quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Dirceu e Palocci eram elo de delator com PT, diz Youssef: "Dirceu era o "Bob" no esquema''

A empresa Dirceu recebeu R$ 720 mil da OAS (Foto: Reprodução/Inernet)
A empresa Dirceu recebeu R$ 720 mil da OAS (Foto: Reprodução/Inernet)
O doleiro Alberto Youssef afirmou, em delação premiada à Justiça, em outubro, que o consultor Júlio Camargo — que já admitiu ter intermediado propina no esquema da Petrobras — tinha uma relação “muito boa” com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. De acordo com Youssef, Dirceu usava o jatinho do consultor com frequência. Na contabilidade de Camargo o nome de Dirceu aparecia como “Bob”.

“Julio Camargo possuía ligações com o Partido dos Trabalhadores, notadamente com José Dirceu e Antonio Palocci”, diz parte do trecho da delação premiada de Youssef à Polícia Federal, segundo informa nesta quinta-feira (12) o jornal O Globo.

De acordo com o doleiro, o responsável pela contabilidade de Júlio Camargo, Franco Clemente Pinto, carregava sempre nas reuniões um pendrive com toda a movimentação financeira do consultor, apontado pela força tarefa da Operação Lava-Jato como o responsável pelo pagamento de propina da Camargo Corrêa e da Toyo Setal;

“Franco é homem de confiança de Júlio Camargo e o responsável pela contabilidade de pagamentos ilícitos a título de propina e caixa 2″, diz o depoimento.

No dia 22 de janeiro deste ano, o “Jornal Nacional”, da TV Globo, informou que a Justiça quebrou o sigilo fiscal e bancário da JD Consultoria, empresa do ex-ministro José Dirceu. Documentos obtidos nas investigação da operação Lava-Jato revelam que a JD recebeu quase R$ 4 milhões de empreiteiras denunciadas no esquema de corrupção na Petrobras. Segundo o “Jornal Nacional”, a empresa recebeu recursos da Galvão Engenharia, da OAS e da UTC, cujos executivos estão presos em Curitiba.

A empresa que Dirceu tem juntamente com seu irmão, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, recebeu R$ 720 mil da OAS, entre janeiro de 2010 e dezembro de 2011. Também ganhou R$ 725 mil da Galvão Engenharia entre 2009 e 2011 e mais R$ 2,3 milhões da UTC, nos anos de 2012 e 2013. Os procuradores chegaram à empresa de Dirceu ao analisar documentos da Receita que mostraram transferências bancarias das três construtoras.

Dirceu foi preso em 15 de novembro de 2013, após o julgamento do mensalão, que comprovou esquema de compra de apoio político no Congresso Nacional. Ele ficou em regime fechado até novembro de 2014, quando passou a cumprir o regime semiaberto. (André Coelho,jornal O Globo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja responsável

Mais de 80% das pastagens do Sul da Bahia podem ser convertidas em Sistemas Agroflorestais com cacau

ZICO EM ITABUNA NOVAMENTE FAZ PALESTEA

Zico Um dos maiores nomes do futebol mundial esteve em Itabuna neste dia 18 de abril  ministrando uma palestra a empresarios e profissionais...