sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

BRASIL PERDE POSIÇÃO PARA INDIA

SEXTA-FEIRA, 2 DE JANEIRO DE 2015

Alguém acredita na Dilma II? Brasil perde posição para a Índia e cai para sétimo lugar entre as maiores economias do mundo.


Na campanha de 2010, Dilma trombeteava: “Seremos a quinta economia do mundo na década, ultrapassando alguns europeus”. No primeiro dia do seu segundo governo, vem a notícia: a Índia nos ultrapassou...

O fraco crescimento do Brasil deverá fazer o país perder o posto de sétima maior economia do mundo para a Índia já em 2015. A previ- são é da consultoria britânica EIU (Economist Intelligence Unit). Segundo a EIU, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro deverá somar US$ 2,12 trilhões em termos nominais neste ano, ante US$ 2,48 trilhões da Índia, que também deixará para trás a Itália, hoje a oitava maior economia. A tendência já era antevista por economistas para algum momento desta década por causa das altas taxas de expansão do país asiático.

O cenário de persistente fraco crescimento do Brasil e recuperação da economia indiana depois de percalços nos últimos anos contribui para a possível materialização da projeção em 2015. O PIB brasileiro se expandiu a modestos 2% ao ano desde 2011, cerca de metade da taxa média que era projetada para o país em meados da década passada.

A Índia também desacelerou. O crescimento do país, que atingiu dois dígitos em 2010, chegou a cair para 4,7% dois anos depois. Mas, em 2014, a economia indiana ensaiou uma recuperação, ao contrário da brasileira, que deve ter ficado praticamente estagnada. Neste ano, a expectativa é de nova aceleração na Índia --a EIU projeta alta de 6,5%, ante 6% em 2014-- e outro ano de expansão fraca no Brasil, inferior a 1%. 

Mudanças de posição no ranking das maiores economias do mundo não são incomuns e, às vezes, provam-se insustentáveis. O Brasil chegou a desbancar o Reino Unido e alcançar a sexta posição em 2011, para recuar, novamente, em 2012. A ascensão da Índia, porém, tende a ser definitiva devido à expansão demográfica e à urbanização, que favorecem altas taxas de expansão no país asiático. 

CAUSA DA RETOMADA
 
A Índia começou sua retomada depois que o governo reformista do primeiro-ministro Narendra Modi assumiu, em maio de 2014. Modi tem conseguido destravar a agenda de reformas. Segundo Omar Hamid, chefe do departamento de risco da Ásia da consultoria IHS, existe uma percepção de que o novo governo "está fazendo muito mais" do que a gestão anterior, minada por escândalos de corrupção. Entre as mudanças implementadas, estão medidas para melhorar o ambiente de negócios. 

Em outubro, Modi anunciou, por exemplo, um plano para reduzir o elevado custo trabalhista no país. Para Robert Wood, diretor-adjunto de risco da EIU, a mudança de humor em relação à Índia começou antes mesmo da posse do novo governo, com a indicação de Raghuram Rajan, ex-economista-chefe do FMI, para o comando do banco central, em setembro de 2013. Assim que assumiu, Rajan promoveu três altas de juros que contribuíram para a desaceleração da inflação. Além disso, a Índia se beneficia da queda do preço do petróleo, que favorece o declínio da inflação doméstica e a estabilização do deficit em conta-corrente.
A oposição reagiu especialmente à parte do discurso da presidente Dilma Rousseff, em que ela atribui a crise da Petrobras a ataques de “predadores internos e inimigos externos”. Segundo o líder e presidente do Democratas, senador José Agripino Maia (RN), essa “pérola” tira a credibilidade de todo o resto do discurso.
— A completa insinceridade da presidente Dilma, quando fala da Petrobras, tira toda a credibilidade de sua fala. Se tem predador interno na Petrobras são os corruptos nomeados pelo PT para destruir a empresa. E se tem inimigos externos, isso se dá pela fragilidade dos gestores do PT em perceber isso — disse Agripino.

Ele diz que, como a Nação não leva mais a sério o que a presidente diz, ela aproveitou a oportunidade para fazer um discurso para agradar o PT e sua base. — A presidente, quando foi falar que precisa da ajuda do Congresso, falou em “minha base”. Essa é a democracia dela, o Congresso como instituição não interessa. Quer dizer que ela endereça as coisa para a sua base aprovar? Com essa fala Dilma revelou o motivo do loteamento do ministério — criticou Agripino. 

O democrata também criticou o novo lema do governo, anunciado por Dilma na posse no Congresso: Brasil, Pátria educadora. — Ela nunca foi presidente? Está assumindo o mandato pela primeira vez? E o Haddad, não foi ministro da Educação? Ou Dilma passou uma descompostura nos ministros da Educação nesses 12 anos, ou acha que está assumindo pela primeira vez. 

PROMESSAS

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira, disse que não se interessou em ver o discurso da presidente Dilma Rousseff, no Congresso, porque ela não cumpre o que fala. O tucano disse que prefere ver suas ações para colocar em prática as promessas de campanha repetidas no discurso.
— Eu não ouvi e não gostei. Eu tenho na memória o discurso inaugural do primeiro mandato. As propostas se revelaram falsas. O primeiro discurso de posse de Dilma , ela esqueceu, eu não — disse Aloysio Nunes.

O líder do PSDB disse que , em geral, não se interessa por discursos inaugurais. Sobre a parte em que Dilma diz que vai fazer os ajustes sem tirar direito dos trabalhadores, Aloysio Nunes lembrou que ela falou isso uma semana depois da divulgação do pacote trabalhista com corte de benefícios para trabalhadores e aposentados. — Dilma é uma pessoa versátil.O que ela fala não pode ser levado a sério. É preciso ver suas ações — disse o líder tucano. 

PRESIDENTE DESACREDITADA
O líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), criticou os apelos por apoio feito pela presidente Dilma Rousseff em seu discurso . O tucano, que fez questão de não comparecer à posse, comparou a presidente Dilma a um náufrago que pede ajuda "antevendo as consequências de problemas criados por ela mesma - não apenas na área econômica, mas especialmente quanto ao seu envolvimento com o Petrolão". Segundo a assessoria de Imabassahy, não há tradição na oposição comparecer a posses presidenciais no Congresso, mas neste caso, a campanha pesada e de baixo nível promovida pela campanha de Dilma acabou reforçando o sentimento contrário a prestigiar a solenidade.

Para Imbassahy, o discurso de Dilma "não inspira confiança e evidencia um governo carcomido pelo descrédito, a partir de métodos condenáveis e velhas promessas nunca cumpridas”. — Assistimos hoje a posse de uma presidente desacreditada, desorientada e sem foco. Como um náufrago, apelou a pedidos de apoio, certamente antevendo as consequências de problemas criados por ela mesma – Parece patológico ela agora falar em corrigir erros na Petrobras e reconhecer tardiamente que a empresa foi assaltada, como se não tivesse ela própria participação e responsabilidades relevantes nos últimos 12 anos da vida da estatal — disse Imbassahy, acrescentando: 

— Ao dizer que alguns servidores causaram o escândalo da Petrobras, finge esquecer que participou de todas as decisões, primeiro como ministra de Minas e Energia, depois chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da estatal e, por fim, como presidente da República. Quem nomeou os comandantes da organização criminosa que se apoderou da Petrobras foram ela mesma e Lula.

Numa referência à medida provisória editada pelo governo que tornar mais rigoroso o acesso a alguns benefícios trabalhistas, como o seguro-desemprego, o líder tucano afirmou que a presidente Dilma mentiu na campanha eleitoral e volta a mentir em sua posse, ao reafirmar compromisso com a manutenção dos direitos trabalhistas e previdenciários:

— Justamente aqueles que sofreram alterações desastrosas em sua primeira canetada após a eleição. Nem ela mesma acredita naquilo que diz, como indicou a leitura sem entusiasmo de um discurso artificial e carente de conteúdo, mais uma vez elaborado por seu marqueteiro. É um discurso dissonante do Brasil real, ambíguo e com sinais de que o banqueiro-ministro terá ações limitadas. Quem ainda tinha esperança do suposto governo novo com ideias novas certamente teve a sua definitiva frustração.

O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), disse que priorizou a posse de seu aliado no governo de Pernambuco, Paulo Câmara. Para ele, a presidente erra ao querer justificar a corrupção na Petrobras como obra de"forças ocultas" quando eles são fruto dos problemas que ela criou no primeiro mandato: aparelhamento do governo.

- É uma data super inconveniente. Sobre o discurso, a corrupção tomou conta do governo dela pelo aparelhamento. Não é o discurso, mas atitude que vai combater a corrupção e a Dilma, ao nomear os ministros para satisfazer os partidos mostra que não modificou, neste segundo mandato, a prática do primeiro mandato que levou à corrupção desenfreada - disse Mendonça Filho. (O Globo)
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,governistas-rejeitam-pacote-anticorrupcao-imp-,1614448

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