terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Falar em impeachment de Dilma não ‘é golpismo'', afirma líder do PSDB no Senado

Falar em impeachment de Dilma não ‘é golpismo'', afirma líder do PSDB no Senado
Senador Cássio Cunha Lima (Ailton Freitas/O Globo/Reprodução)
Senador Cássio Cunha Lima (Ailton Freitas/O Globo/Reprodução)

Num discurso que provocou a reação dos colegas, o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que não se pode falar em "golpismo" ou ter "arrepios" quando se menciona a palavra impeachment, porque essa possibilidade está prevista na Constituição e está sendo citada pelo "povo". Mas o tucano ressaltou que a simples queda de popularidade de Dilma não pode ser a justificativa para um impeachment, acrescentando que a crise é grave devido à "letargia" do governo. O discurso gerou reação imediata do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que acusou os tucanos de serem "maus perdedores", segundo iinforma nesta terça-feira o jornal O Globo, em matéria de Cristiane Jungblut.

Lindbergh Farias foi líder do movimento pelo impeachment do então presidente Fernando Collor, hoje líder do PTB no Senado. Irritado, Lindbergh disse que não era golpista na época e que naquela ocasião havia fatos concretos. Cássio Cunha Lima disse que falar em impeachment da presidente Dilma Rousseff não pode causar "arrepios", alegando que quem fala nisso é o "povo" e não a oposição.Ele criticou a escolha de Aldemir Bendine para presidir a Petrobras. O tucano chamou Bendine de "tarefeiro do PT".

— Não se pode falar em golpismo quando se fala a palavra impeachment. Está na Constituição. E a Constituição tem que ser cumprida em todas as suas letras. Ao pronunciar a palavra não pode haver arrepios ou nem sequer reações que podem ser traduzidas como golpitas. Não estamos falando nisso. Mas quem fala nisso, e em tom cada vez mais alto, é o povo brasileiro. Cabe-nos serenidade e cobrança crítica ao governo. Não será no isolamento que a presidente encontrará a saída para este instante grave — disse Cássio Cunha Lima, acrescentando:

— Queda de popularidade não está na Constituição como causa para impeachment. A questão não é essa. É um conjunto de fatores que leva à população a mencionar, cada vez mais, isso que está na Constituição. Não estamos aqui para brincar em momento tão grave.

O tucano criticou o apoio dado pelo PT na sexta-feira, em sua festa de 35 anos, ao tesoureiro João Vaccari Neto, investigado no escândalo da Petrobras.

— Chama atenção a letargia na Petrobras, um governo que não tem capacidade de ação e de reação. O governo fez talvez a pior escolha, porque não escolheu nada além do que um tarefeiro para tentar limpar a cena do crime da Petrobras. É com que tristeza vejo o PT se afundar nesse poço, não de petróleo, mas de lama — alfinetou o líder do PSDB..(Cristiane Jungblut, O Globo).

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