quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Moro paga conta de luz para PF poder prosseguir na Lava Jato

EM 

Os investigadores da Operação Lava-Jato pediram ajuda ao juiz Sérgio Moro para pagar consertos de carros e contas de luz da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba no ano passado. O juiz autorizou a liberação de R$ 172 mil recuperados pela Justiça do Paraná e disse que as investigações não poderiam ser “interrompidas por falta de dinheiro para despesas básicas”. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no entanto, negou que tenha havido falta de verba

Os recursos usados para pagar os custeios da manutenção da sede da corporação em Curitiba saíram de uma conta judicial ligada a outro caso de lavagem de dinheiro investigado no Paraná: o Banestado. A informação sobre a liberação de recursos por Moro foi publicada pelo site da revista “Veja”.

A verba foi depositada pelo doleiro Hélio Laniado, em 2006, como parte de um acordo de delação premiada assinado com a Justiça. Laniado e o doleiro Alberto Youssef formaram o núcleo financeiro do esquema responsável pela lavagem de dinheiro e pela evasão de divisas que movimentou mais de US$ 1,2 bilhão entre 1995 e 2002.

Em 2014, a Superintendência da PF de Curitiba enviou ofício a Moro pedindo autorização para usar R$ 1 milhão, recuperado pelo acordo, para melhorar a estrutura da corporação no Paraná. A ideia era implantar um sistema de câmeras de vigilância e alarme para unidades da PF no estado. O juiz autorizou.

Em novembro do ano passado, a PF mandou outro ofício pedindo que parte dos recursos fosse usado para pagar contas de luz e ajudassem na manutenção de veículos. Moro autorizou com um alerta: “Embora não seja muito apropriado a destinação dessas verbas para custeio, as investigações da Lava-Jato, por sua relevância, não podem ser interrompidas por falta de dinheiro para despesas básicas de custeio”, afirmou o juiz no despacho.

O corte de R$ 133 milhões no orçamento da PF em 2016 preocupa entidades ligadas ao órgão. A Associação dos Delegados da PF (ADPF) disse que a restrição de verbas poderá afetar até as operações hoje priorizadas, como a Lava-Jato e a Zelotes, devido à dificuldade de pagar diárias e passagens aos policiais. (Com informações de O Globo)

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