terça-feira, 7 de abril de 2015

Pesquisa revela que desgaste de Dilma chegou a Lula: 16,4% e 17,9%

Tentando se descolar do desgaste de Dilma, Lula vaza informações para passar como conselheiro e salvador, como se nada tivesse com a crise.

Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rouseff
Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rouseff
Como era de se esperar, o desgaste de Dilma teria que chegar e chegou a Lula, seu criador. Agora, criatura e criador fazem parte do mesmo inferno astral. Lula se movimenta recebendo políticos, realizando reuniões políticas como a recente no Rio com PMDB, e vaza informações das reuniões para colunistas e matérias nos jornais e rádios.

As linhas dos vazamentos são sempre as mesmas: críticas ao governo Dilma, sugestões de mudanças no governo e na política de comunicação. Cinicamente ressalva sua proximidade com Dilma.

O que Lula pretende é se descolar do desgaste de Dilma e passar como conselheiro e salvador, como se não tivesse nada com isso. A cada dia as relações do governo Lula com os desmandos na Petrobrás, na Receita/Carf, no setor Elétrico, no setor Externo..., ficam mais expostas. Queimaduras que já são de segundo grau.

Em 2018, o PT não tem alternativa fora de Lula, a menos que queira passar um vexame de depois de 16 anos ter um candidato para não chegar a 5%. E aí estaria carimbada a memória do ciclo Lula/Dilma. O PT exigirá a presença de Lula, mesmo que para perder, mas fazer uma bancada federal razoável.

5. As pesquisas de opinião para as presidenciais de 2015 podem estar muito longe das eleições. Mas servem para medir a avaliação –comparada- dos candidatos potenciais. Nesse sentido devem incluir Lula além de Marina e Aécio.

O Instituto Paraná Pesquisas, que vem realizando pesquisas presidenciais além das locais, foi a campo entre os dias 26 e 31 de março 2015 entrevistando 2002 eleitores, padrão das pesquisas similares. Aécio obteve 37,1% das intenções de voto e Marina 24,3%. Em 2014, no primeiro turno, Aécio chegou a 33,5% e Marina 21,3%, crescendo mais ou menos 3 pontos cada um. O que se pode dizer é que ambos não perderam nem ganharam nada nessa crise pós-eleitoral.

Mas o fundamental é avaliar como anda Dilma nessa pesquisa e o que aconteceria com Lula –candidato em 2018- em seu lugar. Dilma alcançou 16,4%, mostrando o desgaste que enfrenta. Mas Lula obteve porcentagem semelhante, com 17,9%. Fica claro que o desgaste de Dilma é hoje o mesmo desgaste de Lula. Lula e Dilma são, hoje, um mesmo personagem eleitoral. E a primeira pergunta foi feita com Lula e não com Dilma, portanto, sem que Dilma contaminasse Lula.

Lula tem esses e outros números. Sabe que chegou nele. Finge que atua para proteger Dilma. Mas, na verdade, atua para se proteger e ver se se salva desse incêndio de grandes proporções. (Ex-Blog de Cesar Maia)

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