segunda-feira, 13 de junho de 2016

ACI ITABUNA 108 ANOS DE GRANDES SERVIÇOS

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E EMPRESARIAL DE ITABUNA COMPLETA 108 ANOS DE GRANDE SERVIÇOS À REGIÃO DO CACAU
 
Helenilson Chaves  comandou a entidade
 por dois períodos e trouxe a JUCEB 
A entidade mais antiga de Itabuna e que foi fundada dois anos antes da emancipação deste município, com o nome de União Comercial, Associação Comercial de Itabuna e, hoje, Associação Comercial e Empresarial de Itabuna (ACI), amanhã (14) completará 108 anos de existência.

 A entidade, com inúmeros serviços, prestados à comunidade regional, teve como primeira finalidade, combater os altos impostos e emancipar Itabuna, do município de Ilhéus, o que aconteceu em 28 de Julho de 1910. Dai, passou a controlar o preço do cacau, junto aos agricultores, na busca de um melhor preço, junto à bolsa internacional.

Ao longo desses anos, a centenária ACI, também, foi a grande responsável para a instalação das agencias do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, nesta cidade, além de manter uma Guarda Noturna, até os anos 70, auxiliando, também, na implantação de várias Lojas Maçônicas, Lion Clubes e o Colégio Comercial.

Nos últimos anos, sob a presidência de: José Carlito dos Santos (Carlito Alemão), Raimundos Galvão Ribeiro (criador, ao lado do professor Givaldo Sobrinho, do Seminário de Marketing), Adolfo José Gomes,Ailton de Melo Messias, Milton Veloso, Helenilson Chaves e Silvio Roberto Souza de Oliveira, a entidade conseguiu construir uma nova sede, instalar o Seminário de Marketing da Bahia, realizado por 23 anos, sofrendo interrupções nos últimos seis anos.

Outra grande conquista da ACI foi à instalação da Câmara Arbitral, que também sofreu interrupção e a implantação da junta Comercial da Bahia (JUCEB), o que hoje dá o suporte financeiro a entidade.

Respeitando os grandes nomes de empresário que presidiram a entidade, com os já citados, podemos lembrar, também, os nomes de: Gileno Amado, Olinto Leoni, Lafayete Borburema, Miguel Moreira, Leopoldo Freire, Fontes Lima, Manuel Souza Chaves, José Soares Pinheiro, José Oduque Teixeira, Gileno Amado e muitos outros, além dos que assinaram, em 24 de Maio de 1908, a primeira ata de sua instalação: Maron & Irmão; Felipe Marone Filho; Fontes & Torres; Guimarães & Irmão; Athanázio Midlej & Irmão; Pedro Hirs; Arthur Paiva Leite; Firmino Ribeiro de Oliveira; Batista & Irmão; Luís Alves Muniz, Gaspar & Companhia, Góes & Irmão; Ubaldo dos Reis Viana; Arzenando Jesuíno dos Santos; Pedro José Hage; Barreto & Irmão; Manoel Abdon Benjamin; Everaldino Assis; Bichara Hagge; Hermínio Nicolau Gemal; Francisco Benício dos Santos; Miguel Chamalier; Antônio Teixeira Bastos; Felipe Aboud; Calixto A. Midlej e Francisco Ribeiro dos Santos, além dos nomes de: Gileno Amado, Olinto Leoni, Miguel Moreira, Leopoldo Freire, Fontes Lima, Manuel Souza Chaves, José Soares Pinheiro, José Oduque Teixeira, Gileno Amado e muitos outros.

Maiores detalhes da história

A ACI nasceu de uma mobilização e empresários itabunenses contra o arrocho fiscal na cobrança do imposto de consumo.

A história da Associação Comercial e Empresarial de Itabuna precede e até mesmo se confunde com a própria luta pela emancipação da cidade, que ocorreu em 28 de julho de 1910 e pode ser considerada como um passo decisivo nesta mudança política, administrativa e institucional do município. Os registros históricos indicam segundo Adelino Kfoury, autor de Itabuna Minha Terra, que o projeto começou numa reunião de empresários locais na casa de Augusto Abdon, em 1908, quando foram discutidas as estratégias para o arrocho fiscal do Estado com a cobrança do imposto de consumo, equivalente ao atual ICMS, cujo valor foi considerado exorbitante pelos comerciantes.

Na época, os empresários viviam um forte clima de tensão, uma vez que os coletores de impostos deslocados de Salvador para a região atuavam sempre de forma abusiva. O grupo vinha intensificando uma rigorosa fiscalização nos estabelecimentos comerciais, até mesmo com ameaças á integridade físicas de alguns atacadistas e varejista que atuavam no mercado itabunense. Assessoramento

Assessorados pelo advogado Lafayette Borborema, que coordenou a primeira reunião para a criação da União Comercial, os empresários itabunense entraram com ações na Justiça e depois iniciaram um movimento com o objetivo de implantar uma entidade representativa visando defender os interesses do empresariado grapiúna. A primeira reunião, realizada em 24 de maio, foi presidida por Antônio Batista de Oliveira, e teve como secretario Francisco da Silva Lima. A agenda teve como ponto central a discussão dos problemas enfrentados pelo comercio da capital e do interior como consequencia da cobrança do imposto estadual de consumo.

Os protestos também foram direcionados no âmbito local com críticas aos coletores que atuavam na Vila, que de forma arbitraria vinham intimidando os comerciantes e, aliados às autoridades judiciárias, vinham inclusive ameaçando às empresas de maior porte estabelecidas no comercio local. Na mesma reunião, jornalista Mares de Souza anunciou o apoio do jornal O Labor à luta do empresariado local. Outra decisão importante foi o envio de um documento a Associação do Comercio da Bahia, pedindo a inclusão dos nomes empresários itabunenses no seu quadro de associados e ao mesmo solicitando a divulgação de um informe sobre reunião realizada em Itabuna.

O nome da União Comercial de Itabuna foi definido por unanimidade numa segunda e movimentada reunião realizada em 31 de maio. Na oportunidade, ficou decidida a expedição de uma carta circular para os comerciantes da Vila e marcada uma outra sessão para o dia 7 de julho, quando foi eleita a primeira diretoria, tendo como presidente Antônio da Silva Botelho e vice, Antônio Batista de Oliveira. Para a primeira secretaria foi eleito Francisco Benício dos Santos para a segunda secretaria, a tesouraria, ficou com Arthur Paiva Leite, ficando como vogais Firmino Ribeiro de Oliveira, Adolfo Maron, João Queiroz, José Torres e Athanázio Sanson.

MUDANÇAS DE ÚLTIMA HORA NA DIRETORIA DA UCI

Presidente eleito não tomou posse e assumiu no seu lugar o empresário Firmino Ribeiro de Oliveira, segundo mais voltado. A concorrida solenidade de posse da diretória da União Comercial de Itabuna, que foi realizada no Clube das Rosas com uma grande participação dos diversos segmentos da comunidade, começou com uma grande surpresa. O presidente eleito, coronel Antônio da Silva Botelho, não se apresentou pra tomar posse no cargo e nem comunicou oficialmente os motivos da sua ausência, sendo então substituído por proposta discutidas em assembleia pelo segundo candidato mais votado, coronel Firmino Ribeiro de Oliveira, que acabou aclamado por unanimidade pelos presentes e ocupando um lugar na historia da entidade. A solenidade de posse foi presidida por Antônio Batista de Oliveira, que coordenou a escolha do novo presidente empossado logo depois e em seguida passou a palavra para o advogado Lafayette Borborema, que convocou cada um dos diretores para prestar o juramento de posse.

Visivelmente emocionado, o advogado destacou a importância da instituição e os relevantes serviços que poderia prestar ao empresariado local, precisava estar unido e coeso na luta contra o arrocho fiscal imposto pelo Governo do Estado.

Falaram também na solenidade, destacando a importância da UCI, João Batista Lopes, Arthur Nilo Santana e o jornalista Mares de Souza, editor de O Liberal, que manifestou seu apoio integral à mobilização do empresariado grapiúna.


A UCI teve, após a sua criação, importância fundamental na luta em defesa da emancipação política de Itabuna, que foi sancionada em 28 de julho de 1910, pelo governador João Ferreira de Araújo Pinho. Na solenidade de instalação do Poço Municipal, em 21 de agosto, compareceu como representante da União Comercial de Itabuna o empresário Salvador Ayres de Almeida, que destacou a luta da comunidade em defesa da criação do mais novo município da Bahia. Também falaram na mesma solenidade os empresários Filadelfo Almeida a Arthur Nilo de Santana.

Em 1911, a entidade enfrentou uma crise interna que quase provocou a sua desativação. Mas, no ano seguinte, um grupo de associados liderados pelos empresários Carlos Maron, Filadelfo Almeida, Israel Casaes e Antônio Gonçalves Brandão, retomou as atividades e conseguiu uma grande vitória política e econômica. Os empresários negociaram com o governo a suspensão das execuções fiscais e o parcelamento dos impostos em atraso.

Sob a presidência de Antônio Gonçalves Brandão, que também foi eleito no mesmo ano para a intendência municipal, a União Comercial foi transformada em Associação Comercial de Itabuna e, inteiramente reformulada, se filiou à Associação Comercial da Bahia (ACB), que reunia varejista da capital e do interior. Na área política, ACI apontou o empresário Manoel da Fonseca Dórea para intendência municipal, sucedendo a Antônio Gonçalves Brandão. A indicação teve o objetivo de conciliar os conflitos de graves proporções entre os grupos político liderados por Gileno Amado e José Kruschewsky, que também, posteriormente, chegaram à intendência municipal.

Para enfrentar o clima insegurança reinante na cidade, onde havia um numero crescente de arrombamentos, foi implantada, em 1917, a Guarda Noturna Comercial, que começou com um efetivo de 10 homens e depois foi aumentando para 25 seguranças, coordenados pelo suíço Franz Scheidegger. Em 1925 foi iniciada a construção da sede da ACI, na Rua Osvaldo Cruz, um projeto do arquiteto Oscar da Silva Lima. A obra foi concluída em 30 de setembro de 1934 e o atraso foi uma consequencia da crise econômica que afetou a economia mundial após a quebra da Bolsa de Nova Yorque, em 1929, com reflexos no mercado de cacau, principal produto da economia regional.

O professor João Cordeiro, do Centro de Documentação e Memória Regional da Universidade Estadual de Santa Cruz (Cedoc), observa que ACI teve, ao longo da sua história, um importante papel, participando da discussão e solução de problemas econômicos e sociais, bem como da construção do Aeroporto Tertuliano Guedes de Pinho, nos idos dos anos 50 do século passado. Ele destaca, ainda que a entidade sempre pugnou em defesa dos interesses não apenas do comércio, um importante segmento da economia local, mas também dos demais setores produtivos, em especial a agricultura que tinha peso decisivo na economia grapiúna e Sul-Baiana

LINHA HISTÓRICA DA ACI
1908 – Fundação da União Comercial de Itabuna, implantada em 14 de junho para defender os interesses do empresariado que enfrentava um forte arrocho fiscal;

1910 – Participação na emancipação política e administrativa em 28 de julho;

1912 – Em 12 de maio passa a ser Associação Comercial de Itabuna e renegocia as dívidas fiscais em atraso, com parcelamento dos pagamentos e suspensão da execução fiscal dos empresários;

1917 – Implantação da Guarda Noturna Comercial;

1921 – Reconhecimento da ACI como utilidade publica;


1925 – Iniciadas as obras da sede própria na Rua Osvaldo Cruz, um projeto do arquiteto Oscar da Silva Lima, durante a gestão do empresário e agricultor Martinho Conceição;

1927 – Como resultado de uma campanha encetada pela ACI e outras entidades de classe, foi inaugurada em 27 de setembro, a agência do Banco do Brasil, na Rua Lopes, hoje Duque de Caxias e em frente à Praça Getúlio Vargas;

1928 – Inaugurações da rodovia Ilhéus - Itabuna;

1931 – ACI apoia a criação da Instituição de Cacau da Bahia;

1934 - Inaugurações da sede própria da ACI

1943 – A ACI funda a Escola Comercial, que tinha o objetivo de formar técnicos em contabilidade para as empresas locais. A Escola Técnica de Comércio de Itabuna foi fundada dez anos depois.


1940/50 - Apoio à construção do aeroporto Tertuliano Guedes de Pinho;

1958 - Apoia a luta da Fiar pela recuperação do Estádio da Lida;

1960 – Lidera a luta pela implantação do corpo de Bombeiro;

1962 – A ACI apoia com recursos próprios a festa em a homenagem a itabunense Maria Olívia Rebouças, que fora eleita Miss Brasil. O evento foi organizado por Célio Franco, Elza Cordier, Paulo Lima, Simone Neto e Adelino Kfoury;

1967 – Na enchente de 1967, a ACI não só atuou no apoio aos empresários que tiveram prejuízos com a inundação, como também colaborou fornecendo alimentos e agasalhos para os desabrigados;

1980 – A antiga sede foi demolida e iniciada a construção do Edifício União Comercial, com 10 andares, durante a gestão do empresário José Carlito dos Santos que também lançou vários empreendimentos imobiliários como o edifício Santa Paula, na Avenida Fernando Cordier;


1987 – Inicia uma mobilização em defesa da região atingida pela vassoura de bruxa;

1995 – Participação na luta em defesa da criação do curso de Medicina da Uesc, hoje uma referência na Bahia;

2008 – Projeto de Vídeo Monitoramento Digital, visando à segurança comunitária, com, a instalação de 20 câmeras operadas pelo 15º Batalhão da Policia Militar;
BIBLIOGRAFIA:
Jornal Agora, Itabuna - publicação: 28 de Julho de 2008, Edição: especial.

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