terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Vendas de carros caem quase 25% em 2015.

EM 


Do blog do Coronel - Em 2012, no dia em que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou IPI zero para carros 1.0 como forma de estimular o consumo e a economia, o ex-presidente fez uma brincadeira ao dizer que, em São Paulo, muita gente deve culpá-lo pelos problemas no trânsito, já que "foi esse Lula que deu : carro para pobre". Em 2015, o mercado de carros de passeio caiu quase 25%. Ou seja: de cada quatro brasileiros que comprava um carrinho mil, um não pode mais comprar. E muitos outros tiveram que vender ou entregaram seus veículos para as concessionárias.

As vendas de veículos (entre carros, utilitários leves, caminhões e ônibus) encerraram o ano passado com queda de 23,9%, maior retração percentual do mercado brasileiro desde 1987. Segundo fontes do setor automotivo, as montadoras comercializaram 2,191 milhões de unidades entre janeiro e dezembro de 2015 contra 2,880 milhões de 2014. Na próxima quinta-feira a Anfavea, associação que representa as montadoras, divulgará os dados oficiais relativos à produção de veículos no ano passado.

Com o recuo de 2015, o setor automotivo acumula três anos consecutivos de queda nas vendas — somando perda de 32,5% — depois de um ciclo de nove anos de alta. Raphael Galante, consultor da Oikonomia, atribui o desempenho negativo da indústria no ano passado à baixa confiança do consumidor no futuro e ao crédito mais escasso. Em sua estimativa, o segmento automotivo só voltará a ter aumento nas vendas em 2019.

— O primeiro passo para a reversão desta curva é a retomada da confiança do consumidor. E isso só ocorrerá quando a conjuntura econômica se mostrar equilibrada novamente — explicou.

No levantamento da Oikonomia, com série histórica iniciada há 20 anos, a retração nas vendas de veículos em 2015 chega a 25,58%. Pelos cálculos da consultoria, as montadoras comercializaram 2,296 milhões de veículos no ano passado contra 2,474 milhões de 2014.

Durante o ano mais de 400 revendas de carros fecharam as portas e 26 mil empregados foram demitidos, segundo dados da Fenabrave. A entidade estima ainda que os cortes podem atingir 40 mil funcionários até a metade deste ano.

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