sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Festa de Santa Bárbara deve levar mais de 10 mil pessoas ao Pelourinho

Festa de Santa Bárbara completa  374 anos. (Foto: Reprodução/Facebook)
Festa de Santa Bárbara completa 374 anos. (Foto: Reprodução/Facebook)
Do - jornaldamidia.com.br - Uma das manifestações populares religiosas mais antigas e permanentes da Bahia, a Festa de Santa Bárbara completa em 2015, 374 anos. Devotos brasileiros e até de fora do Brasil chegam anualmente em Salvador no 4 de dezembro para participar do festejo que, devido a sua importância, desde 2008, é um Patrimônio Imaterial da Bahia.

Mais de dez mil pessoas são esperadas para os festejos, que começaram às 5h com uma alvorada festiva na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Largo do Pelourinho. A Festa de Santa Bárbara, que tem entre seus fundamentos o sincretismo religioso, também é celebrada pelos seguidores do candomblé, onde é representada por Iansã, a orixá dos ventos e das tempestades.


A Festa de Santa Bárbara remonta o ano de 1639, quando o casal Francisco Pereira e Andressa Araújo construiu uma capela devocional no bairro do Comércio, às margens da Baía de Todos os Santos. Com o tempo, o espaço se transformou em Mercado de Santa Bárbara. Atualmente, a travessa com nome da santa fica onde está o prédio do antigo Banco Econômico, próxima à Praça da Inglaterra. 

De acordo com a antropóloga do Ipac e autora do artigo “O Culto a Santa Bárbara na Bahia”, Nívea Alves, depois de incêndios no mercado do Comércio, foi inaugurado, em 1874, um novo Mercado de Santa Bárbara, na Rua da Vala, que depois veio a ser chamada de Baixa dos Sapateiros ou Avenida José Joaquim Seabra. “Esse mercado tinha Nossa Senhora da Guia como padroeira, mas mudou para reverenciar Santa Bárbara”, afirma Nívea. A partir daí, a festa começa a ser realizada no Pelourinho.

Segundo dados da pesquisadora, depois de sair do Comércio, a imagem da santa foi para a Igreja do Santíssimo Sacramento, na Rua do Passo, perto do Largo do Carmo. “A partir de 1987 a imagem passou a ser guardada na Igreja do Rosário dos Pretos”, explica a antropóloga.

Atualmente, após a missa campal celebrada no Largo do Pelourinho, começa uma procissão que percorre ruas do Centro Histórico. No roteiro, o Largo do Pelourinho, Terreiro de Jesus, Praça da Sé, Praça Municipal, Ladeira da Praça e a sede do Corpo de Bombeiros, onde a santa é homenageada por ser padroeira desses profissionais.

A procissão segue pela Baixa dos Sapateiros até o Mercado de Santa Bárbara, onde é servido um farto Caruru, patrocinado pelo governo estadual por meio do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI).

O mercado recebeu nova pintura interna e externa do Ipac. Já a montagem do palco, a produção do som e logística da festa é feita pelo CCPI. O Ipac também fez reparos e pinturas na Igreja do Rosário dos Pretos, cuja Irmandade organiza a festa.

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