terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Nem que a Dilma tussa.

A intenção era homenagear e fazer campanha a favor da eleição do líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), à Presidência da Câmara, espalhando banners com fotos dele pela Esplanada dos Ministérios. Mas, a decisão de incluir uma frase, dita recentemente pela presidente Dilma Rousseff no banner de divulgação acabou dando uma interpretação estranha para quem vê alguns dos cartazes, e quem vê o cartaz. Os banners foram confeccionados por sindicatos dos trabalhadores da região norte ligados à Força Sindical. 

Além das frases, usaram uma foto antiga de Eduardo Cunha, antes de emagrecer e ainda careca da parte de cima da cabeça. O líder fez um implante de cabelos recentemente e, na foto de divulgação do material de campanha que ele confeccionou, aparece com um visual diferente dos banners espalhados pela Esplanada.

Carlos Lacerda, da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Norte, explica que a intenção é fazer campanha para que Cunha seja eleito presidente da Câmara. A eleição só acontecerá em fevereiro de 2015, mas Eduardo Cunha deflagrou a campanha há duas semanas e já recebeu o apoio de dois partidos, o PSC e o Solidariedade, criado pelo deputado Paulinho da Força Sindical (SD-SP).

— São (banners) do movimento sindical da região Norte, apoiando o Eduardo Cunha. Fizemos com a frase da Dilma "nem que a vaca tussa". Eduardo Cunha será eleito nem que a vaca tussa. Mas deu essa interpretação e já colocamos também outros cartazes, sem a frase e usando a expressão Câmara independente — explicou Lacerda.

Em setembro deste ano, questionada por um empresário em evento na sede da Associação Comercial e Industrial de Campinas, a presidente Dilma Rousseff usou a expressão "nem que a vaca tussa" para deixar claro que não reduziria direitos trabalhistas, mexendo no décimo terceiro e nas férias dos trabalhadores.

Segundo o dirigente sindical, Cunha tem o apoio dos trabalhadores do Norte porque o PMDB é "um partido grande e mais voltado para as regiões do país". — Precisamos de alguém que trate da geração de empregos na região Norte. Defendemos a implantação de uma siderúrgica na região. O Lula colocou a pedra lá, mas nunca mais voltou — disse o sindicalista. (O Globo)

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