segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Cardozo esconde agenda e diz que foi um problema de TI. Não, ministro, o problema é de QI.

SEGUNDA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2015

José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, não é nenhum jurista brilhante. Como ministro é uma sucessão de erros e justificativas imbecis. Bem o definiu a sua agora coleguinha de ministério Kátia Abreu quando o chamou de José Eduardo Omisso Cardoso. A sua última omissão é de compromissos na agenda. Ele os escondeu por não serem republicanos? Por serem golpistas e conspiratórios? O certo é que Cardozo não teve problema algum de TI que não pudesse ter sido solucionado em 30 minutos. O seu problema é de QI por achar que o povo brasileiro é imbecil ao ponto de não entender os motivos pelos quais esconde as suas agendas. A matéria abaixo é da Folha de São Paulo.

A agenda divulgada pelo Ministério da Justiça em seu portal na internet omite boa parte dos compromissos oficiais do ministro José Eduardo Cardozo, de acordo com levantamento feito pelaFolha

Nos últimos dias, após virar alvo de críticas com a revelação de que se encontrou com advogados de empreiteiras sob investigação da Operação Lava Jato, Cardozo disse que não agiu errado e que todos os seus compromissos são divulgados na internet. Mas o levantamento da Folha mostra que sua agenda não informa quais foram suas atividades em 80 dos 217 dias de trabalho que ele teve desde a deflagração da Operação Lava Jato pela Polícia Federal, em 17 de março de 2014. Nesses 80 dias, não é possível saber onde o ministro esteve, nem se houve reuniões durante o expediente. 

Na sexta-feira (13), quando os encontros de Cardozo com advogados das empreiteiras provocaram questionamentos, sua assessoria informou que audiências desse tipo são registradas na agenda oficial.O levantamento da Folha mostra que apenas três encontros com advogados foram registrados desde março do ano passado. O mais recente ocorreu no dia 5 deste mês, quando Cardozo recebeu em seu gabinete três advogados que defendem a Odebrecht, segundo o jornal "O Globo". 

Além deles, a agenda mostra que foram ao gabinete de Cardozo duas advogadas, em dias diferentes do mês de julho. Nenhuma delas, porém, defende personagens ou empresas envolvidas no esquema de corrupção descoberto na Petrobras pela Lava Jato. O ministro, a quem a Polícia Federal é subordinada, diz que a lei garante a advogados o direito de ser recebido por autoridades públicas. 

Folha informou que Cardozo teve neste ano pelo menos três conversas com advogados de empreiteiras sob investigação, entre elas a UTC e a Camargo Corrêa. Elas não constam da agenda oficial. 

Com relação aos 80 dias em que não existe registro das atividades de Cardozo, sua assessoria disse que houve "problemas no sistema de TI (Tecnologia da Informação)". A assessoria afirmou que na maior parte desses dias Cardozo estava em despachos no gabinete ou em reuniões internas que sofreram alterações de horários. Segundo a assessoria, o encontro com advogados da Odebrecht foi o único em que o ministro tratou da Operação Lava Jato.

A sibatização do PT.

Sibá Machado, líder do PT na Câmara, Ruy Falcão, presidente do partido, José Guimarães, líder do governo, aquele do assessor com as cuecas cheias de dólares.

É ou não é uma vergonha para o partido do governo ter como líder na Câmara um deputado como Sibá Machado (AC)?  Sua capacidade intelectual é reduzida e isso é percebido no tipo de argumentação tosca que utiliza. Hoje, por exemplo, está em O Globo uma frase cunhada por ele que é um primor de idiotice política: "Queremos o diálogo, mas, se não houver condições, será na base do "bateu, levou". Estaremos pintados para a guerra, embora o objetivo seja buscar sempre o diálogo." É ou não é um raciocínio primata, digo primário? Na verdade, o PT virou um partideco sem grandes lideranças, longe dos intelectuais, composto por políticos caudatários do populismo de Lula. É o que demonstra a matéria abaixo, de O Globo:

A falta de diálogo não é o único problema do governo. Além do bate-cabeça do Palácio do Planalto na defesa de suas ações e projetos, a presidente Dilma Rousseff enfrenta dificuldades com a bancada de seu partido, o PT, que não demonstra a mesma combatividade dos tempos em que era oposição. Levantamento realizado pelo GLOBO aponta que, dos 64 deputados petistas da atual legislatura, apenas três eram deputados antes da chegada de Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, em 2002, e outros 21 - um terço da bancada - estão em primeiro mandato. A ampla maioria dos parlamentares é totalmente desconhecida de Dilma, que nunca teve uma atuação partidária intensa no PT.

Entre os remanescentes da época que o partido combatia o governo de Fernando Henrique Cardoso, o mais experiente é Arlindo Chinaglia (SP), que está em seu sexto mandato e já presidiu a Câmara. Henrique Fontana (RS) exerce o quinto mandato. Ele já foi líder do governo e relator de uma das propostas de reforma política. Luiz Sérgio (RJ), também no quinto mandato, foi ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) por um breve período e líder da bancada. A ex-governadora Benedita da Silva (RJ), no quarto mandato como deputada, foi senadora antes de Lula chegar à Presidência.

A maior parte da bancada petista se dedica mais às questões paroquiais e temas sociais, como Educação, reforma agrária e direitos humanos, do que ao enfrentamento político propriamente dito. Poucos têm atuação partidária em nível nacional. Entre os 21 novatos, há aqueles que chegam sem ter relação alguma com a vida partidária e do governo, caso do ex-presidente do Corinthians André Sanchez. Embora filiado ao partido desde 1981, ele não participava das reuniões do diretório, por exemplo. Na primeira reunião da bancada, na véspera da eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara, Sanchez ficou quieto num canto e era praticamente ignorado pelos companheiros.

- O momento para o governo é muito difícil. Acredito que isso obrigará nossa bancada a amadurecer rapidamente - disse um parlamentar. A defesa do governo é feita por um número reduzido de parlamentares como Chinaglia e Fontana, Paulo Teixeira (SP), Vicente Cândido (SP), Maria do Rosário (RS), Alessandro Molon (RJ), José Mentor (SP), Carlos Zarattini (SP), Reginaldo Lopes (MG), Zé Geraldo (PA), Vicentinho (SP) e os líderes do partido Sibá Machado (AC) e do governo, José Guimarães (CE).
Sibá foi senador na vaga de Marina Silva - ele era seu suplente - e, em 2010, se elegeu deputado. A atuação sempre foi discreta, mas cresceu na CPMI da Petrobras no ano passado. Ele é um dos "pit bulls", aquele tipo de parlamentar que, nas CPIs, fazem de tudo para defender o governo. Afonso Florence (BA), que foi ministro de Desenvolvimento Agrário de Dilma, é outro nessa linha. O líder do PT diz que não vê problemas em ter uma bancada com tantos estreantes. Ele afirmou que o partido quer o diálogo, mas está preparado para o "bateu, levou".
- Esse medo (de ter muitos novatos) já passou. Até dezembro, não conhecíamos de perto todos os que vieram para a Câmara, mas o mais bobo chegou até aqui, não é? Apesar de estrearem na Câmara, a maioria tem experiência nos estados. Estamos preparados para defender o governo. Queremos o diálogo, mas, se não houver condições, será na base do "bateu, levou". Estaremos pintados para a guerra, embora o objetivo seja buscar sempre o diálogo - disse.

NO SENADO, PETISTAS CRÍTICOS AO GOVERNO
No Senado, na bancada de 14 parlamentares não há ninguém que tenha vivido os tempos de oposição na Casa. Quatro só chegaram lá neste semestre: Donizete Nogueira (TO), Fátima Bezerra (RN), Paulo Rocha (PA) e Regina Sousa (PI). Rocha é considerado um quadro do PT e deverá ter uma ação mais enfática em defesa do governo. Também é considerado um bom negociador.

Dos senadores com mais de um mandato, só o líder do partido, Humberto Costa (PE), Gleisi Hoffmann (PR) e Walter Pinheiro (BA) são ponta de lança do governo. Alguns, como Marta Suplicy (SP) e Lindbergh Farias (RJ), são críticos ao governo. Os outros não têm afinidade com o microfone para defender o Palácio do Planalto.

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