Estivemos hoje às 9h
na Missa celebrada pelo Monsenhor Moisés, na Catedral de São José, dedicada aos
100 anos de José Soares Pinheiro (Pinheirinho), caso ele tivesse entre nós,
solicitada pelos seus filhos. Itabuna demonstrou que realmente, é uma cidade que
não saber preservar seus valores morais e históricos, pois, no evento tinha
pouca gente; Nenhum vereador, nenhum ex-prefeito, nenhum ex-deputado e nenhum representante
do Executivo. Mas, estavam por lá, o empresário Helenilson Chave, Roberto
Mariano, Geraldo Pedrassoli, Fernando Vita, José Maria Zanon, Ramiro Aquino,
Dr. Afonso Malta, o bioquímico Zé Neto, Farid Maron, Pedro Arnaldo, Renato
Costa etc... Como a qualidade não se mistura a quantidade... Vamos entregar o
assunto a Deus! Itabuna é mesmo uma cidade corporativista, individualista, e
sem união... Que me perdoem a sinceridade! Afinal de contas Pinheirinho foi uma
grande personalidade e autoridade de nossa cidade.
Itabuna hoje é uma terra de
ninguém. Em grande parte, isto se deve a péssimos gestores, em sucessão,
culminando em uma acefalia gerencial e administrativa atual.
Desnecessário dizer que, todos os maus gestores foram escolhidos democraticamente pelo povo, d'onde se conclui que agora todos colhem os frutos plantados pela maioria. Nomes como José Soares Pinheiro e Albuquerque Amorim, foram preteridos em detrimento de políticos populistas, demagogos e despreparados, que se diziam populares e aclamados como "Pais da pobreza" isto porque entravam na casa dos pobres, comiam da panela de barro e trocavam o voto por 03 telhas de Eternite, um paletó lascado atrás ou uma dentadura. Pinheirinho, como era conhecido, era um empresário 30 anos a frente do seu tempo, entre seus muitos empreendimentos, construiu com recursos próprios, em uma de suas fazendas, uma hidroelétrica, que iluminava e movimentava as máquinas do seu agronegócio e cuja energia excedente, ele cedia gratuitamente e iluminava s cidade de Una, cumprindo assim um importante papel de responsabilidade social. Nunca se candidatou a nada, naquela cidade, era filantropia pura e da boa. Vi ainda muito jovem, na Praça Adami, no início da década de 70, um comício do Albuquerque Amorim, em que ele montou duas imensas telas na praça, e em dupla projeção, expôs em uma destas telas, gráficos da produção de cacau do Sul da Bahia e suas tendências futuras, onde já alertava, naquela época de ouro do cacau, o que teria que ser feito para evitar as crises que viriam e o empobrecimento da região, que aconteceria, se aquelas medidas não fossem tomadas. Na outra tela, com dados alfa numéricos, ele explicou de maneira espetacular, o que os gráficos mostravam. Eu tinha quinze anos, saí maravilhado do comício, pena que não tinha idade para votar, tentei convencer alguns adultos a apoiar aquele admirável e elegante homem, esforço em vão. Desnecessário dizer que, todas as suas projeções se cumpriram, com epicentro no fim da década de oitenta, 20 anos depois. Bingo! Do exposto, dá pra ter pena de nós, "pobres Itabunenses? ". Não! Importante dizer que, os "esquerdistas" calçaram nestes dois homens a carapuça ou pecha de "ricos e elitistas" desconstruindo assim suas imagens, frente ao populacho... Cada povo tem o governo que merece e cada governo tem a cara do seu povo. A semeadura é facultativa, mas a colheita é obrigatória. Pinheirinho, Amorim, meus caros, de onde estiverem, estarão ou penalizados ante a pobreza moral e intelectual deste povo Grapiúna, ou resgatados e reconhecidos, em hostes mais elevadas. Obrigado, por seus exemplos de vida, que também contribuiu para a formação daquele jovem Grapiúna de 15 anos.
Veja outros comentários
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja responsável