segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

ATÉ QUANDO, ITABUNA?


Especial - por Paulo  Lima *

A eleição da nova Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Itabuna, realizada no último dia 30 de novembro, com a participação expressiva dos vários segmentos da cidade, que extrapolou a expectativa dos mais otimistas, realizada sob um céu de brigadeiro, na despedida da primavera;desenrolou-se num clima de muito buchicho e polemica envolvendo as partes em disputa pela hegemonia do Poder Legislativo. 


Durante vários meses, os candidatos Ruy Machado e Aldenes Meira disputaram os votos dos demais pares que compõem aquele Poder. Por trás das conversas, das reuniões e tudo mais que diz respeito a uma eleição, temos que afirmar que no jogo de queda de braço entre os contendores várias forças politicas e econômicas de Itabuna trabalharam nos bastidores para os seus respectivos candidatos.

A prefeitura, como não poderia deixar de ser, apesar de afirmarem que o Prefeito Vane não tinha candidato, entrou pesada no jogo eleitoral, quando o chefe do Executivo deu carta branca a determinados secretários para atuarem abertamente a favor da candidatura de Ruy Machado; enquanto outros se posicionaram (exemplo de Mariana Alcântara-PPS) a favor do atual presidente Aldenes Meira, apesar do vereador César Brandão, que pertence ao PPS de Mariana Alcântara, ter votado em Ruy Machado.

Já o vice-prefeito Wenceslau Júnior, como também o vereador Jairo Araujo (ambos do PCdoB) trabalharam diuturnamente pela candidatura do colega comunista que se consagrou novamente eleito presidente do Legislativo itabunense.   Depreende-se desta eleição que foi um "samba de crioulo doido"  para  não entrarmos  no jogo das traições ("30 moedas de pratas") que aconteceu neste pleito.

Como não temos prova materiais para atingir quem quer que seja, compete agora  ao vereador derrotado, Ruy Machado, fazer um pronunciamento a comunidade dando nome aos bois dos supostos  traidores da sua candidatura. Ao candidato vencedor compete materializar no decorrer da sua nova gestão as afirmações feitas à imprensa local logo após o resultado da urna.

No mais, vai ficar durante um longo tempo a especulação de que "A", "B" ou "C" foi o Judas Iscariotes de Ruy Machado. Enquanto isso a comunidade itabunense fica mergulhada nos seus eternos problemas de segurança, transporte, saúde, mobilidade urbana, lazer, educação, moradia, trabalho etc, na expectativa de que um dia surja um prefeito e líder que possa aglutinar em torno de suas propostas a hegemonia da alma itabunense.

* Jornalista e membro da Academia Grapiúna de Letras"          

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