terça-feira, 2 de dezembro de 2014

ONDE ESTÁ A DIGNIDADE?

 Especial - Paulo Lima* -
17h45 de ontem, segunda-feira, 2 de dezembro. Saímos, eu e Waldir Catarino do escritório do mesmo e encontro-me com o vereador Ruy Machado que estava conversando com Alvaro Catarino na esquina de uma sorveteria da avenida do Cinquentenário, oportunidade em que o parlamentar municipal assegurou-me que os 12 vereadores que nele votaram estiveram, pela manhã, num cartório desta cidade declarando fé pública num documento em que afirmam ter dado o voto em seu nome.

Continuando suas declarações, o vereador afirmou que recebeu inúmeros telefonemas de várias cidades da região e de parlamentares da Assembléia Legislativa da Bahia, acrescentando que irá entrar na Justiça para anulação da eleição da nova mesa diretora da Câmara de Itabuna, passando a expor vários argumentos de irregularidades que aconteceram na eleição de domingo passado.

O que chama a atenção nesta eleição - segundo Ruy - é que as cédulas de votação foram queimadas e não arquivadas por determinado tempo para salvaguardar a legitimidade do pleito. Ora, numa eleição ganha por apenas 1 voto qual a finalidade de incinerarem as cédulas  onde continham o nome das duas chapas em que os vereadores votaram em seus respectivos candidatos? 

Segundo Ruy Machado, se a eleição for anulada pela Justiça, já que ele entrou nesta terça-feira,2, com tal pretensão no Judiciário local, e houver uma nova eleição vai  haver a participação da OAB/Itabuna, do Ministério Público, do Sindicato dos Jornalistas, ABI-Associação Bahiana de Imprensa e segmentos representativos da sociedade itabunense.

 Quem poderia imaginar um poder Legislativo que já teve nomes da expressão de um Raimundo Lima, Mário César, Gerson Souza, Plínio de Almeida, Everaldo Cardoso, João França Santana, Rita Fontes, José Soares Pinheiro, Rafa Bríglia, Filemon de Souza Brandão, Otaciana Pinto, Rosalina Molfi de Lima, Anorina Smith Lima, Neiva Monteiro, Ana Carolina, Sandoval Muniz, Edmundo Dourado,Flavio Simões, Davidson Magalhães, Luiz Sena, Eduardo Anunciação, Antonio Calazans e tantos outros homens e mulheres de bem que engrandeceram aquela Casa chegaria a um desgaste de tamanhas proporções?     

A Câmara de Vereadores de  Itabuna, no passado, sempre foi respeitada e admirada pela composição dos nomes que a integrava, não existindo a compra de votos, a falta de decoro parlamentar, formação de quadrilha, malversação do dinheiro público, cambalacho de toda ordem e de toda natureza, pra não se dizer da falta de preparo de muitos dos atuais legisladores que se dizem representantes autênticos do povo itabunense.

Se a Justiça determinar que haja uma nova eleição para a Mesa Diretora da Câmara, Itabuna entrará em mais um processo de descredito dos seus homens públicos, tendo em vista que o município está passando por uma série crise administrativa  e legislativa afetando todos os segmentos de uma das cidades mais importantes da Bahia e do sul do Estado. A alta estima do itabunense está em baixa e é grande o descredito dos seus homens  públicos, mal preparados e há anos luz da realidade politica local.

* jornalista, membro do Clube do Poeta Sul da Bahia e da Academia Grapiúna de Letras (AGRAL)                

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