terça-feira, 14 de julho de 2015

PF faz busca na casa do filho de Aroldo Cedraz, presidente do TCU.


Tiago Cedraz foi citado na delação premiada do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa e é acusado de receber um pagamento de R$ 1 milhão.
Tiago Cedraz  foi citado na delação premiada do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa.  Ele  foi acusado de receber um pagamento de R$ 1 milhão para que atuasse em processo sobre um contrato da UTC. (Foto: Reprodução/TV Justiça)
Tiago Cedraz foi citado na delação premiada do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa. Ele foi acusado de receber um pagamento de R$ 1 milhão para que atuasse em processo sobre um contrato da UTC. (Foto: Reprodução/TV Justiça)

A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa e no escritório de advocacia de Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz. Os policiais estiveram nos imóveis do advogado em Brasília na manhã desta terça-feira. Tiago foi citado na delação premiada do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa.

O advogado foi acusado de receber um pagamento de R$ 1 milhão para que atuasse em processo sobre um contrato da UTC na usina nuclear Angra 3, em Angra dos Reis (RJ). A quantia, segundo a TV Globo, deveria chegar ao ministro Raimundo Carreiro.

Ainda conforme a delação, Tiago é acusado de vender informação privilegiada do TCU. Pessoa afirmou ter feito pagamentos mensais de R$ 50 mil ao advogado para obter informações de interesse da empreiteira no tribunal.

As buscas e apreensões feitas pela PF levaram em conta indícios já levantados no curso dos inquéritos abertos em março deste ano, com uma exceção: as diligências cumpridas na casa e no escritório de advocacia de Tiago. Os pedidos de busca de documentos, no caso de Tiago, levaram em conta a delação premiada de Ricardo Pessoa.

O advogado está sob investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) porque a petição inicial trata da suposta participação de um ministro do TCU, que tem foro no STF, conforme fontes da PF. O pai de Tiago, Aroldo Cedraz, não seria alvo da investigação.

Em nota, o escritório Cedraz Advogados diz considerar "uma violência sem precedentes, um atentado ao regular exercício da profissão, medidas adotadas autorizadas com base em uma delação premiada negociada por um réu confesso que mente a fim de se beneficiar".

Ainda de acordo com a nota, o escritório afirma nunca ter patrocinado nenhum caso do Grupo UTC perante o TCU. Segundo fontes com acesso às investigações, as informações repassadas por Ricardo Pessoa não teriam servido de fundamentação para os demais pedidos da Operação Politeia. (Vinícius Sassine e Eduardo Breciani)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja responsável

Mais de 80% das pastagens do Sul da Bahia podem ser convertidas em Sistemas Agroflorestais com cacau

Comitiva de Camarões esteve em Ilhéus

Comitiva de Camarões esteve em Ilhéus para conhecer a nossa forma de produzir cacau. Um dos principais produtores de cacau no mundo, represe...