sexta-feira, 15 de maio de 2015

Ricardo Pessoa quer vender participação no Aeroporto de Feira de Santana

oa quer vender participação no Aeroporto de Feira de Santana

Contrato de concessão de 25 anos foi assinado com a Agerba, a agência de regulação do Governo da Bahia.

O baiano Ricardo Pessoa foi preso em novembro do ano passado e passou mais de 160 dias na cadeia. Assinou ontem delação premiada e promete abrir o bico. A UTC Engenharia, de sua propriedade, está em dificuldades e quer vender sua parte no Aeroporto de Feira de Santana, onde tem um contrato de 25 anos assinado com a Agerba, a agência de regulação da Bahia.
O baiano Ricardo Pessoa foi preso em novembro do ano passado e passou mais de 160 dias na cadeia. Assinou ontem delação premiada e promete abrir o bico. A UTC Engenharia, de sua propriedade, está em dificuldades e quer vender sua parte no Aeroporto de Feira de Santana, onde tem um contrato de 25 anos assinado com a Agerba, a agência de regulação da Bahia.
Endividado até o pescoço (rombo de R$ 1,2 bilhão), o empreiteiro baiano Ricardo Pessoa, apontado como um dos líderes do esquema de corrupção na Petrobras, está querendo se desfazer da sua parte no Aeroporto de Feira de Santana. Em 2013, a UTC Engenharia ganhou um contrato de 25 anos para explorar o Aeroporto de Feira de Santana. O contrato foi assinado no dia 29 de maio daquele ano com a Agerba (Agência de Regulação dos Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia). Para esse negócio foi criada a FSA (Aeroporto de Feira de Santana SA), que tem também a participação da Sinart (Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico Ltda.). A Sinart explora, entre outros terminais na Bahia, o Terminal Rodoviário de Salvador.

Ricardo Pessoa passou mais de 160 dias na cadeia. Quando foi preso, em novembro de 2014, na sétima etapa da Operação Lava Jato da Polícia Federal, o JORNAL DA MÍDIA divulgou reportagens sobre alguns negócios envolvendo a UTC e o Governo da Bahia, como o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, a construção da ponte Ilhéus-Pontal, o Aeroporto de Feira de Santana, entre outros. Com o título Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, é primo de diretor da Agerba e tem negócios na área, a matéria do JM sugeriu ao governo explicar melhor como a UTC conseguiu a concessão do Aeroporto de Feira de Santana. Só foi uma sugestão!

Apesar de considerar na época (19 de novembro) que o parentesco entre Ricardo Pessoa, dono da UTC, e Eduardo Pessoa, este diretor-executivo da Agerba, um fato irrelevante, o JORNAL DA MÍDIA chamava a atenção para o negócio envolvendo as duas partes - a empreiteira UTC e a agência de regulação do Governo da Bahia, através do contrato de concessão de 25 anos assinado e publicado com destaque no site oficial da UTC Engenharia (confira abaixo a reprodução). Agora, Ricardo Pessoa anuncia o desejo de passar adiante sua participação no Aeroporto de Feira. E no de Viracopos (Campinas-SP), também.

O site oficial da UTC Engenharia, de Ricardo Pessoa, destaca o contrato de concessão assinado com a Agerba para a operação do Aeroporto de Feira de Santana (Arquivo/Jornal da Mídia)


Pessoa Está Debilitado - Em ampla reportagem nesta sexta-feira (15), o jornal Folha de São Paulo informa que o grupo de Ricardo Pessoa ficou debilitado com a Operação Lava Jato. Depois de faturar R$ 5,5 bilhões no ano passado, a UTC Engenharia está proibida, junta com outras 23 empreiteiras, de participar de licitações da Petrobras e de obter novos financiamentos.

O então governador Jaques Wagner Wagner exibe ao lado do prefeito Jabes Ribeiro, o contrato para construção da ponte Ilhéus-Pontal. Foi a UTC Engenharia que ganhou o contrato. Veja quem está sentadinho à esquerda, na última cadeira: Ricardo Pessoa. Seja atento também, e confira que Mário Negromonte também está presente. (Foto: Prefeitura de Ilhéus/Reprodução)


"O grupo precisa encolher para não desmonorar num ambiente marcado pela desconfiança em relação às empreiteira e pelo corte nos investimentos do governo e da Petrobras, principaisclientes do setor", diz a Folha.

Ricardo Pessoa comprou a UTC no final dos anos 90 da empreiteira OAS. Na época minúscula, a empresa se transformou numa das maiores fornecedoras da Petrobras acompanhando o boom de investimentos da estatal durante o governo Lula.

Hoje a empresa é acusada pelo Ministério Público de pagar propina para conseguir contratos com a Petrobras. Nesta terça-feira (13), Pessoa, da UTC, fechou um acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República para contar detalhes sobre o esquema de corrupção na estatal.
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