sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Turismo em Canavieiras se encontra em franca expansão

Baixe Turismo Canavieiras - Orlando Cardoso - Foto Walmir Rosário.jpg (217,0 KB)
Radialista  Orlando Cardoso e esposa, em Canes
Neste verão Canavieiras é uma das cidades mais visitadas do Sul da Bahia, ampliando o movimento nas mais diversas atividades econômicas do Município. Na cidade, os turistas buscam as praias exuberantes, os passeios pelos extensos manguezais, as festas profanas e religiosas, a exemplo do Réveillon, Procissão de Bom Jesus dos Navegantes e São Pedro, a Levada do Mastro de São Sebastião, Carnaval e a rica gastronomia.

Baixe Cabeça de robaldo D. Conceição - Foto Walmir Rosário (1).jpg (221,0 KB)No entender do prefeito de Canavieiras, Almir Melo, a procura cada vez mais intensa pela cidade na maior estação do turismo também é resultado de um intenso trabalho de melhoria dos serviços públicos. “O turista quer todas as comodidades oferecidas pela infraestrutura turística, porém quer a garantia de ter um bom serviço de saúde, atendimento perfeito, boas acomodações e preços justos”, revela.

Veja também a seguir artigo do jornalista Walmir Rosário

Baixe Réveillon em Canavieiras - Foto Anderson Costa(7).JPG (892,0 KB)Para Almir Melo, Canavieiras se encontra num dos seus melhores períodos de desenvolvimento econômico e social, com repercussão positiva nos públicos internos e externos. “O turista não quer chegar em uma cidade e ver montanhas de lixo nas ruas, ruas esburacadas, falta de organização e eventos que possam assistir durante o período de permanência na cidade”, explica.
Uma prova inequívoca de que Canavieiras está em permanente ascensão econômica e social é o aumento da quantidade e permanência dos visitantes na cidade. “Tivemos uma festa na virada deste ano que está sendo considerada a maior de todos os tempos, com mais de 40 pessoas presentes na Praia da Costa, na Ilha da Atalaia, o que demonstra o aumento do fluxo turístico”, confirma Almir Melo.
Baixe Cabeça de robalo D. Edelzuita - Foto Walmir Rosário (5).jpg (606,9 KB)E as opiniões dos visitantes têm sido bastante positivas para a cidade e o Governo da Reconstrução. Presença constante na cidade, o conceituado radialista Orlando Cardoso e sua esposa Josélia, de Itabuna, dizem que a mudança em Canavieiras pode ser vista já na entrada da cidade, com ruas e avenidas asfaltadas e todos os serviços municipais funcionando corretamente.

O jornalista e advogado Ricardo Ribeiro foi outro visitante que enalteceu a nova realidade que Canavieiras atravessa, dando um testemunho em sua página no Facebook. “É muito fácil criticar, mas temos que ser honestos em reconhecer quando uma administração vem trabalhando para manter a cidade limpa e organizada, com todos os setores funcionando, com shows nos finais de semana e tudo que o turista procura num passeios”, elogiou Ricardo.

Baixe Cabeça de Robalo - Restaurante Alegria de Viver - Foto Walmir Rosário.jpg (256,8 KB)Assegura Almir Melo, que Canavieiras é hoje considerada uma das cidades que mais de desenvolvem, o que é resultado de um trabalho de reconstrução, com a realização de obras e serviços que beneficiam todos os setores da sociedade. “Se estamos recebendo elogios de pessoas de reconhecido conceito, é porque estamos no caminho certo. Mas, Canavieiras merece muito mais e vamos recuperar todos os anos em que a cidade passou por um período de letargia”, conluiu Almir Melo.



 Cabeça de robalo – o manjar dos deuses
Por Walmir Rosário
A iguaria, de origem canavieirense, também é desejada por presidentes da República, governadores de Estado, reis e até por “pobres mortais”

Os deuses gostam de dendê, tanto isso é verdade que um dos pratos mais desejados da riquíssima gastronomia canavieirense é a “cabeça de robalo”. Disto não se tem qualquer dúvida. A incerteza de quem ainda não foi apresentado a esse manjar dos deuses é apenas em relação à matéria-prima, pois os pobres mortais que ainda não tiveram o prazer de degustá-lo não concebem, à primeira vista – ou audição – de como os deuses poderiam apreciar uma parte do peixe cheia de ossos e espinhas.

À primeira vista da iguaria, desfaz-se a incerteza com a imagem, saliva-se a boca, aguça-se o paladar, despertando o primeiro dos sete pecados capitais: a gula. Pessoas de gosto refinado e alto conhecimento gastronômico contam que é impossível de controlar os instintos. Chegam ao ponto de afirmar o ato de comer cabeça de robalo, está longe ser ser um pecado capital, e é, sim, uma virtude, pondo por terra a teoria desenvolvida pelo Papa Gregório Magno no século VI.

E têm razão os nobres defensores desta tese. Pra início de conversa, a cabeça de robalo é um prato exclusivo da gastronomia canavieirense, onde os manguezais são considerados os maiores e mais ricos do Brasil, dada a sua diversidade. Não é por acaso que o caranguejo – Ucides cordato – de Canavieiras é tido e havido como o mais gostoso crustáceo de toda a costa brasileira.
E as virtudes gastronômicas da cabeça de robalo ultrapassaram as fronteiras de Canavieiras e Costa do Cacau, chegando a Salvador, Brasília, outros estados e até países. Passou pelas cozinhas e chegou aos salões de banquetes de palácios republicanos e conquistou – definitivamente – a realeza. Por dois anos seguidos o Rei e a Rainha da Suécia, Carlos XVI Gustavo e Sílvia vieram desfrutar do verão de Canavieiras, onde o Rei praticou a pesca do marlim e o casal se deliciou de algumas vezes com a iguaria.

Hoje deitada em berço esplêndido, a cabeça de robalo nasceu em casa tosca, como relata Edelzuita Maria Santana, que aprendeu a preparar esse prato com sua mãe. Aos poucos, a cabeça de robalo deixava de ser apenas um prato inusitado para ganhar status de prazer culinário. Do modesto bar e restaurante “Fundo de Quintal”, ganhou o mundo.

Nas histórias contadas pelo historiador Antônio Tolentino (Tolé), era muito comum eles levarem os colegas do Banco do Brasil para comer a novidade e eles comerem tudo e ainda perguntarem “Quando é que vem essa cabeça de robalo, pois já comemos toda a entrada?”. Para eles isso era motivo de constantes brincadeiras e que ganhava o mundo.

O Raimundo Antônio Tedesco, conta em suas reminiscências, que quando a cabeça de robalo se tornou amplamente conhecida, tentaram até mudar o seu nome para top less, numa alusão à moda criada na Inglaterra em que as mulheres ficam com os seios à mostra na praia. “Mas esse nome não pegou e o que prevaleceu mesmo foi cabeça de robalo.
Surfando na onda do marketing concebido pelo prefeito de Canavieiras à época (e atual), Almir Melo, que cunhou o slogan “Canavieiras para todos, Canes para os íntimos”, a cabeça de robalo também ganhou rápida ascensão. Em um Carnaval Almir Melo encomendou 600 cabeças de robalo, que foram consumidas vorazmente, para o desespero dos convidados.

O prefeito Almir Melo é muito “cobrado” pelas autoridades, a exemplo de Jaques Wagner e até mesmo do ex-presidente Lula (recentemente em Salvador) quando se encontra com eles. Em Feira de Santana, durante a entrega de caminhões e máquinas aos municípios baianos, até a presidenta Dilma manifestou sua predileção pela iguaria, quando foi informada pelo governador:

É ele o prefeito de Canavieiras que nos manda a cabeça de robalo!”, disse Wagner.
E assim a presidenta Dilma deu uma pequena pausa na cerimônia para manifestar seu desejo em voltar a receber uma boa remessa de cabeça de robalo. Na alta corte de Brasília, aliás, faz tempo em que os presidentes se deliciavam com a novidade canavieirense, levada, pelo que dizem, por político Antônio Carlos Magalhães.

Matérias foram elaborados e publicadas nos veículos de comunicação, para o desespero de dona Edelzuita, que não aguentava mais para atender a tantas encomendas. “Almir foi o grande incentivador e divulgador da cabeça de robalo e já cheguei a ir a Salvador, convidada por um dos políticos mais famosos da Bahia, para preparar na festa de casamento. “Foi sucesso absoluto”.

Com o aumento das encomendas – que teria de despachar, inclusive por via aérea –, aos poucos, ela foi passando o conhecimento para outras pessoas e atualmente algumas pessoas se destacam no preparo da cabeça de robalo. Uma delas é Conceição de Oliveira, que diz ser o melhor caranguejo para a cabeça de robalo o catado de dezembro a agosto, principalmente nos meses em que não têm a letra “r” no nome.
Segundo Conceição, é preciso observar a melhor época para preparar a cabeça de robalo, respeitando, inclusive o período do “defeso”. Nesta época, diz ela, somos muito cobradas pelos clientes, mas não podemos transgredir a lei e nem vender um produto que não seja de qualidade.
Gostoso de comer, trabalhoso de fazer. Assim é a cabeça de robalo. Mas é a lei da oferta e  da procura, pregada pela economia. No caso de cabeça de robalo, não se economiza atenção na hora de lavar e escovar bem a carapaça, quebrar as pernas e “catar” (tirar a “carne” das patas do caranguejo). Abra a carapaça com uma faquinha e retire tudo que tem dentro, inclusive o fel; tempere as “carnes” até o tempero murchar e recoloque no lugar.

Os temperos são: coentro e cheiro verde, tomate, cebola, pimentão, pimenta-de-cheiro, camarão, beri beri, leite de coco e dendê. Leve a panela ao fogo, vá colocando o dendê e o leite de coco aos poucos. Deixe cozinhar como moqueca, e com o caldo faça um pirão. Depois é só servir com pirão e arroz branco. Mas, em vez de tentar prepará-lo, se torna mais fácil comprá-lo (congelado) numa das tantas especialistas canavieirenses, ou pronto no Restaurante Alegria de Viver, por exemplo, e desfrutá-lo, à beira-mar. É mais garantido.

E desta maneira, pode usar e abusar dos pecados capitais, a exemplo da luxúria, deixando-se dominar pelas paixões; a preguiça, após comer à vontade; a vaidade, pelo orgulho de ter comido bem … e muito.... Quanto à inveja, deixe que os outros que não provarão possam ter por você. Com certeza, lhe darão razão no futuro.

  




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