segunda-feira, 18 de julho de 2016

Pinheiro parte para cima do ”chefe” da OI, com quem negociava doações


Revoltado com os problemas com a sua operadora de telefonia, o senador baiano Walter Pinheiro resolveu tomar uma atitude drástica: dar uma bronca no ”chefe” da empresa, com quem tinha proximidade e negociava doações eleitorais. A informação está no jornal Folha de São Paulo deste domingo, em reportagem de Felipe Bachtod.
Walter Pinheiro resolveu tomar uma atitude drástica: dar uma bronca no diretor Otávio Marques de Azevedo,. As conversas mostram uma série de ocasiões em que o político baiano e o empreiteiro combinavam reuniões.
Walter Pinheiro resolveu tomar uma atitude drástica: dar uma bronca no diretor Otávio Marques de Azevedo,. As conversas mostram uma série de ocasiões em que o político baiano e o empreiteiro combinavam reuniões.
As conversas mostram uma série de ocasiões em que o político e o empreiteiro combinavam reuniões. Azevedo chama o baiano de ”meu senador predileto” e faz um trocadilho nas festas de final de ano em 2012: ”Natal é hora de cada um ter o seu PINHEIRO por perto para celebrar.”
”Onde estão os megabytes prometidos? Reclamar de quem, a quem e pra quem???? Como sofre o usuário comum!", diz uma mensagem de Pinheiro, hoje licenciado do Senado e titular da Secretaria da Educação da Bahia, para Otávio Marques de Azevedo, que era presidente da holding da Andrade Gutierrez, uma das controladoras da Oi até 2014.

As conversas estão em interceptações telefônicas anexadas a inquéritos da Operação Lava Jato. Azevedo foi preso há um ano na operação e hoje é delator.
O tormento de Pinheiro, ex-petista e hoje sem partido, começou em março de 2014. Em mensagem, ele diz que estava sem telefone havia 48 horas.
”Os ‘técnicos’ da Oi tentam me enrolar com conversa do tipo ‘tire a bateria’, ‘tire o cartão’, configuração, ‘procure operadora’ e mais e mais coisas absurdas", afirmou, segundo um trecho do relatório.
”Duas semanas depois, o senador voltou a reclamar e "ameaçou" mudar de operadora e criticar a Oi em mensagens para todos os seus conhecidos, incluindo "membros do conselho da Anatel" (Agência Nacional de Telecomunicações). ”Se com um senador, oriundo da Oi, é assim, imagine o pobre cliente.”
Pinheiro é técnico em telecomunicações, fez sua carreira como sindicalista e trabalhou na antiga estatal baiana Telebahia, da qual a Oi é a sucessora.
Na semana seguinte à primeira reclamação, o senador disse que, sem acesso à internet, estava obrigado a usar o velho SMS ”de carroça”. ”Por hora [sic] vou me virando com um telefone da Vivo.”

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