O Sindicato dos Produtores Rurais de Canavieiras,
em parceria com Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb) e
o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), promoveu na manhã desta
segunda-feira (20), o primeiro dos cinco encontros que fazem parte do projeto
Negócio Certo Rural (NCR), do Pró Senar Cacau. Os eventos visam integrar e
capacitar o trabalhador e produtor rural em todos os aspectos da cadeia produtiva.
Informa o consultor em organização social do Senar, Sival Menezes,
o programa tem o objetivo de contribuir para a melhoria da gestão da
propriedade rural por meio da capacitação do produtor, tendo como foco
principal o empreendedorismo. “Abordamos a
importância do conhecimento técnico e de uma boa gestão para garantir o sucesso
da gestão de cadeias produtivas. Nós entendemos que o empreendedor precisa conhecer
de gestão, tratar a atividade rural como empresa e saber gerenciar suas
complexidades”, afirma o consultor.
O presidente do Sindicato, Tancredo Melo, afirma que o programa
também auxilia os produtores na melhoria dos negócios já existentes e na
implementação de novos projetos na propriedade. “Num
período de 90 dias, o produtor recebe noções de marketing, logística,
gerenciamento financeiro e de pessoal, ou seja, aprende a planejar, gerenciar e
controlar a atividade rural com eficiência”, explica Tancredo.
Um ponto bastante comemorado pelo vereador e
produtor rural Jorge Garcia é a formação empreendedora que o programa
possibilita aos produtores. “Nós aprendemos ao longo do curso, que conta com
uma parte teórica e prática, como transformar a fazenda em uma empresa. Só
seremos habilitados para a segunda fase se houver 80% de frequência nas aulas teóricas,
portanto estamos sendo tecnicamente preparados para gerir nossas propriedades
rurais”, explica o vereador.
Sival explica que trabalha com os produtores a
ideia de que agronegócio – de base empresarial ou familiar – envolve toda a
cadeia produtiva: “O antes da porteira, o dentro da porteira e o depois da
porteira da propriedade. Desde a origem dos insumos, os processos e o produto
final”. Para Sival, o agricultor precisa adequar sua atividade visando atingir
as boas práticas agropecuárias que o mundo globalizado exige, usando a
tecnologia a seu favor, produzindo mais com menos.
Para o instrutor do curso, o empreendedorismo e a
tecnologia serão os responsáveis não só pela melhoria da qualidade e
produtividade alcançadas no campo, como pela substituição crescente da mão de
obra. Segundo Sival, dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), 91 % da população brasileira, até o ano de 2030, estarão
morando nos centros urbanos e a atividade agropecuária terá que estar pronta para
essa nova realidade.
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