Antonio
Nunes de Souza*
Solicitar
que sejam valorizados condignamente, não é, em nenhuma hipótese, querer
privilégios para uma classe específica. Mas, se formos sensatos, humanos,
solidários e inteligentes, temos que reconhecer que os profissionais da
educação, absurdamente, mal remunerados, pouco prestigiados pelo próprio povo
e, principalmente, pelos governos ao longo de muitas dezenas de anos, que pagando
salários aviltantes, desejam um trabalho perfeito, ou quem sabe, que esse
trabalho seja falho graças aos salários desestimulantes. Naturalmente, com as
falhas bilaterais, sofremos, grosseiramente, oferecendo uma educação
claudicante e precária!
Sempre
ouvi dizer que o importante é não “educar para melhor manipular”. Essa frase já
se popularizou de tal forma, que o próprio povo já admite essa mecânica
grosseira e torpe. Temos visto grandes facilitações nas formações educacionais,
para que possam ser supridas as necessidades, porém, comprova-se facilmente que
essa atitude somente passa a ser uma maneira horrível de credenciar pessoas não
qualificadas para as salas de aula!
Sou
um apologista fervoroso dessa classe que, para mim, é a mais importante da
terra. Temos que, honradamente, colocar tapete vermelho para os professores,
por serem essas pessoas que fazem o mundo melhorar ampliando suas pesquisas,
novas descobertas, indústria e comércio fortalecidos, agropecuária invejável e,
praticamente, todas as vertentes na face da terra. Principalmente e
essencialmente, formando homens de bem que tanto precisamos, políticos com
moral e cidadania, que realmente se preocupem em dar ao povo assistência
necessária e merecida!
Embora
a educação básica seja de responsabilidade municipal, logicamente o governo
estadual e federal tem interveniências diretas para que as aulas tenham suas
fluências normais, não atropelando barbaramente os alunos. Vejo em nosso
município uma greve de aproximadamente 60 dias que, se olharmos analisando os
sérios prejuízos que estão sendo causados, ficamos triste. Pois deveria ter uma
maneira mais sensata para essa reivindicação, que acho justa, mas, que não seja
um sofrimento abusivo com os pobres alunos.
Vamos
colocar nossas cabeças pensantes e inteligentes para funcionar, demonstrar que
somos sensatos e, com orgulho sem estarmos sendo subservientes, voltar as salas
entregando aos seus sindicatos, agremiações ou a própria justiça, para que
sejam solucionadas suas pertinentes exigências!
Quando
estudei na infância e juventude, quando alguém dizia em qualquer lugar que era
professora, era olhada com o maior respeito e admiração. Hoje, lamentavelmente,
quando alguém tem a coragem de dizer que é professora, é olhada com deboche e
desprezo, pois significa que é uma pobre coitada! Isso deixa-me indignado!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL antoniodaagral26@hotmail.com
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