A oposição na Câmara dos Deputados entregou às 22h40 desta terça-feira (3/2) o pedido de criação de uma nova CPI para investigar o esquema de corrupção na Petrobras, desmantelado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O documento, entregue pelos líderes do PSDB, do DEM e do PPS, obteve 186 assinaturas, 15 a mais que as 171 exigidas pelo regimento da Câmara.
O plano original das oposições era que a CPI fosse protocolada nesta quarta (4/2). Porém, havia um temor de que outros pedidos de investigação fossem feitos antes, inviabilizando a CPI pelos próximos seis meses. O regimento da Câmara só permite o funcionamento de cinco comissões do tipo por vez. “Se nós protocolizássemos amanhã, corríamos o risco de ficar sem vaga, pois há algumas outras CPIs em fase de coleta de assinaturas. A nossa foi a terceira”, explicou o líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP).
Até o momento, a Mesa já havia recebido dois pedidos de CPIs: uma para investigar os planos de saúde, do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), e outra para investigar os institutos de pesquisas eleitorais, do deputado Ricardo Barros (PP-PR).
“É preciso ter os nomes dos deputados e senadores que eventualmente se envolveram nessa corrupção, nesse assalto à Petrobras. O Brasil tem o direito de saber quem são esses nomes. Quem foram aqueles que amesquinharam o que era a Petrobras. É um dever dessa Casa mostrar quem são”, disse Carlos Sampaio depois de protocolar o pedido.
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