segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Combate à Hanseníase e Verminoses é tema de campanha nas escolas de Itabuna

A Secretaria Municipal de Saúde já está com tudo pronto para a realização da Campanha Nacional de Combate à Hanseníase e Verminoses inicialmente nas escolas da zona rural Itabuna, a partir desta terça-feira, dia 16. O calendário para alcançar as unidades na área urbana ainda será definido conforme a coordenação.

Crianças e adolescentes entre cinco e 14 anos de idade matriculados na rede do ensino público municipal foram o público alvo da campanha, desenvolvida em parceria com as secretarias municipal de Educação e de Saúde da Bahia (SESAB). Tem o objetivo de identificar sinais e sintomas da hanseníase. A meta é atingir o mínimo de 75% dos alunos.
Com relação à verminose, o trabalho consiste em reduzir a carga parasitária de geohelmintos por meio de tratamento coletivo, além de tratar pelo menos 85% do público alvo de acordo com o secretário de Saúdem Paulo Bicalho. Segundo explicou a campanha de combate à hanseníase e verminoses foi proposta pelo Ministério da Saúde (MS) e se constitui numa importante estratégia para o controle dessas doenças, principalmente porque integra saúde e escola.
De acordo com o secretário, a hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, causada por um bacilo capaz de infectar um grande número de pessoas. Adianta que doença tem um período de incubação de três a cinco anos para que apareçam os sintomas. “A hanseníase é considerada uma doença que incapacita o portador pelo comprometimento neurológico causado pelo bacilo. Mas tem tratamento e cura”, assegura.

No caso das verminoses, o secretário diz que a doença é parasitária causada, principalmente pelos helmintos Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiuria, Ancylostoma, dentre outras. “O seu ciclo evolutivo ocorre em parte no solo, como fonte principal de infecção por causa das larvas ou ovos e tem como hospedeiro o ser humano”, explica.
O secretário Paulo Bicalho afirma que o impacto negativo da infecção por geohelmintos produz, além da redução no desenvolvimento físico e mental, uma diversidade de quadros mórbidos que incluem diarréia, dores abdominais, perda de peso e até processos obstrutivos que exigem intervenção cirúrgica, podendo causar a morte do paciente.
Uma das coordenadoras da campanha, a enfermeira Moema Farias de Oliveira informou que Itabuna foi selecionada como município prioritário através da avaliação dos critérios epidemiológicos e operacionais, tendo como base o uso de um indicador combinado, que considerou: alta carga das doenças; Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) Municipal; cobertura de água encanada e esgoto, destinação do lixo e percentual de população geral e de crianças em condições de pobreza.

“A hanseníase em Itabuna é considerada uma doença endêmica, com taxa de detecção anual de 17,80% dos casos por 100 mil habitantes, segundo dados do Departamento Vigilância Epidemiológica da SMS em 2015. O que é um índice considerado elevado pelo Ministério da Saúde, especialmente pela ocorrência em menores de 15 anos, o que revela tendência de crescimento deste agravo”, diz Moema.

Por: Rosi Barreto

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