quarta-feira, 15 de julho de 2015

Carta aberta à população dos Trabalhadores de Saúde do Estado

O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia comunica à população que os (as) servidores da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia - SESAB vão paralisar as atividades a partir do dia 17.07.2015, como protesto, em virtude da precariedade das condições de trabalho e da forma autoritária com que o governo vem tratando as questões da Saúde. Atualmente, cerca de 30 mil servidores atuam na rede de serviços da SESAB, composta por hospitais, centro de atenção especializada, regulação, serviço de vigilância à saúde e ações administrativas e educacionais. Esses trabalhadores enfrentam grandes dificuldades para prestar assistência qualificada à população. Os problemas são causados pela carência de recursos financeiros, material, equipamentos e leitos, pelo déficit de pessoal e pela privatização dos serviços através da terceirização de hospitais e dos vínculos trabalhistas, organizações sociais e parcerias público - privada. 
Além das dificuldades enfrentadas no dia a dia, os servidores amargam baixos salários, falta de efetivação de plano de carreiras para profissionais do grupo saúde e técnicos administrativos e reajustes salariais pífios, o que transforma a atividade assistencial em fonte risco e sofrimento para a população e para os profissionais. A prioridade anunciada para a Saúde, pelo governador do Estado não vem se verificando, pois além de não resolver os problemas dos serviços, o governo, extinguiu as diretorias regionais de saúde, de forma abrupta, sem discutir com servidores e população e, no mês de junho, sem qualquer comunicação cortou o adicional de insalubridade, parcela correspondente a 30 a 40% do salário base. 
A situação está se configurando em desmonte da estrutura do SUS no estado, com grande risco para a situação epidemiológica e sanitária, uma vez que as antigas Dires desenvolviam ações de prevenção e controle dos agravos à saúde, a exemplo de imunização, controle de doenças como dengue, chikunqunya, zica vírus, sarampo, tuberculose, hanseníase, entre outras. Diante da difícil situação de trabalho e da iminência da perda de outros direitos, não restou à categoria outra alternativa senão a paralisação como forma de pressionar o governo a revogar tal decisão. A assistência nas emergências e à pacientes internados será mantida. Consideramos que não cabe, em uma era democrática, o governo adotar medidas prejudiciais aos trabalhadores com as entidades de classe, visando a construção de uma relação honesta e transparente que contribua para a satisfação e melhor desempenho profissional.
POR UM SUS PUBLICO E DE QUALIDADE!
NÃO À PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA!
NÃO AO CORTE DE DIREITOS DOS TRABALHADORES!
Por - Elizabeth de Souza Soares

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja responsável

Mais de 80% das pastagens do Sul da Bahia podem ser convertidas em Sistemas Agroflorestais com cacau

Itaipava Premium volta ao mercado em edição especial

Um dos produtos mais queridos da marca, a Itaipava Premium é relançada com receita original, embalagem retrô e selo comemorativo de 30 anos ...