A Associação
dos Pequenos Agricultores de Ilhéus, Una e Buerarema realizará uma audiência
pública nesta sexta-feira (13), às 14 horas, no auditório do escritório da
Ceplac, em Ilhéus, para discutir e buscar soluções para o problema da
demarcação de terras no Sul da Bahia. A audiência vai contar com a participação
de representantes dos governos estadual e federal, pequenos agricultores e
lideranças políticas regionais, além de membros da Comissão de Direitos Humanos
da Assembleia Legislativa da Bahia.
A deputada
estadual Ângela Sousa (PSD) Ângela Sousa voltou a cobrar dos governos Federal e
Estadual uma solução pacifica e justa para o problema da demarcação de terras
no Sul da Bahia. De acordo com Ângela Sousa, se houver a necessidade de
realizar a demarcação, é preciso que se utilizem critérios justos e coerentes,
ao contrário do que propõe a Funai, que prevê a destinação de 47 mil hectares
de terras produtivas, tirando de pequenos agricultores para entregar a pessoas
que se autodeclararam índios.
No convite
para a audiência o presidente da Associação dos Pequenos Agricultores de
Ilhéus, Una e Buerarema, Abiel Silva, explica que o Sul da Bahia vem sofrendo
com a insegurança, a violência e o medo desde que a Funai decidiu deflagrar o
processo de demarcação de 47 mil hectares de terras produtivas na região. “Essa
situação de conflitos e de guerra não pode continuar. O Sul da Bahia precisa
voltar a produzir num clima de paz, segurança e harmonia”, complementou o
presidente da Associação.
Ângela Sousa
informou que essa solução precisa acontecer o mais rápido possível, já que a
região vive em clima de guerra, gerando sérios prejuízos para toda a Bahia. A
deputada informou que desde o ano de 2008 vem alertando os governos para esse
conflito e como nenhuma ação mais eficaz foi realizada, a situação foi se
agravando, com o registro de mortes e com inúmeros casos de pequenos produtores
que tiveram suas terras invadidas, foram expulsos de suas propriedades, sendo
espancados e humilhados. Ângela Sousa reafirmou que essa situação de conflitos,
medo e insegurança não pode continuar, sendo necessária uma intervenção maior
do Estado e do Governo Federal para que o problema seja resolvido.
Por - Edy Camargo
Foto: Cristiano Cruz
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