia chegaram a conhecer o terreno, mas não teriam gostado do local. Com isso, Marcelo determinou a Melo que procurasse outros imóveis pela cidade. No entanto, este projeto não foi para a frente.
Com base nas quebras de sigilos fiscais e bancários dos investigados, os procuradores apontaram que a Odebrecht pagou, em 2010, R$ 7,6 milhões para a empresa DAG Construtora, que adquiriu o imóvel investigado.
Apesar do negócio não ter vingado, Moro afirmou ao aceitar a denúncia do Ministério Público Federal que a falta de transferência na compra do imóvel onde seria construído o instituto não prejudica a acusação de corrupção, caracterizada pela oferta e pela solicitação da propina.
Ainda segundo a denúncia, também foi adquirido um apartamento vizinho à cobertura onde mora o ex-presidente, em São Bernardo do Campo (SP). Este imóvel, no nome de Glaucos da Costamarques, testa de ferro de Lula, foi sequestrado por Moro.
Em nota, o Instituto Lula disse que não comenta "supostas delações". Afirmou que "delações não são prova, quanto mais supostas delações".
"O terreno nunca foi do Instituto Lula e tampouco foi colocado à sua disposição. O imóvel pertence a empresa particular que lá constrói uma revenda de automóveis. Tem dono e uso conhecido. Ou seja, a Lava Jato acusa como se fosse vantagem particular de Lula um terreno que ele nunca recebeu, nem o instituto – que não é propriedade de Lula, nem pode ser tratado como tal, porque o Instituto Lula tem uma personalidade jurídica própria", afirma a nota.
A assessoria do instituto finalizou afirmando que as doações feitas ao Instituto Lula estão devidamente registradas e foram feitas dentro da lei. A empresa DAG Construções informou que não iria se pronunciar.
Já a Odebrecht, por meio de nota da assessoria de imprensa, afirmou que não se manifesta sobre o assunto, mas reafirma seu compromisso de colaborar com a Justiça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja responsável

Mais de 80% das pastagens do Sul da Bahia podem ser convertidas em Sistemas Agroflorestais com cacau

Conquista, Salvador e Feira lideram casos prováveis de Dengue na Bahia

Vitória da Conquista, Salvador e Feira de Santana lideram o ranking de cidades com maior número de casos prováveis de Dengue em 2024, de aco...